
𝗠𝘆 𝗟𝗶𝗳𝗲 — (𝗣𝗮𝗿𝘁. 𝟭𝟭) | 𝗤𝘂𝗶𝘇𝘂𝗿
→ 01 - Esta não é uma reescrita do "My Life" original criado por Esther, é apenas inspirado e baseado. → 02 - Essa estória não possui apenas um único protagonista. → 03 - Todas as imagens foram retiradas da plataforma Pinterest e algumas editadas por mim. → 04 - Caso queira se inspirar para escrever a sua própria estória, tudo bem, mas dê os devidos créditos. → 05 - Minhas inspiraçōes (créditos): — Arrow. - (2012) — As Tartarugas Ninja. - (2012) — Bridgerton. - (2020) — Cobra Kai. - (2018) — Gossip Girl. - (2007) — My Life. - Esther. — Pretty Little Liars. - (2010) — Riverdale. - (2017) — Scooby-Doo! Mistério S.A. - (2010)
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| 𝗢 𝗰𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 |

— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟭𝟳 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
Finalmente havia chegado. O dia do casamento. Nem conseguia acreditar que meu irmão iria se casar e que seria pai em alguns meses.
Só de olhar para Alison e Jeremy você podia perceber que os dois foram feitos um para o outro. Mesmo assim, não imaginei que se casariam tão jovens.
A cerimônia aconteceu na catedral e foi algo apenas para a família. Foi uma cerimônia linda e emocionante. Jeremy e Alison continham um brilho nos olhos que você não vê com frequência. Aquilo era amor verdadeiro.
Alison estava belíssima em seu vestido de noiva assim como Jeremy. Apesar da pouca idade, os dois seriam ótimos pais.
Assim que a cerimônia acabou, fomos direto para o hotel da família Bass onde seria comemorada a festa.
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
Assim que entrei pela porta de entrada do hotel, já me encantei com a decoração. Haviam diversos balōes e confeites em cores dourado e prata e um imenso cartaz escrito "Parabéns Alison e Jeremy".
Assim que os noivos chegaram, nos reunimos no lobby para as fotos em família. Primeiro foram apenas Jeremy e Alison. Depois os dois acompanhados dos pais. Em seguida uma do noivo com os irmãos. Uma da noiva com os irmãos. E por fim uma de toda a família.
Com o final da sessão de fotos, descemos até o salão de festas e já pude ouvir a música tocando. As pessoas desejaram parabéns aos recém casados assim que os dois entraram no salão e rapidamente se reuniram em volta deles para desejar felicitaçōes.
Observei Arthur no bar acompanhado de Chris, Dylan e Vitor e caminhei até eles. Meu namorado rapidamente desviou a atenção dos amigos em minha direção quando sentiu minha presença. Não pude evitar de sorrir ao ver sua expressão deslumbrada com o meu traje.
Arthur: Caramba, Leblanc! Você sempre consegue se superar.
Bella: Obrigada. Você também não está de se jogar fora.
Arthur apenas lampejou a cabeça e envolveu suas mãos ao redor de minha cintura me puxando para um beijo.
Ainda em meio ao nosso beijo, escutei um pigarreio e só então me lembrei da presença dos meninos. Me virei em direção aos três com um sorriso gentil no rosto.
Bella: Oi, meninos.
Dylan, Vitor e Chris: Oi, Bella.
Chris: E aí, cadê os recém casados?
Bella: Ah... - Vaguei meus olhos pelo salão e avistei a distância meu irmão e Alison conversando com os convidados em meio a risos. - Bem alí. Quer que eu chame ele?
Chris: Não precisa. Eu falo com ele depois.
Concordei com a cabeça e mais uma vez desviei minha atenção para a multidão onde pude ver minha mãe acenando para que eu me juntasse à minha família na nossa mesa.
Bella: Eu tenho que ir. Vejo você depois.
Arthur concordou com a cabeça e observou enquanto eu me distanciava. Sentei-me entre Robin e Max na grande mesa retangular que era destinada apenas aos noivos e famíliares.
A comida já estava sendo servida e os noivos iriam cortar o bolo em questão de tempo. Depois seriam feitos os discursos e então a primeira dança do casal.
Servi-me com camarão e pela primeira vez, poderia beber alcóol à vista de todos. É claro que só poderia tomar uma taça e isso na hora do brinde.
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟭𝟳 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
Finalmente havia chegado. O dia do casamento. Nem conseguia acreditar que meu irmão iria se casar e que seria pai em alguns meses.
Só de olhar para Alison e Jeremy você podia perceber que os dois foram feitos um para o outro. Mesmo assim, não imaginei que se casariam tão jovens.
A cerimônia aconteceu na catedral e foi algo apenas para a família. Foi uma cerimônia linda e emocionante. Jeremy e Alison continham um brilho nos olhos que você não vê com frequência. Aquilo era amor verdadeiro.
Alison estava belíssima em seu vestido de noiva assim como Jeremy. Apesar da pouca idade, os dois seriam ótimos pais.
Assim que a cerimônia acabou, fomos direto para o hotel da família Bass onde seria comemorada a festa.
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
Assim que entrei pela porta de entrada do hotel, já me encantei com a decoração. Haviam diversos balōes e confeites em cores dourado e prata e um imenso cartaz escrito "Parabéns Alison e Jeremy".
Assim que os noivos chegaram, nos reunimos no lobby para as fotos em família. Primeiro foram apenas Jeremy e Alison. Depois os dois acompanhados dos pais. Em seguida uma do noivo com os irmãos. Uma da noiva com os irmãos. E por fim uma de toda a família.
Com o final da sessão de fotos, descemos até o salão de festas e já pude ouvir a música tocando. As pessoas desejaram parabéns aos recém casados assim que os dois entraram no salão e rapidamente se reuniram em volta deles para desejar felicitaçōes.
Observei Arthur no bar acompanhado de Chris, Dylan e Vitor e caminhei até eles. Meu namorado rapidamente desviou a atenção dos amigos em minha direção quando sentiu minha presença. Não pude evitar de sorrir ao ver sua expressão deslumbrada com o meu traje.
Arthur: Caramba, Leblanc! Você sempre consegue se superar.
Bella: Obrigada. Você também não está de se jogar fora.
Arthur apenas lampejou a cabeça e envolveu suas mãos ao redor de minha cintura me puxando para um beijo.
Ainda em meio ao nosso beijo, escutei um pigarreio e só então me lembrei da presença dos meninos. Me virei em direção aos três com um sorriso gentil no rosto.
Bella: Oi, meninos.
Dylan, Vitor e Chris: Oi, Bella.
Chris: E aí, cadê os recém casados?
Bella: Ah... - Vaguei meus olhos pelo salão e avistei a distância meu irmão e Alison conversando com os convidados em meio a risos. - Bem alí. Quer que eu chame ele?
Chris: Não precisa. Eu falo com ele depois.
Concordei com a cabeça e mais uma vez desviei minha atenção para a multidão onde pude ver minha mãe acenando para que eu me juntasse à minha família na nossa mesa.
Bella: Eu tenho que ir. Vejo você depois.
Arthur concordou com a cabeça e observou enquanto eu me distanciava. Sentei-me entre Robin e Max na grande mesa retangular que era destinada apenas aos noivos e famíliares.
A comida já estava sendo servida e os noivos iriam cortar o bolo em questão de tempo. Depois seriam feitos os discursos e então a primeira dança do casal.
Servi-me com camarão e pela primeira vez, poderia beber alcóol à vista de todos. É claro que só poderia tomar uma taça e isso na hora do brinde.
2
| 𝗢𝘀 𝗱𝗶𝘀𝗰𝘂𝗿𝘀𝘀𝗼𝘀 |

— 𝐉𝐄𝐑𝐄𝐌𝐘 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟖:𝟒𝟎 𝐩𝐦 |
Alison e eu já havíamos cortado o bolo e a comida também já estava sendo servida. Agora era a hora dos discurssos. O primeiro a subir no palco foi o Carter.
Carter: Boa noite a todos. Eu queria propor um brinde ao meu novo irmão. Eu tenho certeza de vocês dois vão ser muito felizes juntos. Eu também gostaria de parabenizar a minha irmã pela sua vitória. Sempre nos unimos em uma única missão, a de irritar nossos pais, e você com certeza ganhou essa guerra, irmãnzinha. E é melhor que o filho de vocês puxe ao Jeremy porque se puxar a Alison, coitado do Jeremy.
Não pude evitar de rir com sua provocação destinada a irmã, assim como todo mundo. Até mesmo a Alison havia se divertido com a piada, mesmo não admitindo.
Daphne: Bom, eu acho que posso dizer que como irmã mais velha eu nunca estive tão feliz pela minha irmã ter encontrado o seu príncipe encantado. Ali, tenho certeza de que você e Jeremy serão muito felizes.
O próximo da fila seria o Jason, mas ele está viajando e não conseguiu chegar a tempo. Mas mesmo assim nos mandou lembranças e até um presente.
Nate: Alison, você sempre foi uma das melhores em nossa família. E eu fico muito feliz que a minha irmã tenha encontrado alguém tão especial como esse cara na vida dela.
Sam: Eu nem preciso dizer o quanto esses dois se amam porque basta olhar para eles por pelo menos cinco segundos. Eu tenho certeza de que o bêbe de vocês vai ser a criança mais sortuda por ter pais que se amam tão intensamente como vocês.
Chuck: Jerry, primeiramente, boa sorte, cara. Vai precisar. Em segundo lugar, Alison, eu espero que tenha aproveitado bem essa vida de solteira porque agora vai ter que lidar com fraudas e choro a noite toda. Mas, se você me aguentou esses anos todos, tenho certeza de aguenta o tranco.
Mais uma vez, todos ali presentes riram, até mesmo Alison. Os irmãos Bass descem do palco e dão lugar aos meus irmãos.
Alec: Acho que como o mais velho eu tenho que falar primeiro. Alison, precisa saber de uma coisa, quando o Jeremy me contou que você estava grávida, eu quis mata-lo. - Inevitavelmente todos riem, especialmente por seu olhar sério. - Na verdade, se não fosse por nossos irmão, você não estaria casada agora. Mas, eu quero que saibam, que apesar de todas as burradas em que se meteram, eu vou estar sempre aqui pra concertar todas elas, porque eu vou sempre, sempre, ser o seu irmão mais velho. Eu vou continuar protegendo você da mesma forma que cuidei durante todos esses anos. Bem como também vou cuidar da minha nova irmã.
Alec curvou ligeiramente os lábios em um sorriso e o destinou à mim. Eu apenas murmurei um "obrigado" e senti que meus olhos estavam marejados mas contive a minha emoção.
Fred: Maninho, eu estou tão feliz e orgulhoso de ver o homem que você se tornou. Fico feliz por você e pela Alison e por poder ver de perto as adultos que estão se tornando. Eu sei que nem sempre dei os melhores conselhos ou os melhores sermões, mas eu espero que tenha aprendido algo comigo que possa usar com o seu filho. Ah, e mais uma coisa. Não tem devolução, hein.
Alison gargalhou com o comentário de Fred assim como eu e praticamente a festa inteira.
Travis: Um poeta certa vez escreveu um poema para o irmão no dia do casamento dele e, havia uma parte que nele dizia: "Agora meu irmão "engenhoso", eu tenho uma imagem para pintar de um menino que cresceu e se tornou um homem". Isso nunca se tornou tão verdade como eu tenho visto em você, Jeremy. Eu quero que saiba que você me deixou muito orgulhoso de ir atrás daquilo que você ama. Mesmo com dezesseis anos, você tem mostrado mais resiliência e maturidade do que qualquer um que eu conheço nessas últimas semanas. Por isso eu te admiro tanto meu pequeno irmãozinho.
Harry: Jeremy nem sempre foi o mais esperto dos que estão aqui presentes, mas eu posso assegurar que ninguém aqui tem um coração tão grande quanto o desse garoto. Por isso, Alison, você não poderia ter escolhido um marido ou pai melhor. Irmão, você cuidou e protegeu de cada um de nós durante esses seus dezesseis anos de vida, e agora chegou a hora de fazer isso pela sua própria família. Eu tenho certeza de que vai fazer isso com êxito. E no que precisar, vamos sempre estar do seu lado.
Layla: Eu ainda me lembro de quando Jeremy e Alison eram crianças e passavam horas brincando naquele celeiro. Eu não entendia na época, assim como eles, mas aquilo era a prova mais pura e vivida de que as vezes o nosso primeiro amor é o nosso felizes para sempre. Podemos não ter a mesma mãe, mas nunca me tratou diferente de nemhum dos nossos outros irmãos. Eu te amo como o meu irmãozinho e sempre vou amar. Por isso, Alison, é melhor cuidar bem dele. Você tem um verdadeiro tesouro nas mãos agora.
Luna: O amor vai muito além do que palavras bonitas ou atos românticos. E o Jeremy e a Alison são duas provas vivas disso. Vocês podem olhar para eles e dizer que são jovens ou que não estão pensando direito, mas como alguém que os conhece a vida toda, eu posso dizer com certeza de que eles nunca tomaram uma decisão tão certa. Mas, não importa quantos anos você tenha, se já é casado e em breve será pai, pra mim você sempre vai ser o meu irmãozinho mais novo de cabelos de ouro.
Greg: Jeremy é meu irmão mais novo e por isso eu tenho que admitir que esse era um dia em que eu jamais pensei que viveria tão cedo. Nós somos rotuladas desde pequenos que temos que ensinar nossos irmãos mais novos e que eles aprenderão com a gente. Eu digo que isso não é totalmente verdade, porque eu já aprendi muito com esse garoto e espero continuar aprendendo mais a cada dia. Te amo, irmãozinho.
Robin: O Jeremy sempre gostou de se gabar por ser mais velho do que eu, mesmo que a diferença seja de apenas alguns minutos. E, hoje eu vejo que eu não poderia escolher um irmão melhor. Alison conhece Jeremy a muito tempo pra saber que vai ter muita dor de cabeça com ele, mas eu sei que ela também sabe que ninguém a amará de uma forma tão especial e incondicional como o Jeremy. Então, agora eu me vejo obrigado a agradecer a minha nova irmã por permitir que esse cara dividisse os melhores dezesseis anos da minha vida ao meu lado. Agora ele é todo seu.
Bella: O Jeremy sempre foi totalmente apaixonado pela Alison. Nemhum dos dois tinha olhos para outra pessoa senão um ao outro. Desde que eu me lembro sempre foi apenas o Jeremy e a Alison, nunca houve mais ninguém. Esse é o tipo de amor que vale a pena se arriscar, cometer erros e se doar. Então, eu proponho um brinde ao casal mais jovem porém mais determinado que vocês vão conhecer. E Alison, obrigada por me permitir amar ele primeiro.
Max: É de fato uma coisa extraordinária quando conhecemos alguém com quem podemos dividir a nossa alma. Que nos aceitam como somos. Jeremy cuidou de mim desde o dia em que chegamos a esse mundo, mesmo que alguns nem se dessem conta disso. Emery Feine certa vez escreveu um poema em que dizia: "Eu sou apenas a lua, vagando. Você é o sol, adicionando brilho ao orvalho da manhã". Jeremy foi o sol que brilhou na minha vida durante dezesseis anos, agora ele será o sol que brilhará na vida da Alison pela eternidade. Meu irmão tem tentado por um tempo muito longo superar o que ele é. E com a Alison, eu vejo que ele pode finalmente começar. Por isso eu queria propor um brinde ao meu irmão e a sua nova esposa. Nemhum espaço de tempo com vocês dois seria suficiente, então comecem com o para sempre.
Todos brindaram e eu não pude conter as lágrima que lutavam para descer e dessa vez jorraram enquanto olhava fixamente para minha irmã. Max curvou ligeiramente os lábios em um sorriso orgulhoso e eu não pude evitar de fazer o mesmo.
Todos aplaudem os discursos e logo a música começa a tocar novamente. Enquanto os gêmeos, Layla, Robin, Bella e Max retornam aos seus lugares, Alec, Fred, Travis e Harry se reúnem perto da mesa de comidas e eu peço licença a Alison para me juntar à eles.
Jeremy: Isso foi lindo. Obrigado a todos.
Fred: Não foi nada. Mas ainda temos uma coisa pra você.
Harry: É. Digamos que é um último presente de casamento.
Não pude evitar de ficar um pouco confuso e curioso ao observar meus irmãos trocarem olhares e sorrisos marotos. Alec por fim retira dois papéis de carta de seu bolso e um pen-drive.
Alec: São do Oliver e do Delphin. Íamos entregar pra você no seu aniversário de dezoito anos, mas eu achei que seria melhor agora.
Travis: Só mais uma coisinha, não conta nada pro Robin ou as meninas. Queremos entregar só quando eles fizerem dezoito. Tá bom? - Concordei com a cabeça.
Não pude evitar de me emocionar ao pegar as cartas em minhas mãos. Senti um nó se formar em minha garganta e não sabia exatamente o que sentir neste momento.
Essas eram as últimas palavras de meus dois irmãos destinadas à mim. Fui então invadido por uma onda de melancolia pensando no que os dois falariam se estivessem aqui hoje.
Não conheci Oliver e não absolutamente nada sobre ele além do que me contaram, mas sei que ele era gentil e amoroso, assim como Delphin. Poder receber essas cartas era algo realmente especial.
| 𝟎𝟖:𝟒𝟎 𝐩𝐦 |
Alison e eu já havíamos cortado o bolo e a comida também já estava sendo servida. Agora era a hora dos discurssos. O primeiro a subir no palco foi o Carter.
Carter: Boa noite a todos. Eu queria propor um brinde ao meu novo irmão. Eu tenho certeza de vocês dois vão ser muito felizes juntos. Eu também gostaria de parabenizar a minha irmã pela sua vitória. Sempre nos unimos em uma única missão, a de irritar nossos pais, e você com certeza ganhou essa guerra, irmãnzinha. E é melhor que o filho de vocês puxe ao Jeremy porque se puxar a Alison, coitado do Jeremy.
Não pude evitar de rir com sua provocação destinada a irmã, assim como todo mundo. Até mesmo a Alison havia se divertido com a piada, mesmo não admitindo.
Daphne: Bom, eu acho que posso dizer que como irmã mais velha eu nunca estive tão feliz pela minha irmã ter encontrado o seu príncipe encantado. Ali, tenho certeza de que você e Jeremy serão muito felizes.
O próximo da fila seria o Jason, mas ele está viajando e não conseguiu chegar a tempo. Mas mesmo assim nos mandou lembranças e até um presente.
Nate: Alison, você sempre foi uma das melhores em nossa família. E eu fico muito feliz que a minha irmã tenha encontrado alguém tão especial como esse cara na vida dela.
Sam: Eu nem preciso dizer o quanto esses dois se amam porque basta olhar para eles por pelo menos cinco segundos. Eu tenho certeza de que o bêbe de vocês vai ser a criança mais sortuda por ter pais que se amam tão intensamente como vocês.
Chuck: Jerry, primeiramente, boa sorte, cara. Vai precisar. Em segundo lugar, Alison, eu espero que tenha aproveitado bem essa vida de solteira porque agora vai ter que lidar com fraudas e choro a noite toda. Mas, se você me aguentou esses anos todos, tenho certeza de aguenta o tranco.
Mais uma vez, todos ali presentes riram, até mesmo Alison. Os irmãos Bass descem do palco e dão lugar aos meus irmãos.
Alec: Acho que como o mais velho eu tenho que falar primeiro. Alison, precisa saber de uma coisa, quando o Jeremy me contou que você estava grávida, eu quis mata-lo. - Inevitavelmente todos riem, especialmente por seu olhar sério. - Na verdade, se não fosse por nossos irmão, você não estaria casada agora. Mas, eu quero que saibam, que apesar de todas as burradas em que se meteram, eu vou estar sempre aqui pra concertar todas elas, porque eu vou sempre, sempre, ser o seu irmão mais velho. Eu vou continuar protegendo você da mesma forma que cuidei durante todos esses anos. Bem como também vou cuidar da minha nova irmã.
Alec curvou ligeiramente os lábios em um sorriso e o destinou à mim. Eu apenas murmurei um "obrigado" e senti que meus olhos estavam marejados mas contive a minha emoção.
Fred: Maninho, eu estou tão feliz e orgulhoso de ver o homem que você se tornou. Fico feliz por você e pela Alison e por poder ver de perto as adultos que estão se tornando. Eu sei que nem sempre dei os melhores conselhos ou os melhores sermões, mas eu espero que tenha aprendido algo comigo que possa usar com o seu filho. Ah, e mais uma coisa. Não tem devolução, hein.
Alison gargalhou com o comentário de Fred assim como eu e praticamente a festa inteira.
Travis: Um poeta certa vez escreveu um poema para o irmão no dia do casamento dele e, havia uma parte que nele dizia: "Agora meu irmão "engenhoso", eu tenho uma imagem para pintar de um menino que cresceu e se tornou um homem". Isso nunca se tornou tão verdade como eu tenho visto em você, Jeremy. Eu quero que saiba que você me deixou muito orgulhoso de ir atrás daquilo que você ama. Mesmo com dezesseis anos, você tem mostrado mais resiliência e maturidade do que qualquer um que eu conheço nessas últimas semanas. Por isso eu te admiro tanto meu pequeno irmãozinho.
Harry: Jeremy nem sempre foi o mais esperto dos que estão aqui presentes, mas eu posso assegurar que ninguém aqui tem um coração tão grande quanto o desse garoto. Por isso, Alison, você não poderia ter escolhido um marido ou pai melhor. Irmão, você cuidou e protegeu de cada um de nós durante esses seus dezesseis anos de vida, e agora chegou a hora de fazer isso pela sua própria família. Eu tenho certeza de que vai fazer isso com êxito. E no que precisar, vamos sempre estar do seu lado.
Layla: Eu ainda me lembro de quando Jeremy e Alison eram crianças e passavam horas brincando naquele celeiro. Eu não entendia na época, assim como eles, mas aquilo era a prova mais pura e vivida de que as vezes o nosso primeiro amor é o nosso felizes para sempre. Podemos não ter a mesma mãe, mas nunca me tratou diferente de nemhum dos nossos outros irmãos. Eu te amo como o meu irmãozinho e sempre vou amar. Por isso, Alison, é melhor cuidar bem dele. Você tem um verdadeiro tesouro nas mãos agora.
Luna: O amor vai muito além do que palavras bonitas ou atos românticos. E o Jeremy e a Alison são duas provas vivas disso. Vocês podem olhar para eles e dizer que são jovens ou que não estão pensando direito, mas como alguém que os conhece a vida toda, eu posso dizer com certeza de que eles nunca tomaram uma decisão tão certa. Mas, não importa quantos anos você tenha, se já é casado e em breve será pai, pra mim você sempre vai ser o meu irmãozinho mais novo de cabelos de ouro.
Greg: Jeremy é meu irmão mais novo e por isso eu tenho que admitir que esse era um dia em que eu jamais pensei que viveria tão cedo. Nós somos rotuladas desde pequenos que temos que ensinar nossos irmãos mais novos e que eles aprenderão com a gente. Eu digo que isso não é totalmente verdade, porque eu já aprendi muito com esse garoto e espero continuar aprendendo mais a cada dia. Te amo, irmãozinho.
Robin: O Jeremy sempre gostou de se gabar por ser mais velho do que eu, mesmo que a diferença seja de apenas alguns minutos. E, hoje eu vejo que eu não poderia escolher um irmão melhor. Alison conhece Jeremy a muito tempo pra saber que vai ter muita dor de cabeça com ele, mas eu sei que ela também sabe que ninguém a amará de uma forma tão especial e incondicional como o Jeremy. Então, agora eu me vejo obrigado a agradecer a minha nova irmã por permitir que esse cara dividisse os melhores dezesseis anos da minha vida ao meu lado. Agora ele é todo seu.
Bella: O Jeremy sempre foi totalmente apaixonado pela Alison. Nemhum dos dois tinha olhos para outra pessoa senão um ao outro. Desde que eu me lembro sempre foi apenas o Jeremy e a Alison, nunca houve mais ninguém. Esse é o tipo de amor que vale a pena se arriscar, cometer erros e se doar. Então, eu proponho um brinde ao casal mais jovem porém mais determinado que vocês vão conhecer. E Alison, obrigada por me permitir amar ele primeiro.
Max: É de fato uma coisa extraordinária quando conhecemos alguém com quem podemos dividir a nossa alma. Que nos aceitam como somos. Jeremy cuidou de mim desde o dia em que chegamos a esse mundo, mesmo que alguns nem se dessem conta disso. Emery Feine certa vez escreveu um poema em que dizia: "Eu sou apenas a lua, vagando. Você é o sol, adicionando brilho ao orvalho da manhã". Jeremy foi o sol que brilhou na minha vida durante dezesseis anos, agora ele será o sol que brilhará na vida da Alison pela eternidade. Meu irmão tem tentado por um tempo muito longo superar o que ele é. E com a Alison, eu vejo que ele pode finalmente começar. Por isso eu queria propor um brinde ao meu irmão e a sua nova esposa. Nemhum espaço de tempo com vocês dois seria suficiente, então comecem com o para sempre.
Todos brindaram e eu não pude conter as lágrima que lutavam para descer e dessa vez jorraram enquanto olhava fixamente para minha irmã. Max curvou ligeiramente os lábios em um sorriso orgulhoso e eu não pude evitar de fazer o mesmo.
Todos aplaudem os discursos e logo a música começa a tocar novamente. Enquanto os gêmeos, Layla, Robin, Bella e Max retornam aos seus lugares, Alec, Fred, Travis e Harry se reúnem perto da mesa de comidas e eu peço licença a Alison para me juntar à eles.
Jeremy: Isso foi lindo. Obrigado a todos.
Fred: Não foi nada. Mas ainda temos uma coisa pra você.
Harry: É. Digamos que é um último presente de casamento.
Não pude evitar de ficar um pouco confuso e curioso ao observar meus irmãos trocarem olhares e sorrisos marotos. Alec por fim retira dois papéis de carta de seu bolso e um pen-drive.
Alec: São do Oliver e do Delphin. Íamos entregar pra você no seu aniversário de dezoito anos, mas eu achei que seria melhor agora.
Travis: Só mais uma coisinha, não conta nada pro Robin ou as meninas. Queremos entregar só quando eles fizerem dezoito. Tá bom? - Concordei com a cabeça.
Não pude evitar de me emocionar ao pegar as cartas em minhas mãos. Senti um nó se formar em minha garganta e não sabia exatamente o que sentir neste momento.
Essas eram as últimas palavras de meus dois irmãos destinadas à mim. Fui então invadido por uma onda de melancolia pensando no que os dois falariam se estivessem aqui hoje.
Não conheci Oliver e não absolutamente nada sobre ele além do que me contaram, mas sei que ele era gentil e amoroso, assim como Delphin. Poder receber essas cartas era algo realmente especial.
3
| 𝗔𝘀 𝗰𝗮𝗿𝘁𝗮𝘀 |

Assim que meus irmãos saíram e retornaram aos seus lugares, me peguei sozinho recostado em uma grande pilastra enquanto escutava os burburinhos da festa.
Levei alguns segundos para reunir coragem e abrir a carta escrita por meu irmão Oliver.
— ᴄᴀʀᴛᴀ ᴅᴏ ᴏʟɪᴠᴇʀ —
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟳 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟬𝟭.
Querido Jeremy,
Hoje você está completando um mês de vida. Nem acredito que já se passou tanto tempo desde que eu o segurei em meus braços pela primeira vez.
Papai disse que quando cada um de nós faz dez anos, devemos escrever uma carta destinada aos nossos entes queridos para que possam ler quando morrermos, mas eu achei que não haveria ocasião melhor para fazer isso do que no mesversário dos meus irmãos caçulas.
Não sei ao certo quando você estará lendo isso, mas quero que saiba de uma coisa. Não importa quanto tempo leve, você vai ser sempre o meu irmãozinho de ouro. E mesmo que algo aconteça e eu não esteja mais aqui, saiba que de onde quer que esteja, eu vou sempre estar de olho em você.
Espero poder acompanhar todo o seu crescimento e quando chegar a hora de estar ao seu lado no altar, eu serei aquele que vai gritar mais alto pelo seu casamento, espero que um dia possa me ouvir fazendo isso.
Eu te amo imensamente, Jerry.
— Com amor, Oliver.
Senti as lágrimas escorrerem soltas por minhas bochechas mas as limpei antes de abrir a carta de Delphin.
— ᴄᴀʀᴛᴀ ᴅᴏ ᴅᴇʟᴘʜɪɴ —
— 𝗟𝗼𝗻𝗱𝗿𝗲𝘀, 𝗜𝗻𝗴𝗹𝗮𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮. 𝟮𝟲 𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟲.
Meu querido irmão Jeremy,
Havia escrito uma carta para você quando fiz dez anos, mas resolvi reescreve-lá porque eu sinto que minha morte está cada vez mais próxima. Não quero colocar você ou qualquer um dos outros em perigo, por isso não posso contar o que sei.
Hoje é o meu aniversário de dezessete anos e você foi o primeiro a me dar os parabéns. Acho que você nunca reparou, mas sempre nos desejou parabéns na hora em que nascemos. Perguntei à você o porquê disso quando éramos crianças e você apenas disse que é porque antes do nosso horário exato de nascimento, ainda não fizemos aniversário.
Sei que está gostando da Alison e apesar de ter apenas quatorze anos, você demonstra uma maturidade que vai muito além da sua idade. Me pergunto as vezes até se em outra vida você na verdade não seria mais velho do que eu.
Sei que nem sempre pude ser o irmão que você merece e eu peço desculpas por isso. Eu só quero que saiba, que eu amo você eternamente. E mesmo que o pior aconteça, não fique triste com a minha morte. Eu tenho fé de que um dia estaremos juntos de novo.
Sei que posso parecer um pouco enigmático demais, mas saiba que a razão dos segredos é para mantê-lo em segurança. Não sei bem por quanto tempo conseguirei fazer isso mas irei tentar até o meu último suspiro.
Pedi ao Alec que entregasse essa carta à você apenas quando completasse dezoito anos, mas caso você a tenha aberto antes disso, eu só peço que não conte nada disso aos outros, ou todo o meu sacrifício terá sido em vão. Eu também te peço que cuide dos nossos irmãos. Como o mais velho dos gêmeos, sei que vê como sua função cuidar deles, então vigia o Robin pra que não faça nemhuma besteira, fica de olho na Bella porque você sabe como ela é cabeça quente e ajuda a Max, você sabe como ela é tímida.
Eu te amo sempre meu irmão. E para de assistir um pouco "Tom e Jerry".
— Com amor, seu irmão mais velho irritante, Delphin.
Dessa vez não consegui nem conter as lágrimas e os soluços. Fui invadido por uma onda de tristeza e até mesmo felicidade em poder ler aquilo.
Sentia saudades dos dois, especialmente hoje. Não tive muito tempo para me questionar sobre o conteúdo particularmente suspeito na carta de Delphin pois Alison havia se aproximado com um olhar um pouco preocupada.
Alison: Tudo bem?
Jeremy: Tá. - Minha voz estava um pouco embargada devido ao choro mas sentia que estava me recompondo aos poucos. - São do Oliver e Delphin. - Mostrei as cartas para Alison que me olhou com pena.
Alison: Você quer que eu diga que precisou sair por uns minutos?
Jeremy: Não. - Respirei fundo e pesadamente. - Se não estou enganado tá na hora da nossa primeira dança. - Enxuguei minhas lágrimas com as palmas da mão e estendi meu braço para que Alison o pegasse. - Pronta, esposa? - Lançei um sorriso maroto em sua direção que ela retribuiu da mesma forma.
Alison: É claro, meu marido.
Caminhamos juntos até a pista de dança e começamos a dançar a valsa assim que a música começou a tocar.
Não podia acreditar que este momento estava mesmo acontecendo. Alison era minha esposa. E apesar do peso em meu coração pela saudade que sentia de meus irmãos, Alison foi capaz de acalma-lo e aquece-lo com seu sorriso estonteante enquanto dançavamos.
Levei alguns segundos para reunir coragem e abrir a carta escrita por meu irmão Oliver.
— ᴄᴀʀᴛᴀ ᴅᴏ ᴏʟɪᴠᴇʀ —
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟳 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟬𝟭.
Querido Jeremy,
Hoje você está completando um mês de vida. Nem acredito que já se passou tanto tempo desde que eu o segurei em meus braços pela primeira vez.
Papai disse que quando cada um de nós faz dez anos, devemos escrever uma carta destinada aos nossos entes queridos para que possam ler quando morrermos, mas eu achei que não haveria ocasião melhor para fazer isso do que no mesversário dos meus irmãos caçulas.
Não sei ao certo quando você estará lendo isso, mas quero que saiba de uma coisa. Não importa quanto tempo leve, você vai ser sempre o meu irmãozinho de ouro. E mesmo que algo aconteça e eu não esteja mais aqui, saiba que de onde quer que esteja, eu vou sempre estar de olho em você.
Espero poder acompanhar todo o seu crescimento e quando chegar a hora de estar ao seu lado no altar, eu serei aquele que vai gritar mais alto pelo seu casamento, espero que um dia possa me ouvir fazendo isso.
Eu te amo imensamente, Jerry.
— Com amor, Oliver.
Senti as lágrimas escorrerem soltas por minhas bochechas mas as limpei antes de abrir a carta de Delphin.
— ᴄᴀʀᴛᴀ ᴅᴏ ᴅᴇʟᴘʜɪɴ —
— 𝗟𝗼𝗻𝗱𝗿𝗲𝘀, 𝗜𝗻𝗴𝗹𝗮𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮. 𝟮𝟲 𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟲.
Meu querido irmão Jeremy,
Havia escrito uma carta para você quando fiz dez anos, mas resolvi reescreve-lá porque eu sinto que minha morte está cada vez mais próxima. Não quero colocar você ou qualquer um dos outros em perigo, por isso não posso contar o que sei.
Hoje é o meu aniversário de dezessete anos e você foi o primeiro a me dar os parabéns. Acho que você nunca reparou, mas sempre nos desejou parabéns na hora em que nascemos. Perguntei à você o porquê disso quando éramos crianças e você apenas disse que é porque antes do nosso horário exato de nascimento, ainda não fizemos aniversário.
Sei que está gostando da Alison e apesar de ter apenas quatorze anos, você demonstra uma maturidade que vai muito além da sua idade. Me pergunto as vezes até se em outra vida você na verdade não seria mais velho do que eu.
Sei que nem sempre pude ser o irmão que você merece e eu peço desculpas por isso. Eu só quero que saiba, que eu amo você eternamente. E mesmo que o pior aconteça, não fique triste com a minha morte. Eu tenho fé de que um dia estaremos juntos de novo.
Sei que posso parecer um pouco enigmático demais, mas saiba que a razão dos segredos é para mantê-lo em segurança. Não sei bem por quanto tempo conseguirei fazer isso mas irei tentar até o meu último suspiro.
Pedi ao Alec que entregasse essa carta à você apenas quando completasse dezoito anos, mas caso você a tenha aberto antes disso, eu só peço que não conte nada disso aos outros, ou todo o meu sacrifício terá sido em vão. Eu também te peço que cuide dos nossos irmãos. Como o mais velho dos gêmeos, sei que vê como sua função cuidar deles, então vigia o Robin pra que não faça nemhuma besteira, fica de olho na Bella porque você sabe como ela é cabeça quente e ajuda a Max, você sabe como ela é tímida.
Eu te amo sempre meu irmão. E para de assistir um pouco "Tom e Jerry".
— Com amor, seu irmão mais velho irritante, Delphin.
Dessa vez não consegui nem conter as lágrimas e os soluços. Fui invadido por uma onda de tristeza e até mesmo felicidade em poder ler aquilo.
Sentia saudades dos dois, especialmente hoje. Não tive muito tempo para me questionar sobre o conteúdo particularmente suspeito na carta de Delphin pois Alison havia se aproximado com um olhar um pouco preocupada.
Alison: Tudo bem?
Jeremy: Tá. - Minha voz estava um pouco embargada devido ao choro mas sentia que estava me recompondo aos poucos. - São do Oliver e Delphin. - Mostrei as cartas para Alison que me olhou com pena.
Alison: Você quer que eu diga que precisou sair por uns minutos?
Jeremy: Não. - Respirei fundo e pesadamente. - Se não estou enganado tá na hora da nossa primeira dança. - Enxuguei minhas lágrimas com as palmas da mão e estendi meu braço para que Alison o pegasse. - Pronta, esposa? - Lançei um sorriso maroto em sua direção que ela retribuiu da mesma forma.
Alison: É claro, meu marido.
Caminhamos juntos até a pista de dança e começamos a dançar a valsa assim que a música começou a tocar.
Não podia acreditar que este momento estava mesmo acontecendo. Alison era minha esposa. E apesar do peso em meu coração pela saudade que sentia de meus irmãos, Alison foi capaz de acalma-lo e aquece-lo com seu sorriso estonteante enquanto dançavamos.
4
| "𝗔𝘀𝘀𝗶𝗺 𝗺𝗲 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮𝗿á 𝗲𝗺 𝗽𝗮𝘇..." |

— 𝐋𝐔𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Após conversar com alguns dos convidados, observei Nigel Berbrooke acenar em minha direção com um sorriso detestável no rosto.
Como esse homem ainda tinha coragem de se dirigir à mim depois do que tentou no aniversário dos gêmeos? Ninguém além de mim, Dylan e Nigel sabiam do que havia acontecido naquela noite.
Seu olho ainda estava roxo, mesmo após três semanas, e isso me fazia sorrir por dentro.
Avistei Dylan aproximar-se e logo senti a animosidade de meu irmão Alec que se encontrava ao meu lado.
Seguindo o nosso plano de um namoro falso, Dylan já havia aparecido na minha casa várias e várias vezes durante essas semanas para me "levar" para sair e coisas do tipo.
Alec não estava gostando nem um pouco disso, bem como meus outros irmãos, já que eles não conheciam bem o Coulthy e mesmo que o considerassem como um amigo, jamais iriam querer que um homem com a reputação como a dele chegasse perto de uma das irmãs.
Dylan: Quer dançar?
Alec pôs-se um pouco à frente mas foi rapidamente impedido de soltar os cachorros em cima do garoto por minha madrasta.
Melissa: Nesse caso, vou precisar que outra pessoa me acompanhe enquanto faço sala para os convidados. Alec? Me acompanha?
Alec: É claro.
Alec lançou um olhar fulminante para Dylan antes de sair com Melissa. O Coulthy ergueu seu braço ligeiramente para eu que colocasse a mão na dobra de seu cotovelo enquanto caminhávamos até a pista de dança.
Luna: Lembra das seis festas que combinamos? Pode esquecer. Terão de ser oito. E mais um piquenique.
Dylan: Um piquenique? - Seu rosto se contorce em uma expressão tediosa.
Luna: Receio que será preciso nos dedicarmos mais a essa farsa.
Dylan: Ah. Por causa do Berbrooke. Eu fiquei sabendo.
Luna: Ele precisa acreditar que está loucamente apaixonado por mim. - Falei um pouco mais baixo pois já nos encontrávamos no centro do salão de dança rodeados de outros casais que também iriam dançar. - Assim me deixará em paz.
Dylan: Preciso tomar cuidado pra não cair do precipício?
Luna: Ah é bom tomar cuidado. Vai ficar grudado em mim a noite toda. E precisa parecer que gostamos da companhia um do outro. Por mais difícil que isso pareça no momento.
Dylan: É... e duro.
O Coulthy envolve um de seus braços ao redor de minha cintura e o com o outro segura minha mão na altura de seu ombro. Repousei minha mão em seu ombro enquanto começamos a nos movimentar ao ritmo da música.
Dylan me rodopiou duas vezes antes de aproximar seu corpo do meu mais uma vez. A adrenalina da dança fazia nossos corpos se movimentarem por vontade própria.
Trocamos sorrisos e risos e eu até poderia acreditar que eram genuínos. Seus pés não haviam se atrapalhado em momento algum e eu tinha que reconhecer que ele era um ótimo dançarino.
Quando a música acabou, apenas nos saudamos com uma reverência educada e ele beijou suavemente a minha mão.
Travis se aproximou e me tirou para dançar a próxima música. Observei Dylan se afastar e se dirigir à mesa de bebidas, acompanhado de ninguém menos do que meu irmão.
Após conversar com alguns dos convidados, observei Nigel Berbrooke acenar em minha direção com um sorriso detestável no rosto.
Como esse homem ainda tinha coragem de se dirigir à mim depois do que tentou no aniversário dos gêmeos? Ninguém além de mim, Dylan e Nigel sabiam do que havia acontecido naquela noite.
Seu olho ainda estava roxo, mesmo após três semanas, e isso me fazia sorrir por dentro.
Avistei Dylan aproximar-se e logo senti a animosidade de meu irmão Alec que se encontrava ao meu lado.
Seguindo o nosso plano de um namoro falso, Dylan já havia aparecido na minha casa várias e várias vezes durante essas semanas para me "levar" para sair e coisas do tipo.
Alec não estava gostando nem um pouco disso, bem como meus outros irmãos, já que eles não conheciam bem o Coulthy e mesmo que o considerassem como um amigo, jamais iriam querer que um homem com a reputação como a dele chegasse perto de uma das irmãs.
Dylan: Quer dançar?
Alec pôs-se um pouco à frente mas foi rapidamente impedido de soltar os cachorros em cima do garoto por minha madrasta.
Melissa: Nesse caso, vou precisar que outra pessoa me acompanhe enquanto faço sala para os convidados. Alec? Me acompanha?
Alec: É claro.
Alec lançou um olhar fulminante para Dylan antes de sair com Melissa. O Coulthy ergueu seu braço ligeiramente para eu que colocasse a mão na dobra de seu cotovelo enquanto caminhávamos até a pista de dança.
Luna: Lembra das seis festas que combinamos? Pode esquecer. Terão de ser oito. E mais um piquenique.
Dylan: Um piquenique? - Seu rosto se contorce em uma expressão tediosa.
Luna: Receio que será preciso nos dedicarmos mais a essa farsa.
Dylan: Ah. Por causa do Berbrooke. Eu fiquei sabendo.
Luna: Ele precisa acreditar que está loucamente apaixonado por mim. - Falei um pouco mais baixo pois já nos encontrávamos no centro do salão de dança rodeados de outros casais que também iriam dançar. - Assim me deixará em paz.
Dylan: Preciso tomar cuidado pra não cair do precipício?
Luna: Ah é bom tomar cuidado. Vai ficar grudado em mim a noite toda. E precisa parecer que gostamos da companhia um do outro. Por mais difícil que isso pareça no momento.
Dylan: É... e duro.
O Coulthy envolve um de seus braços ao redor de minha cintura e o com o outro segura minha mão na altura de seu ombro. Repousei minha mão em seu ombro enquanto começamos a nos movimentar ao ritmo da música.
Dylan me rodopiou duas vezes antes de aproximar seu corpo do meu mais uma vez. A adrenalina da dança fazia nossos corpos se movimentarem por vontade própria.
Trocamos sorrisos e risos e eu até poderia acreditar que eram genuínos. Seus pés não haviam se atrapalhado em momento algum e eu tinha que reconhecer que ele era um ótimo dançarino.
Quando a música acabou, apenas nos saudamos com uma reverência educada e ele beijou suavemente a minha mão.
Travis se aproximou e me tirou para dançar a próxima música. Observei Dylan se afastar e se dirigir à mesa de bebidas, acompanhado de ninguém menos do que meu irmão.
5
| "𝗘𝘂 𝘃𝗼𝘂 𝗺𝗮𝘁𝗮-𝗹𝗼..." |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Assim que mandei Travis ir dançar com Luna, fui até Dylan e me dirigi com ele até a mesa de bebidas enquanto conversávamos.
Alec: Acho que não fui claro o bastante.
Dylan: Quer que eu insulte a sua irmã?
Alec: Pelo contrário.
Dylan: Quer que sua irmã se case com aquele sapo nojento?
Alec: É claro que não. Mas...
Nigel: Leblanc? - O Coulthy e eu nos viramos instantaneamente assim que somos agraciados com a presença do Berbrooke. - Nós podemos conversar? Conversei com o seu pai no aniversário dos seus irmãos mas gostaria de reforçar as minha intenções com relação a sua irmã. Ela é um prêmio que eu busco a muito tempo pela sua beleza, sua graça...
Dylan: Pela força de seu soco. - Não pude evitar de franzir o cenho e olhar por cima do ombro para o Coulthy antes de voltar minha atenção para o homem à minha frente mais uma vez.
Nigel: Farei de tudo pela sua irmã, Leblanc. Quem sabe com o tempo ela até aprenda a gostar de mim.
Não sei ao certo quanto mais disso poderia escutar sem perder a compostura e ser mal educado. Isso até o Coulthy se intrometer na conversa.
Dylan: Ah, me poupe, Berbrooke. Por que não conta pra ele como ficou com o olho roxo?
Nigel: Fui desatento com uma porta de armário.
Dylan: Ele foi desatento com a honra. Tentou algo que eu não colocaria em palavras. Sua irmã o acertou com um soco. E foi bem merecido.
Dylan contrai o maxilar ao olhar para o enfadonho homem que agora detinha uma expressão mais amedrontada. Olhei rapidamente para minha irmã que dançava com Travis, mas que mantinha o olhar fixo em nossa direção.
Nigel: Leblanc, precisa saber que...
Alec: Se fosse verdade a Luna teria me contado. - Ignorei Nigel e voltei minha atenção para Dylan.
Dylan: Teria?
Ele arquea as sobrancelhas levemente e eu realmente tinha que admitir que ele estava certo.
Tudo parecia fazer sentido agora. Luna e Dylan haviam de repente começado a sair e flertar quando o Berbrooke demonstrou ao Wilhelm que tinha interesse nela.
Senti o sangue começar a ferver em minhas veias ao pensar no que Dylan acaba de me dizer. Coloquei minha taça na mesa e me voltei para Nigel com um olhar frio e sério.
Alec: Nunca mais fale com a minha irmã, Berbrooke. Você me entendeu?
Nigel: Mas eu vou me casar com ela.
Senti os nervos se aflorarem em mim com tanta intensidade que eu seria capaz de voar em seu pescoço agora mesmo. Apesar de me lançar um pouco mais para frente, Dylan me segurou e impediu que eu fizesse uma cena.
Alec: Eu vou matá-lo se voltar a olhar para ela! - Pronunciei minhas palavras com os dentes cerrados e lançei um olhar ameaçador em sua direção. - E sinta-se grato por não levar outro soco de mais um Leblanc.
Observei o homem engolir em seco antes que eu me afastasse. Observei Luna se aproximar rapidamente com um olhar de temor.
Luna: O que aconteceu?
Alec: Não precisa se preocupar mais com o Berbrooke. Acabou, irmã.
Soltei um suspiro antes de passar por ela e ser seguido por Travis. Precisava tomar um ar para me acalmar antes que eu voltasse lá e terminasse o serviço que Luna começou.
Me sentia culpado por não ter dado toda a atenção que eu devia à Luna naquela noite. Sei bem que ela sabe se virar mas fico agora me perguntando o que seria dela se Berbrooke tivesse ido até o fim.
Me sentia enojado com essa situação e reconheço agora que devia desculpas ao Coulthy.
Levei alguns minutos para me recompor e contar a Travis exatamente o que aconteceu. Meu irmão também ficou furioso e se não fosse o casamento de nosso irmão, seríamos sim capazes de acabar com a raça do Berbrooke agora mesmo.
Assim que mandei Travis ir dançar com Luna, fui até Dylan e me dirigi com ele até a mesa de bebidas enquanto conversávamos.
Alec: Acho que não fui claro o bastante.
Dylan: Quer que eu insulte a sua irmã?
Alec: Pelo contrário.
Dylan: Quer que sua irmã se case com aquele sapo nojento?
Alec: É claro que não. Mas...
Nigel: Leblanc? - O Coulthy e eu nos viramos instantaneamente assim que somos agraciados com a presença do Berbrooke. - Nós podemos conversar? Conversei com o seu pai no aniversário dos seus irmãos mas gostaria de reforçar as minha intenções com relação a sua irmã. Ela é um prêmio que eu busco a muito tempo pela sua beleza, sua graça...
Dylan: Pela força de seu soco. - Não pude evitar de franzir o cenho e olhar por cima do ombro para o Coulthy antes de voltar minha atenção para o homem à minha frente mais uma vez.
Nigel: Farei de tudo pela sua irmã, Leblanc. Quem sabe com o tempo ela até aprenda a gostar de mim.
Não sei ao certo quanto mais disso poderia escutar sem perder a compostura e ser mal educado. Isso até o Coulthy se intrometer na conversa.
Dylan: Ah, me poupe, Berbrooke. Por que não conta pra ele como ficou com o olho roxo?
Nigel: Fui desatento com uma porta de armário.
Dylan: Ele foi desatento com a honra. Tentou algo que eu não colocaria em palavras. Sua irmã o acertou com um soco. E foi bem merecido.
Dylan contrai o maxilar ao olhar para o enfadonho homem que agora detinha uma expressão mais amedrontada. Olhei rapidamente para minha irmã que dançava com Travis, mas que mantinha o olhar fixo em nossa direção.
Nigel: Leblanc, precisa saber que...
Alec: Se fosse verdade a Luna teria me contado. - Ignorei Nigel e voltei minha atenção para Dylan.
Dylan: Teria?
Ele arquea as sobrancelhas levemente e eu realmente tinha que admitir que ele estava certo.
Tudo parecia fazer sentido agora. Luna e Dylan haviam de repente começado a sair e flertar quando o Berbrooke demonstrou ao Wilhelm que tinha interesse nela.
Senti o sangue começar a ferver em minhas veias ao pensar no que Dylan acaba de me dizer. Coloquei minha taça na mesa e me voltei para Nigel com um olhar frio e sério.
Alec: Nunca mais fale com a minha irmã, Berbrooke. Você me entendeu?
Nigel: Mas eu vou me casar com ela.
Senti os nervos se aflorarem em mim com tanta intensidade que eu seria capaz de voar em seu pescoço agora mesmo. Apesar de me lançar um pouco mais para frente, Dylan me segurou e impediu que eu fizesse uma cena.
Alec: Eu vou matá-lo se voltar a olhar para ela! - Pronunciei minhas palavras com os dentes cerrados e lançei um olhar ameaçador em sua direção. - E sinta-se grato por não levar outro soco de mais um Leblanc.
Observei o homem engolir em seco antes que eu me afastasse. Observei Luna se aproximar rapidamente com um olhar de temor.
Luna: O que aconteceu?
Alec: Não precisa se preocupar mais com o Berbrooke. Acabou, irmã.
Soltei um suspiro antes de passar por ela e ser seguido por Travis. Precisava tomar um ar para me acalmar antes que eu voltasse lá e terminasse o serviço que Luna começou.
Me sentia culpado por não ter dado toda a atenção que eu devia à Luna naquela noite. Sei bem que ela sabe se virar mas fico agora me perguntando o que seria dela se Berbrooke tivesse ido até o fim.
Me sentia enojado com essa situação e reconheço agora que devia desculpas ao Coulthy.
Levei alguns minutos para me recompor e contar a Travis exatamente o que aconteceu. Meu irmão também ficou furioso e se não fosse o casamento de nosso irmão, seríamos sim capazes de acabar com a raça do Berbrooke agora mesmo.
6
| "𝗦𝗲𝗿á 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗲𝘂 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗲𝗿..." |

— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Enquanto observava a dança entre Jeremy e Alison, me peguei pensando a respeito de como nossas vidas mudariam a partir de agora.
Apesar da noite mágica, ainda estamos enfrentando a ameaça que o assassino de meu irmão representa. Pior do que isso, quando Alison der a luz a seu bebê, ele também irá correr perigo se isso tudo não se resolver até lá.
Fui tirado de meus pensamentos pela presença de uma certa ruiva que estava tão bonita como o de costume. Sam usava um vestido vermelho longo com mangas curtas e que davam um belo destaque ao seu busto, ao qual só podia olhar para seu colar de rubi no pescoço. Seu cabelo estava em um penteado meio preso e sua maquiagem dava destaque aos seus lábios rosa.
Sam: Robin. Exatamente quem eu queria ver agora.
Robin: Samantha?
A garota pega gentilmente em minha mão e começa a me arrastar pela multidão até a pista de dança.
Sam: Preciso que dance comigo.
Robin: Dançar com você... Por quê?
Sam: Sem perguntas agora, Robin.
A Bass rapidamente pegou em minha mão enquanto posicionou a outra sobre meu ombro. Envolvi meu braço ao redor de sua cintura e começamos a seguir o ritmo da música.
Robin: Eu posso saber agora o que está acontecendo? - Sam aproxima ligeiramente sua boca de meu ouvido para sussurrar algo.
Sam: Eu descobri uma coisa que você precisa saber.
Robin: O que é?
Sam: O cara que atacou a Daphne aquele noite no celeiro, eu descobri através da descrição dela sobre a fantasia que o nome dele é O Feio. - Inevitavelmente franzi o cenho da testa. - Eu sei. É horrível. Aparentemente ele atacou um grupo de jovens no final dos anos 80 e no começo dos 90. Não consegui informações sobre esses jovens. Só o que sei é que eles disseram para a polícia que viram o tal homem cair de um precipício. Nunca encontraram o corpo, mas a polícia acha que ele se perdeu no mar e os tubarões o devoraram.
Robin: Será que era apenas um impostor então?
Sam: Isso eu não sei.
Robin: Eu tenho uma outra pergunta.
Sam: Qual?
Robin: Por que vai todo dia ao mesmo parque em que corro todas as manhãs?
Sam: Simplesmente porque eu posso ficar de olho em você, pra que não arrume mais confusão. Quem quer que tenha matado o Delphin ainda está por aí...
Robin: Samantha...
Sam: Não dá pra acreditar que vai conseguir se virar se ele aparecer. - Seu olhar continha um misto de preocupação e convicção.
Robin: Eu sou um homem agora.
Sam: Será homem quando eu disser que você é.
Robin: E se ele realmente voltar eu tenho certeza de que a guarda armada do meu pai dá conta. - Samantha abaixou o seu olhar e parece ter se convencido com o meu argumento. - Olhe nos meus olhos. - Seus lindos olhos azuis encontraram os meus novamente. - O ritmo está sempre aqui.
A rodopiei três vezes antes de traze-la novamente para junto de mim novamente. Sua respiração estava misturando-se a minha e eu podia sentir que ondas pulsantes estavam se espalhando por todo o meu corpo.
Sua boca está à apenas alguns centímetros de distância e eu me via analisando a mesma.
No momento em que nossos olhos se cruzaram novamente, senti o calor de seu corpo ao aproximar-se ainda mais. Eu poderia facilmente ficar assim por horas.
O brilho que emanava de seus olhos faziam o meu coração bater mais rápido e apesar de continuar seguindo o ritmo da música, eu só conseguia me concentrar em como minha parceira era extraordinária.
Samantha e eu estávamos tão anestesiados um com o outro que mal reparamos quando a música parou de tocar e a plateia começou a aplaudir o casal de noivos.
Nos entreolhamos um pouco envergonhados e começamos a aplaudir Jeremy e Alison em conjunto com os outros convidados.
O que terá sido isso?
E eu que pensava que não seria capaz de me apaixonar ainda mais por essa garota.
Samantha se distanciou ao ser chamada por Daphne e foi ao encontro de sua mãe, mas não antes de lançar um último olhar em minha direção.
Enquanto observava a dança entre Jeremy e Alison, me peguei pensando a respeito de como nossas vidas mudariam a partir de agora.
Apesar da noite mágica, ainda estamos enfrentando a ameaça que o assassino de meu irmão representa. Pior do que isso, quando Alison der a luz a seu bebê, ele também irá correr perigo se isso tudo não se resolver até lá.
Fui tirado de meus pensamentos pela presença de uma certa ruiva que estava tão bonita como o de costume. Sam usava um vestido vermelho longo com mangas curtas e que davam um belo destaque ao seu busto, ao qual só podia olhar para seu colar de rubi no pescoço. Seu cabelo estava em um penteado meio preso e sua maquiagem dava destaque aos seus lábios rosa.
Sam: Robin. Exatamente quem eu queria ver agora.
Robin: Samantha?
A garota pega gentilmente em minha mão e começa a me arrastar pela multidão até a pista de dança.
Sam: Preciso que dance comigo.
Robin: Dançar com você... Por quê?
Sam: Sem perguntas agora, Robin.
A Bass rapidamente pegou em minha mão enquanto posicionou a outra sobre meu ombro. Envolvi meu braço ao redor de sua cintura e começamos a seguir o ritmo da música.
Robin: Eu posso saber agora o que está acontecendo? - Sam aproxima ligeiramente sua boca de meu ouvido para sussurrar algo.
Sam: Eu descobri uma coisa que você precisa saber.
Robin: O que é?
Sam: O cara que atacou a Daphne aquele noite no celeiro, eu descobri através da descrição dela sobre a fantasia que o nome dele é O Feio. - Inevitavelmente franzi o cenho da testa. - Eu sei. É horrível. Aparentemente ele atacou um grupo de jovens no final dos anos 80 e no começo dos 90. Não consegui informações sobre esses jovens. Só o que sei é que eles disseram para a polícia que viram o tal homem cair de um precipício. Nunca encontraram o corpo, mas a polícia acha que ele se perdeu no mar e os tubarões o devoraram.
Robin: Será que era apenas um impostor então?
Sam: Isso eu não sei.
Robin: Eu tenho uma outra pergunta.
Sam: Qual?
Robin: Por que vai todo dia ao mesmo parque em que corro todas as manhãs?
Sam: Simplesmente porque eu posso ficar de olho em você, pra que não arrume mais confusão. Quem quer que tenha matado o Delphin ainda está por aí...
Robin: Samantha...
Sam: Não dá pra acreditar que vai conseguir se virar se ele aparecer. - Seu olhar continha um misto de preocupação e convicção.
Robin: Eu sou um homem agora.
Sam: Será homem quando eu disser que você é.
Robin: E se ele realmente voltar eu tenho certeza de que a guarda armada do meu pai dá conta. - Samantha abaixou o seu olhar e parece ter se convencido com o meu argumento. - Olhe nos meus olhos. - Seus lindos olhos azuis encontraram os meus novamente. - O ritmo está sempre aqui.
A rodopiei três vezes antes de traze-la novamente para junto de mim novamente. Sua respiração estava misturando-se a minha e eu podia sentir que ondas pulsantes estavam se espalhando por todo o meu corpo.
Sua boca está à apenas alguns centímetros de distância e eu me via analisando a mesma.
No momento em que nossos olhos se cruzaram novamente, senti o calor de seu corpo ao aproximar-se ainda mais. Eu poderia facilmente ficar assim por horas.
O brilho que emanava de seus olhos faziam o meu coração bater mais rápido e apesar de continuar seguindo o ritmo da música, eu só conseguia me concentrar em como minha parceira era extraordinária.
Samantha e eu estávamos tão anestesiados um com o outro que mal reparamos quando a música parou de tocar e a plateia começou a aplaudir o casal de noivos.
Nos entreolhamos um pouco envergonhados e começamos a aplaudir Jeremy e Alison em conjunto com os outros convidados.
O que terá sido isso?
E eu que pensava que não seria capaz de me apaixonar ainda mais por essa garota.
Samantha se distanciou ao ser chamada por Daphne e foi ao encontro de sua mãe, mas não antes de lançar um último olhar em minha direção.
7
| 𝗢 𝗯𝗮𝗶𝗹𝗲 |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟯 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗤𝘂𝗶𝗻𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
| 𝟎𝟗:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
O baile da temporada dado pela família Kobinky era de fato um convite bem invejável por todos. Esse era o tipo de coisa que eu costumava evitar até certo tempo, já que era nesse baile em que todas as garotas que estavam livres e a procura de um par caíam matando em cima de viáveis pretendentes.
Ao sair do carro, caminhei junto à minha mãe, Travis e Max até a porta de entrada do salão.
Max mexia constantemente em seu vestido e seu aparente incômodo chegava a ser até engraçado, mas não pegava bem para a imagem pública.
Alec: Pare de mexer no seu vestido. -murmurei baixo e apenas fui recebido com um suspiro e uma revirada de olhos.
Maryse: Você está linda.
Max: Pareço um bezerro premiado indo a leilão.
Travis: Muuu.
Travis imitou o barulho de uma vaca para provocar a mais nova, o que me causou uma risada e deixou Max ainda mais irritada.
Maryse: Max, esse baile é apenas um vislumbre do que te espera. Até debutar oficialmente no ano que vem não precisa ficar tão nervosa.
Max: Verdade.
Max apenas soltou um suspiro baixo e frustrado e rapidamente voltou seu olhar para um jovem que se aproximava. Minha irmã nem ao menos piscava e o sorriso no rosto de minha mãe só serviu para aumentar seu nervosismo.
Travis e eu lançamos um olhar mortal e ameaçador para o garoto que estava até mais nervoso do que a Max e até parecia ser mais novo do que ela. Meu irmão estendeu o braço para nossa irmã e se inclinou ligeiramente para livra-la desta situação.
Travis: Vem, irmã. O bolo nesses bailes é sempre gostoso.
Travis e Max saíram andando em direção a mesa de comidas e me vi sozinho ao lado de minha mãe enquanto observava a multidão repleta de garotas.
Alec: As opções são limitadíssimas.
Maryse: Bom, alguém aqui com certeza deve agrada-lo. Afinal essa é a temporada na qual o príncipe pretende arrumar uma esposa.
Minha mãe anunciou sua última frase aos quatro cantos do mundo, o que fez todos na festa olharem para nós, enquanto eu apenas olhava para a mulher com os olhos arregalados em sinal de descrença.
Alec: Você fez mesmo isso?
Maryse: Eu acho que sim.
Minha mãe murmurou e logo sorriu educadamente para as jovens que se aproximavam como leões indo atrás de um pedaço de carne.
Alec: Boa noite.
Levei um bom tempo até conseguir me livrar de todas aquelas garotas e, quando finalmente consegui isso, suspirei aliviado.
Encontrei refúgio na mesa de bebidas onde podia observar a distância meus irmãos e me assegurar de que estavam todos bem.
Senti alguém se aproximando e quando os passos ficaram mais altos, me virei e sorri ao ver Lydia.
Lydia: Aqui está você. Foi difícil vê-lo no meio de tantas garotas sedentas por uma pedaço seu. - Soltei uma risada nasalada com seu comentário.
Alec: Minha mãe consegue tornar as coisas bem difíceis quando quer.
Lydia: Então quer dizer que cedeu aos seus pais e pretende se casar?
Alec: É o melhor a fazer. Apesar do Jeremy estar casado agora, ainda é meu dever como primogênito assumir as rédeas. Nossa posição ainda não está das melhores. Por isso, eu preciso escolher minha noiva com cuidado. Afinal de contas quando eu assumir o lugar do meu pai ela será rainha.
Lydia: Uma tarefa e tanto. Eu espero que obtenha sorte.
Olhei rapidamente para a loura ao meu lado que mantinha os olhos fixos nos casais que dançavam.
Lydia conseguiu a façanha de se casar por amor verdadeiro. Ao contrário de algumas pessoas, eu tinha plena consciência de que ele existia, só não o queria na minha vida. Me pergunto agora se a garota ao meu lado ainda sente falta da vida que teve.
Alec: Lydia? Posso perguntar uma coisa? - Ela concordou com a cabeça. - Você alguma vez já pensou em se casar de novo?
Lydia: Seria mentira se eu dissesse que não quero ter filhos. Então, eu diria que sim. Mas se fizesse isso, seria com alguém que eu pudesse escolher e que me deixasse em segurança.
Alec: E quantos filhos pretende ter?
Lydia: A quantidade não importa. Ficarei feliz com os que vierem.
Alec: Muito sábio.
Lydia: Com licença.
Observei Lydia olhar na direção em que a Sra. Kobinky estava e ir até lá. Mantive o olhar fixo na garota e só o desviei quando minha mãe se aproximou.
Maryse: Ela é uma boa garota.
Alec: Tem razão. É com ela que eu vou me casar. - Senti o olhar de minha mãe recair sobre mim instantaneamente.
Eu tinha tomado minha decisão e eu estava certo dela.
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟯 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗤𝘂𝗶𝗻𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
| 𝟎𝟗:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
O baile da temporada dado pela família Kobinky era de fato um convite bem invejável por todos. Esse era o tipo de coisa que eu costumava evitar até certo tempo, já que era nesse baile em que todas as garotas que estavam livres e a procura de um par caíam matando em cima de viáveis pretendentes.
Ao sair do carro, caminhei junto à minha mãe, Travis e Max até a porta de entrada do salão.
Max mexia constantemente em seu vestido e seu aparente incômodo chegava a ser até engraçado, mas não pegava bem para a imagem pública.
Alec: Pare de mexer no seu vestido. -murmurei baixo e apenas fui recebido com um suspiro e uma revirada de olhos.
Maryse: Você está linda.
Max: Pareço um bezerro premiado indo a leilão.
Travis: Muuu.
Travis imitou o barulho de uma vaca para provocar a mais nova, o que me causou uma risada e deixou Max ainda mais irritada.
Maryse: Max, esse baile é apenas um vislumbre do que te espera. Até debutar oficialmente no ano que vem não precisa ficar tão nervosa.
Max: Verdade.
Max apenas soltou um suspiro baixo e frustrado e rapidamente voltou seu olhar para um jovem que se aproximava. Minha irmã nem ao menos piscava e o sorriso no rosto de minha mãe só serviu para aumentar seu nervosismo.
Travis e eu lançamos um olhar mortal e ameaçador para o garoto que estava até mais nervoso do que a Max e até parecia ser mais novo do que ela. Meu irmão estendeu o braço para nossa irmã e se inclinou ligeiramente para livra-la desta situação.
Travis: Vem, irmã. O bolo nesses bailes é sempre gostoso.
Travis e Max saíram andando em direção a mesa de comidas e me vi sozinho ao lado de minha mãe enquanto observava a multidão repleta de garotas.
Alec: As opções são limitadíssimas.
Maryse: Bom, alguém aqui com certeza deve agrada-lo. Afinal essa é a temporada na qual o príncipe pretende arrumar uma esposa.
Minha mãe anunciou sua última frase aos quatro cantos do mundo, o que fez todos na festa olharem para nós, enquanto eu apenas olhava para a mulher com os olhos arregalados em sinal de descrença.
Alec: Você fez mesmo isso?
Maryse: Eu acho que sim.
Minha mãe murmurou e logo sorriu educadamente para as jovens que se aproximavam como leões indo atrás de um pedaço de carne.
Alec: Boa noite.
Levei um bom tempo até conseguir me livrar de todas aquelas garotas e, quando finalmente consegui isso, suspirei aliviado.
Encontrei refúgio na mesa de bebidas onde podia observar a distância meus irmãos e me assegurar de que estavam todos bem.
Senti alguém se aproximando e quando os passos ficaram mais altos, me virei e sorri ao ver Lydia.
Lydia: Aqui está você. Foi difícil vê-lo no meio de tantas garotas sedentas por uma pedaço seu. - Soltei uma risada nasalada com seu comentário.
Alec: Minha mãe consegue tornar as coisas bem difíceis quando quer.
Lydia: Então quer dizer que cedeu aos seus pais e pretende se casar?
Alec: É o melhor a fazer. Apesar do Jeremy estar casado agora, ainda é meu dever como primogênito assumir as rédeas. Nossa posição ainda não está das melhores. Por isso, eu preciso escolher minha noiva com cuidado. Afinal de contas quando eu assumir o lugar do meu pai ela será rainha.
Lydia: Uma tarefa e tanto. Eu espero que obtenha sorte.
Olhei rapidamente para a loura ao meu lado que mantinha os olhos fixos nos casais que dançavam.
Lydia conseguiu a façanha de se casar por amor verdadeiro. Ao contrário de algumas pessoas, eu tinha plena consciência de que ele existia, só não o queria na minha vida. Me pergunto agora se a garota ao meu lado ainda sente falta da vida que teve.
Alec: Lydia? Posso perguntar uma coisa? - Ela concordou com a cabeça. - Você alguma vez já pensou em se casar de novo?
Lydia: Seria mentira se eu dissesse que não quero ter filhos. Então, eu diria que sim. Mas se fizesse isso, seria com alguém que eu pudesse escolher e que me deixasse em segurança.
Alec: E quantos filhos pretende ter?
Lydia: A quantidade não importa. Ficarei feliz com os que vierem.
Alec: Muito sábio.
Lydia: Com licença.
Observei Lydia olhar na direção em que a Sra. Kobinky estava e ir até lá. Mantive o olhar fixo na garota e só o desviei quando minha mãe se aproximou.
Maryse: Ela é uma boa garota.
Alec: Tem razão. É com ela que eu vou me casar. - Senti o olhar de minha mãe recair sobre mim instantaneamente.
Eu tinha tomado minha decisão e eu estava certo dela.
8
| 𝗢 𝗿𝗲𝘁𝗼𝗿𝗻𝗼 |

— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟰 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐚𝐦 |
Já fazia uma semana que Jeremy havia se casado e estava em lua de mel, enquanto o resto de nós desfrutava do raro dia quente no outono.
Daríamos um baile beneficente em nossa residência de campo no sábado. Seria também uma festa de boas-vindas ao Jeremy e a Alison que regressam hoje.
Em uma tentativa de se reaproximar dos velhos amigos, meus pais convidaram os Peterson, Coulthy, Carson, Ackles e as Hofferson para passarem o fim de semana conosco.
Após o café, meus irmãos e eu nos reunimos na sala de estar, assim como minha mãe e madrasta. As duas estavam entretidas conversando sobre algo relacionado ao debut das gêmeas na sociedade que só iria acontecer em alguns meses.
Enquanto meus irmãos estavam distraídos em meio a uma conversa sobre o jogo de Pall Mall que nos aguardava.
Fred: Eu só peço que não chorem quando eu vencer.
Harry: Só nos seus sonhos, Fred.
Luna: Vê se não se mete. Eu vou ganhar essa briga.
As risadas e sorrisos provocativos eram nosso entretenimento. Observei duas silhuetas se aproximarem da porta de entrada e logo se revelaram sendo Jeremy e Alison.
Maryse: Jeremy.
Jeremy: Olá, família! - O casal detinha um sorriso imenso no rosto e Jeremy voltou sua atenção aos sofás e poltronas perto da lareira que era onde eu e meus irmãos nos encontrávamos. - Deixem de lado as formalidades famíliar e venham me abraçar.
As meninas foram as primeiras a se levantarem e ir ao encontro do louro. Em seguida Greg e Harry fizeram o mesmo. Os dois abriram espaço e senti um imenso sorriso formar-se em meu rosto enquanto me aproximava para abraça-lo.
Nunca ficamos afastados por tanto tempo, por isso sentir o conforto de seu abraço fraterno foi algo emocionante.
Após os abraços, nos sentamos novamente nos sofás.
Harry: Então como foi a viagem?
Jeremy: Incrível. A Grécia é espetacular nessa época do ano.
Travis: Eu ainda não acredito que visitaram três países diferentes em sete dias. - Jeremy e Alison soltaram um risada.
Alec: Já passaram na casa Bass?
Alison: Ainda não. Minha disse que tudo bem se viéssemos direto pra cá, já que eles vão vir amanhã para o baile.
Bella: Eu pensei que só iam chegar depois do almoço.
Jeremy: E você acha mesmo que eu ia deixar algum de vocês ganhar no Pall Mall? De jeito nenhum, irmãnzinha. Mas e você, irmão? Aproveitando o breve suspiro das jovens solteiras sedentas por casamento?
Alec: Pelo contrário. Eu convidei alguém para se juntar a nós. - Os recém casados não puderam evitar de trocar olhares atônitos e espantados.
Alison: Alec convidou uma garota para se juntar à nós em Aubrey Hall?
Melissa: Sim. E ela tem se mostrado adorável.
Jeremy: Meu Deus. Estou ansioso para conhecer a mulher que conquistou o seu coração. - Jeremy lança um sorriso provocativo para Alec.
Alison: Conte. Como ela é?
Alec: A Lydia é um exemplo de graça, beleza e charme. Possui opiniões convictas e será sem sombra de dúvidas uma excelente líder. Infelizmente ela tem uma prima insuportável que decidiu se pôr contra a nossa união. - Jeremy voltou seu olhar para meus irmãos e eu que apenas seguravamos o riso. - Eu receio que vocês terão que me ajudar a conquistar as duas pra que eu possa me casar.
Jeremy: E agora você ainda pede ajuda? - O louro soltou uma risada nasalada. - Olha, você deve estar mesmo apaixonado.
Travis: Todas as irmãs são sempre um obstáculo.
Alec olhou com os olhos semicerrados para Travis que segurava um riso provocativo após seu comentário sarcástico direcionado justamente ao mais velho.
Bella: Não se preocupe, Alec. Como você sempre nos ajudou tanto com relacionamentos amorosos nada mais justo do que retribuirmos o favor.
Alec: É uma promessa ou uma ameaça?
Bella detinha um sorriso perverso nos lábios e arqueou ligeiramente a sobrancelha.
— 𝗥𝗼𝘀𝘁𝗼𝘃, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟰 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐚𝐦 |
Já fazia uma semana que Jeremy havia se casado e estava em lua de mel, enquanto o resto de nós desfrutava do raro dia quente no outono.
Daríamos um baile beneficente em nossa residência de campo no sábado. Seria também uma festa de boas-vindas ao Jeremy e a Alison que regressam hoje.
Em uma tentativa de se reaproximar dos velhos amigos, meus pais convidaram os Peterson, Coulthy, Carson, Ackles e as Hofferson para passarem o fim de semana conosco.
Após o café, meus irmãos e eu nos reunimos na sala de estar, assim como minha mãe e madrasta. As duas estavam entretidas conversando sobre algo relacionado ao debut das gêmeas na sociedade que só iria acontecer em alguns meses.
Enquanto meus irmãos estavam distraídos em meio a uma conversa sobre o jogo de Pall Mall que nos aguardava.
Fred: Eu só peço que não chorem quando eu vencer.
Harry: Só nos seus sonhos, Fred.
Luna: Vê se não se mete. Eu vou ganhar essa briga.
As risadas e sorrisos provocativos eram nosso entretenimento. Observei duas silhuetas se aproximarem da porta de entrada e logo se revelaram sendo Jeremy e Alison.
Maryse: Jeremy.
Jeremy: Olá, família! - O casal detinha um sorriso imenso no rosto e Jeremy voltou sua atenção aos sofás e poltronas perto da lareira que era onde eu e meus irmãos nos encontrávamos. - Deixem de lado as formalidades famíliar e venham me abraçar.
As meninas foram as primeiras a se levantarem e ir ao encontro do louro. Em seguida Greg e Harry fizeram o mesmo. Os dois abriram espaço e senti um imenso sorriso formar-se em meu rosto enquanto me aproximava para abraça-lo.
Nunca ficamos afastados por tanto tempo, por isso sentir o conforto de seu abraço fraterno foi algo emocionante.
Após os abraços, nos sentamos novamente nos sofás.
Harry: Então como foi a viagem?
Jeremy: Incrível. A Grécia é espetacular nessa época do ano.
Travis: Eu ainda não acredito que visitaram três países diferentes em sete dias. - Jeremy e Alison soltaram um risada.
Alec: Já passaram na casa Bass?
Alison: Ainda não. Minha disse que tudo bem se viéssemos direto pra cá, já que eles vão vir amanhã para o baile.
Bella: Eu pensei que só iam chegar depois do almoço.
Jeremy: E você acha mesmo que eu ia deixar algum de vocês ganhar no Pall Mall? De jeito nenhum, irmãnzinha. Mas e você, irmão? Aproveitando o breve suspiro das jovens solteiras sedentas por casamento?
Alec: Pelo contrário. Eu convidei alguém para se juntar a nós. - Os recém casados não puderam evitar de trocar olhares atônitos e espantados.
Alison: Alec convidou uma garota para se juntar à nós em Aubrey Hall?
Melissa: Sim. E ela tem se mostrado adorável.
Jeremy: Meu Deus. Estou ansioso para conhecer a mulher que conquistou o seu coração. - Jeremy lança um sorriso provocativo para Alec.
Alison: Conte. Como ela é?
Alec: A Lydia é um exemplo de graça, beleza e charme. Possui opiniões convictas e será sem sombra de dúvidas uma excelente líder. Infelizmente ela tem uma prima insuportável que decidiu se pôr contra a nossa união. - Jeremy voltou seu olhar para meus irmãos e eu que apenas seguravamos o riso. - Eu receio que vocês terão que me ajudar a conquistar as duas pra que eu possa me casar.
Jeremy: E agora você ainda pede ajuda? - O louro soltou uma risada nasalada. - Olha, você deve estar mesmo apaixonado.
Travis: Todas as irmãs são sempre um obstáculo.
Alec olhou com os olhos semicerrados para Travis que segurava um riso provocativo após seu comentário sarcástico direcionado justamente ao mais velho.
Bella: Não se preocupe, Alec. Como você sempre nos ajudou tanto com relacionamentos amorosos nada mais justo do que retribuirmos o favor.
Alec: É uma promessa ou uma ameaça?
Bella detinha um sorriso perverso nos lábios e arqueou ligeiramente a sobrancelha.
9
| "𝗚𝘂𝗮𝗿𝗱𝗲 𝗯𝗲𝗺 𝗮𝘀 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗹𝗮𝘃𝗿𝗮𝘀..." |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟖:𝟑𝟎 𝐚𝐦 |
Ouvi vozes vindas da entrada da residência e notei que nossos convidados haviam chegado. Meu pai e Melissa conversavam de forma descontraída com os adultos, enquanto meus irmãos recebiam os outros jovens.
Observei Kate admirar o jardim e um pequeno sorriso no canto de sua boca. Esse era o momento perfeito para uma aproximação.
Alec: Ah. Está sorrindo. - Seu sorriso rapidamente se desmancha em uma carranca. - Vejo que o meu plano de conquista-lá está funcionando.
Kate: Eu estava sorrindo para a vista que você agora está tapando.
Escutei um latido de cachorro e ao olhar para os pés de Kate observei um pequeno corgi. (Foto acima)
Alec: Trouxeram um cachorro?
Kate: Sim. Newton sabe muito bem julgar o caráter das pessoas. - Curvei-me ligeiramente na direção do cachorro, mas antes que pudesse passar a mão no mesmo, fui recebido por um latido e um rosnando. - Viu? - Kate detinha um sorriso sarcástico nos cantos da boca.
Alec: Guarde bem as minhas palavras, Srta. Hofferson. Até o fim de semana a sua opinião a meu respeito irá mudar completamente. E a dele também. - Encarei o cachorro que continuava a rosnar para mim.
Kate: Não achei que fosse do tipo otimista. Agora que seus esquemas de manipulação foram expostos, imagino que vá mudar sua postura de fato.
Lydia: Vejo que estão se entendendo bem.
A Hofferson e eu nos entreolhamos inevitavelmente quase que forma instantaneamente. Nossa antipática era mútua, porém, nosso interesse na Branwell também era. Eu pretendia me casar com Lydia quando a oportunidade surgisse, e Kate via a prima mais como uma irmã já que as duas foram criadas juntas.
Kate: Eu não diria isso.
Alec: Eu diria que estamos tentando caminhar para isso.
Meus olhos encontram os da Hofferson mais uma vez e para a minha surpresa eles não continham sarcasmo ou uma pequena irritação que ambos causavamos um no outro. Eles estavam neutros e pareciam não querer magoar a prima. Pelo tom cuidadoso deles, Lydia provavelmente pediu à prima que fosse mais gentil. Eu mesmo recebia esse mesmo discurso vindo de meus irmãos diversas vezes.
Melissa: Vamos todos tomar café?
Esperei os convidados mais velhos adentrarem na residência antes de me juntar à eles.
Meu estômago estava roncando e mesmo assim só conseguia pensar no jogo que me aguardava em alguns minutos.
| 𝟎𝟖:𝟑𝟎 𝐚𝐦 |
Ouvi vozes vindas da entrada da residência e notei que nossos convidados haviam chegado. Meu pai e Melissa conversavam de forma descontraída com os adultos, enquanto meus irmãos recebiam os outros jovens.
Observei Kate admirar o jardim e um pequeno sorriso no canto de sua boca. Esse era o momento perfeito para uma aproximação.
Alec: Ah. Está sorrindo. - Seu sorriso rapidamente se desmancha em uma carranca. - Vejo que o meu plano de conquista-lá está funcionando.
Kate: Eu estava sorrindo para a vista que você agora está tapando.
Escutei um latido de cachorro e ao olhar para os pés de Kate observei um pequeno corgi. (Foto acima)
Alec: Trouxeram um cachorro?
Kate: Sim. Newton sabe muito bem julgar o caráter das pessoas. - Curvei-me ligeiramente na direção do cachorro, mas antes que pudesse passar a mão no mesmo, fui recebido por um latido e um rosnando. - Viu? - Kate detinha um sorriso sarcástico nos cantos da boca.
Alec: Guarde bem as minhas palavras, Srta. Hofferson. Até o fim de semana a sua opinião a meu respeito irá mudar completamente. E a dele também. - Encarei o cachorro que continuava a rosnar para mim.
Kate: Não achei que fosse do tipo otimista. Agora que seus esquemas de manipulação foram expostos, imagino que vá mudar sua postura de fato.
Lydia: Vejo que estão se entendendo bem.
A Hofferson e eu nos entreolhamos inevitavelmente quase que forma instantaneamente. Nossa antipática era mútua, porém, nosso interesse na Branwell também era. Eu pretendia me casar com Lydia quando a oportunidade surgisse, e Kate via a prima mais como uma irmã já que as duas foram criadas juntas.
Kate: Eu não diria isso.
Alec: Eu diria que estamos tentando caminhar para isso.
Meus olhos encontram os da Hofferson mais uma vez e para a minha surpresa eles não continham sarcasmo ou uma pequena irritação que ambos causavamos um no outro. Eles estavam neutros e pareciam não querer magoar a prima. Pelo tom cuidadoso deles, Lydia provavelmente pediu à prima que fosse mais gentil. Eu mesmo recebia esse mesmo discurso vindo de meus irmãos diversas vezes.
Melissa: Vamos todos tomar café?
Esperei os convidados mais velhos adentrarem na residência antes de me juntar à eles.
Meu estômago estava roncando e mesmo assim só conseguia pensar no jogo que me aguardava em alguns minutos.
10
| 𝗣𝗮𝗹𝗹 𝗺𝗮𝗹𝗹 |

— 𝐋𝐔𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟏:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
Depois do almoço, meus irmãos e eu nos reunimos para uma partida de Pall Mall. Algumas famílias não levavam disputas à sério, mas com certeza isso não se enquadrava nos Leblanc.
Altamente competitivos e ardilosos no quesito disputas, dentro do campo de Pall Mall, nós que somos tão unidos somos capazes de nos mostrar competidores enfurecidos e até mesmo trapaceiros. Qualquer coisa que pudesse garantir a vitória e atrapalhar os outros irmãos estava valendo.
Os arcos já estavam sendo posicionados ao redor de todo o campo e como eu não sou idiota, deixei alguns em posições mais dificultosas.
Kate e Lydia seriam as únicas de nossos convidados a jogar, enquanto os outros iriam apenas assistir a partida junto aos adultos.
As duas já se encontravam ao meu lado enquanto eu genialmente colocava o arco de número nove a uma distância mínima de uma das estátuas que fazem parte do jardim.
Luna: Isso vai dar uma lição no Harry. Ano passado ele colocou um dos arcos atrás do galpão.
Kate: E quais são exatamente as regras do jogo? - Kate dirigiu sua pergunta à mim enquanto nós três caminhávamos em direção as árvores que formavam um lindo arco verde acima de nossas cabeças.
Luna: As regras são o de menos no Pall Mall, foquem no objetivo, que é passar a bola pelos arcos. Quem passar a bola primeiro pelo último arco vence. Simples assim. No entanto, se quiserem tornar interessante, podem usar a vez de vocês para acertar a bola do seu oponente bem longe do próximo arco.
Lydia: E por que desperdiçar a vez pra isso se esse não é o objetivo?
Kate: Para irritar o seu adversário? Imagino.
Luna: Exatamente. O jogador ruim jogo o jogo, e o jogador bom joga contra o oponente.
Kate: Eu acho que vou gostar desse jogo. - Kate detinha um sorriso competitivo que eu reconhecia bem.
Luna: Bom, o Fred é um esportista altamente competitivo em qualquer esporte. Travis é um bom de tacada, mas evita conflitos. O Harry é ardiloso. Ele ataca quando pensar que menos estão esperando, então sempre fiquem atentas. - Olhamos fixamente à distância para meus irmãos que já se aproximavam da tenda em que meus pais e os nossos convidados estavam. - Layla costuma usar seu carisma pra enganar os adversários e assim atingi-los. Greg fica mais focado em me derrotar. O conhecendo bem, vai ficar mais focado em fazer isso e vai esquecer de vocês duas. Jeremy no geral já tá acostumado a perder, mas ama criar o caos nesse jogo. Robin não costuma entrar no fogo cruzado, apenas quando ele sabe que é a hora. A Bella fica mais focada em derrotar os irmãos mais velhos. E, tem a Max. Altamente esperta como o Harry e altamente competitiva e focada em provar o seu valor assim como a Bella. Eu obviamente sou um mistério, e não vou revelar meus segredos. - Escutei a voz de meu irmão mais velho chamar por minha irmã mais nova.
Alec: Maxine.
Luna: Bom, e aí tem o Alec.
Kate: Ah, vamos adivinhar. O jogador mais impiedoso e competitivo. - Lydia olhou de maneira repreensiva para a prima enquanto eu apenas ri de seu comentário sarcástico.
Luna: Bom, parece que o conhece muito bem. - Voltei minha atenção para a loura que por algum motivo enxergava um lado inexistente de meu irmão. - Não estou dizendo que ele não tem honra. Ele costuma ser um esportista gentil, exceto no campo da família Leblanc.
Lydia: Tenho certeza de que o Alec é um ótimo jogador. Será uma tarde muito agradável.
Os irmãos reuniram-se ao redor dos tacos e se prepararam para as escolhas. Este era apenas o primeiro embate verbal entre os irmãos.
Harry: Vamos decidir na moeda.
Bella: Ano passado prometeram que as mais novas escolheriam.
Alec: A escolha é feita em ordem alfabética do segundo nome. Naturalmente.
Lydia: Não era pra ser um jogo amigável? - Lydia sussura para Kate.
Kate: Só sei que já estou me divertindo muito.
Kate olhava entretida para os irmãos que discutiam avidamente por simples tacos de madeira.
Luna: Por favor, atenção! O mais sábio é deixar que as nossas convidadas escolham primeiro.
Alec: Tem razão. Lydia, por favor, escolha. - A loura aproxima-se do suporte onde estavam posicionados para cima 14 tacos. Após uma breve análise, decidiu pegar o taco amarelo. - Excelente escolha.
A mais velha da família Hofferson aproxima-se e rapidamente pega o taco preto, o que arranca olhares e expressões de surpresa em dez dos irmãos enquanto olhavam para o mais velho que agora mordia o lábio inferior.
Max: O taco da morte.
Travis: Quem diria, irmão.
Kate: Esse é o seu?
Alec: Não. - Alec disse por entre os dentes enquanto tentava manter a compostura. - Pode ficar com ele. - Alec roia as unhas enquanto todos olhávamos atônitos para ele.
Robin: Ameaçou me bater da última vez que encostei nesse taco...
Alec: Não exagera. - O mais velho lançou um olhar repreensivo e fulminante para o mais novo.
Kate: É do tipo supersticioso? Sei que alguns homens tem dificuldade em abandonar certos objetos aos quais tem afinidade, como uma criança com o cobertor.
Alec mordeu a língua enquanto os irmãos seguravam o riso e olhavam para Kate como se ela fosse a heroína deles.
Alec: Eu posso jogar com qualquer taco. Eu lhe desejo boa sorte.
Max: Vamos ficar de conversa o dia inteiro ou vamos jogar?
Max olhou rapidamente para os tacos e com a mesma velocidade pegou um dos tacos, assim como eu e meus irmãos também nos aglomeramos e mais parecíamos um bando de animais brigando por um pedaço de carne de pessoas civilizadas.
Alec ficou para trás e por isso teve de ficar com o taco cor de rosa claro. Sua expressão de raiva foi impagável.
Nos reunimos então ao redor do primeiro arco para começar o jogo.
| 𝟎𝟏:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
Depois do almoço, meus irmãos e eu nos reunimos para uma partida de Pall Mall. Algumas famílias não levavam disputas à sério, mas com certeza isso não se enquadrava nos Leblanc.
Altamente competitivos e ardilosos no quesito disputas, dentro do campo de Pall Mall, nós que somos tão unidos somos capazes de nos mostrar competidores enfurecidos e até mesmo trapaceiros. Qualquer coisa que pudesse garantir a vitória e atrapalhar os outros irmãos estava valendo.
Os arcos já estavam sendo posicionados ao redor de todo o campo e como eu não sou idiota, deixei alguns em posições mais dificultosas.
Kate e Lydia seriam as únicas de nossos convidados a jogar, enquanto os outros iriam apenas assistir a partida junto aos adultos.
As duas já se encontravam ao meu lado enquanto eu genialmente colocava o arco de número nove a uma distância mínima de uma das estátuas que fazem parte do jardim.
Luna: Isso vai dar uma lição no Harry. Ano passado ele colocou um dos arcos atrás do galpão.
Kate: E quais são exatamente as regras do jogo? - Kate dirigiu sua pergunta à mim enquanto nós três caminhávamos em direção as árvores que formavam um lindo arco verde acima de nossas cabeças.
Luna: As regras são o de menos no Pall Mall, foquem no objetivo, que é passar a bola pelos arcos. Quem passar a bola primeiro pelo último arco vence. Simples assim. No entanto, se quiserem tornar interessante, podem usar a vez de vocês para acertar a bola do seu oponente bem longe do próximo arco.
Lydia: E por que desperdiçar a vez pra isso se esse não é o objetivo?
Kate: Para irritar o seu adversário? Imagino.
Luna: Exatamente. O jogador ruim jogo o jogo, e o jogador bom joga contra o oponente.
Kate: Eu acho que vou gostar desse jogo. - Kate detinha um sorriso competitivo que eu reconhecia bem.
Luna: Bom, o Fred é um esportista altamente competitivo em qualquer esporte. Travis é um bom de tacada, mas evita conflitos. O Harry é ardiloso. Ele ataca quando pensar que menos estão esperando, então sempre fiquem atentas. - Olhamos fixamente à distância para meus irmãos que já se aproximavam da tenda em que meus pais e os nossos convidados estavam. - Layla costuma usar seu carisma pra enganar os adversários e assim atingi-los. Greg fica mais focado em me derrotar. O conhecendo bem, vai ficar mais focado em fazer isso e vai esquecer de vocês duas. Jeremy no geral já tá acostumado a perder, mas ama criar o caos nesse jogo. Robin não costuma entrar no fogo cruzado, apenas quando ele sabe que é a hora. A Bella fica mais focada em derrotar os irmãos mais velhos. E, tem a Max. Altamente esperta como o Harry e altamente competitiva e focada em provar o seu valor assim como a Bella. Eu obviamente sou um mistério, e não vou revelar meus segredos. - Escutei a voz de meu irmão mais velho chamar por minha irmã mais nova.
Alec: Maxine.
Luna: Bom, e aí tem o Alec.
Kate: Ah, vamos adivinhar. O jogador mais impiedoso e competitivo. - Lydia olhou de maneira repreensiva para a prima enquanto eu apenas ri de seu comentário sarcástico.
Luna: Bom, parece que o conhece muito bem. - Voltei minha atenção para a loura que por algum motivo enxergava um lado inexistente de meu irmão. - Não estou dizendo que ele não tem honra. Ele costuma ser um esportista gentil, exceto no campo da família Leblanc.
Lydia: Tenho certeza de que o Alec é um ótimo jogador. Será uma tarde muito agradável.
Os irmãos reuniram-se ao redor dos tacos e se prepararam para as escolhas. Este era apenas o primeiro embate verbal entre os irmãos.
Harry: Vamos decidir na moeda.
Bella: Ano passado prometeram que as mais novas escolheriam.
Alec: A escolha é feita em ordem alfabética do segundo nome. Naturalmente.
Lydia: Não era pra ser um jogo amigável? - Lydia sussura para Kate.
Kate: Só sei que já estou me divertindo muito.
Kate olhava entretida para os irmãos que discutiam avidamente por simples tacos de madeira.
Luna: Por favor, atenção! O mais sábio é deixar que as nossas convidadas escolham primeiro.
Alec: Tem razão. Lydia, por favor, escolha. - A loura aproxima-se do suporte onde estavam posicionados para cima 14 tacos. Após uma breve análise, decidiu pegar o taco amarelo. - Excelente escolha.
A mais velha da família Hofferson aproxima-se e rapidamente pega o taco preto, o que arranca olhares e expressões de surpresa em dez dos irmãos enquanto olhavam para o mais velho que agora mordia o lábio inferior.
Max: O taco da morte.
Travis: Quem diria, irmão.
Kate: Esse é o seu?
Alec: Não. - Alec disse por entre os dentes enquanto tentava manter a compostura. - Pode ficar com ele. - Alec roia as unhas enquanto todos olhávamos atônitos para ele.
Robin: Ameaçou me bater da última vez que encostei nesse taco...
Alec: Não exagera. - O mais velho lançou um olhar repreensivo e fulminante para o mais novo.
Kate: É do tipo supersticioso? Sei que alguns homens tem dificuldade em abandonar certos objetos aos quais tem afinidade, como uma criança com o cobertor.
Alec mordeu a língua enquanto os irmãos seguravam o riso e olhavam para Kate como se ela fosse a heroína deles.
Alec: Eu posso jogar com qualquer taco. Eu lhe desejo boa sorte.
Max: Vamos ficar de conversa o dia inteiro ou vamos jogar?
Max olhou rapidamente para os tacos e com a mesma velocidade pegou um dos tacos, assim como eu e meus irmãos também nos aglomeramos e mais parecíamos um bando de animais brigando por um pedaço de carne de pessoas civilizadas.
Alec ficou para trás e por isso teve de ficar com o taco cor de rosa claro. Sua expressão de raiva foi impagável.
Nos reunimos então ao redor do primeiro arco para começar o jogo.
11
| 𝗢 𝗷𝗼𝗴𝗼 𝗱𝗲 𝗣𝗮𝗹𝗹 𝗺𝗮𝗹𝗹 |

O jogo foi iniciado e Kate foi a primeira a tacar. Sua bola percorreu a distância até o primeiro arco e passou. Lydia foi a próxima e ao contrário da prima sua tacada não foi das melhores.
Seguindo para os irmãos, que agora gritavam e esboçava expressões de surpresa e euforia, Luna acertou com sua bola passando raspando. Seguida de Layla, Bella, Greg, Jeremy, Robin, Fred, Travis e Harry.
Alec foi o último dos irmãos a dar a tacada e para a surpresa de alguns e o divertimento daqueles que dividem seu sangue, ele errou.
Fred: Está fora de forma meu irmão? - Alec lançou um olhar fulminante para o gêmeo que apenas ria.
Kate: Permita-me.
Kate segurou em seu taco e após mirar, lançou sua bola que passou pelo arco com precisão, o que arrancou aplausos e é claro, o respeito dos irmãos que sabiam reconhecer um bom jogador.
Layla: Mas que tacada!
Greg: Sua vez, maninha.
A caçula seguiu até o próximo arco com um sorriso maroto nos lábios.
Travis: Maxine, sem trapaça.
Tacadas já haviam sido acertadas outras erradas até chegarem no arco de número quatro. Alec já estava a um tempo considerável analisando a distância do arco e mirando seu taco para acertar a bola, o que começou a deixar seus irmãos impacientes.
Bella: Será que você pode só tacar de uma vez?
Após mirar mais um pouco, Alec arremessou a bola que bateu bem no canto de uma das palastras e desviou do caminho.
Robin: Ha! Parece que deu azar.
Alec afastou-se da posição onde estava e passou a prestar atenção em Kate, bem como todos alí presentes. A Hofferson conseguiu acertar mais uma bola o que começou a deixar Alec irritado.
Luna: As semanas do dia estão afetando o seu jogo, irmão? - Luna passou a provocar o irmão mais velho que se encontrava ao seu lado.
Alec: De forma alguma. - O moreno se afastou da irmã e se aproximou de Lydia que era a próxima da fila. - Lydia, agora é a sua vez. Não quis deixar a minha bola no caminho então deixei um espaço para que jogasse a sua.
Lydia: Muito gentil da sua parte, Alec.
Lydia arremessou a bola que bateu bem no canto do arco. Mesmo assim, Alec e Kate lançaram sorrisos acolhedores e de incentivo para a Branwell.
Harry: Sua vez, Travis. - Travis arremessou a bola e também errou. - Está com a cabeça em outro lugar. Ou jamais teria me dado uma bola tão fácil assim.
Harry curvou-se ligeiramente e após mirar no arco, arremessou sua boca que rolou pela grama passando pelo arco de número cinco.
Travis: Admito que estou com os pensamentos longe daqui. - Harry acenou com a cabeça e Travis aproximou-se para que os dois conversassem à sós. - Eu me inscrevi para estudar arte na Academia de Artes.
Harry: É mesmo? Meus parabéns.
Travis: Não comemore ainda. Eu estou esperando ser aceito. Outros são selecionados para estudar lá pelo jeito.
Harry: Ainda sim a ideia é interessante.
Travis: Bom, não é nenhuma colônia de férias como o que o Jeremy fez, mas sim, eu espero me destacar com isso também.
Os dois irmãos se juntaram novamente ao restante do grupo que aguardava a tacada da caçula da família.
Logan: Se concentra, Max. - A garota mantinha os olhos fixos no arco de número seis que estava a distância bem grande. - Isso mesmo. Força. A jovem apenas arremessou a bola que rolou com força e passou direto pelo arco. Isso!
Os outros aplaudiram a belíssima tacada e sorriam para a irmã orgulhosos.
Jeremy: Muito bem.
Travis: Eu estou até orgulhoso.
As cinco mulheres adultas que assistiam o jogo também aplaudiram a tacada da caçula e passaram a observar entretidas a tacada esplêndida da mais velha das Hofferson. Os outros homens, com exceção de Logan, estavam dando uma volta pela propriedade enquanto a mostravam para o restante dos jovens.
Maryse: Eu tenho que parabenizá-la por suas filhas, Lily. Elas foram muito bem criadas.
Lily: Elas são uma benção na minha vida.
Maryse: Eu sei como é. Talvez sejam um desafio também. Durante a adolescência pelo menos.
Lily: Sim. Algumas delas podem ser bem complicadas.
Maryse: Já tinha um tempo que não vinha ao campo, não é?
Lily: Desde que me casei com o falecido marido. Parece que faz uma eternidade. - Lily passou a ter um brilho melancólico nos olhos, assim como Maryse que passou a lembrar do filho desaparecido a mais de dez anos.
Maryse: Eu entendo muito bem. Aubrey Hall é um lugar de muitas memórias pra mim também.
Os homens aparecem junto ao restante do grupo para apreciar o jogo também. Courtney e Ruby aproximam-se da mãe com sorrisos enormes em seus rostos e um brilho magnífico nos olhos de cada uma.
Ruby: Mamãe, esse lugar é incrível.
Courtney: Ela tem razão. Você precisa ir ver o lago.
Lily apenas sorri entretida com a emoção das filhas e logo todos voltam a atenção para Logan que se junta à eles na tenda.
Logan: Bem, eles começaram de vagar. Mas eu ainda estou esperando um banho de sangue.
Maryse: Logan tá exagerando. Meus filhos são competitivos mas nemhum deles perdeu um membro pelo menos.
Robert: Isso se você não contar a vez em que o Harry perdeu os dentes jogando com o Fred.
Maryse: Aquilo foi um acidente. Pelo menos eu acho que foi.
Tom: O casamento parece ter feito muito bem ao Jeremy.
O Ackles comenta enquanto olha para o garoto que comemorava sua tacada e desde que chegou de sua lua de mel detinha um brilho especial no rosto. Ele é a esposa trocam sorrisos amarelos e rapidamente trocam um selinho enquanto caminham para o próximo arco.
Robert: Eu acho que tem razão. Bom, em alguns meses ele vai descobrir que nem tudo são flores.
Seguindo para os irmãos, que agora gritavam e esboçava expressões de surpresa e euforia, Luna acertou com sua bola passando raspando. Seguida de Layla, Bella, Greg, Jeremy, Robin, Fred, Travis e Harry.
Alec foi o último dos irmãos a dar a tacada e para a surpresa de alguns e o divertimento daqueles que dividem seu sangue, ele errou.
Fred: Está fora de forma meu irmão? - Alec lançou um olhar fulminante para o gêmeo que apenas ria.
Kate: Permita-me.
Kate segurou em seu taco e após mirar, lançou sua bola que passou pelo arco com precisão, o que arrancou aplausos e é claro, o respeito dos irmãos que sabiam reconhecer um bom jogador.
Layla: Mas que tacada!
Greg: Sua vez, maninha.
A caçula seguiu até o próximo arco com um sorriso maroto nos lábios.
Travis: Maxine, sem trapaça.
Tacadas já haviam sido acertadas outras erradas até chegarem no arco de número quatro. Alec já estava a um tempo considerável analisando a distância do arco e mirando seu taco para acertar a bola, o que começou a deixar seus irmãos impacientes.
Bella: Será que você pode só tacar de uma vez?
Após mirar mais um pouco, Alec arremessou a bola que bateu bem no canto de uma das palastras e desviou do caminho.
Robin: Ha! Parece que deu azar.
Alec afastou-se da posição onde estava e passou a prestar atenção em Kate, bem como todos alí presentes. A Hofferson conseguiu acertar mais uma bola o que começou a deixar Alec irritado.
Luna: As semanas do dia estão afetando o seu jogo, irmão? - Luna passou a provocar o irmão mais velho que se encontrava ao seu lado.
Alec: De forma alguma. - O moreno se afastou da irmã e se aproximou de Lydia que era a próxima da fila. - Lydia, agora é a sua vez. Não quis deixar a minha bola no caminho então deixei um espaço para que jogasse a sua.
Lydia: Muito gentil da sua parte, Alec.
Lydia arremessou a bola que bateu bem no canto do arco. Mesmo assim, Alec e Kate lançaram sorrisos acolhedores e de incentivo para a Branwell.
Harry: Sua vez, Travis. - Travis arremessou a bola e também errou. - Está com a cabeça em outro lugar. Ou jamais teria me dado uma bola tão fácil assim.
Harry curvou-se ligeiramente e após mirar no arco, arremessou sua boca que rolou pela grama passando pelo arco de número cinco.
Travis: Admito que estou com os pensamentos longe daqui. - Harry acenou com a cabeça e Travis aproximou-se para que os dois conversassem à sós. - Eu me inscrevi para estudar arte na Academia de Artes.
Harry: É mesmo? Meus parabéns.
Travis: Não comemore ainda. Eu estou esperando ser aceito. Outros são selecionados para estudar lá pelo jeito.
Harry: Ainda sim a ideia é interessante.
Travis: Bom, não é nenhuma colônia de férias como o que o Jeremy fez, mas sim, eu espero me destacar com isso também.
Os dois irmãos se juntaram novamente ao restante do grupo que aguardava a tacada da caçula da família.
Logan: Se concentra, Max. - A garota mantinha os olhos fixos no arco de número seis que estava a distância bem grande. - Isso mesmo. Força. A jovem apenas arremessou a bola que rolou com força e passou direto pelo arco. Isso!
Os outros aplaudiram a belíssima tacada e sorriam para a irmã orgulhosos.
Jeremy: Muito bem.
Travis: Eu estou até orgulhoso.
As cinco mulheres adultas que assistiam o jogo também aplaudiram a tacada da caçula e passaram a observar entretidas a tacada esplêndida da mais velha das Hofferson. Os outros homens, com exceção de Logan, estavam dando uma volta pela propriedade enquanto a mostravam para o restante dos jovens.
Maryse: Eu tenho que parabenizá-la por suas filhas, Lily. Elas foram muito bem criadas.
Lily: Elas são uma benção na minha vida.
Maryse: Eu sei como é. Talvez sejam um desafio também. Durante a adolescência pelo menos.
Lily: Sim. Algumas delas podem ser bem complicadas.
Maryse: Já tinha um tempo que não vinha ao campo, não é?
Lily: Desde que me casei com o falecido marido. Parece que faz uma eternidade. - Lily passou a ter um brilho melancólico nos olhos, assim como Maryse que passou a lembrar do filho desaparecido a mais de dez anos.
Maryse: Eu entendo muito bem. Aubrey Hall é um lugar de muitas memórias pra mim também.
Os homens aparecem junto ao restante do grupo para apreciar o jogo também. Courtney e Ruby aproximam-se da mãe com sorrisos enormes em seus rostos e um brilho magnífico nos olhos de cada uma.
Ruby: Mamãe, esse lugar é incrível.
Courtney: Ela tem razão. Você precisa ir ver o lago.
Lily apenas sorri entretida com a emoção das filhas e logo todos voltam a atenção para Logan que se junta à eles na tenda.
Logan: Bem, eles começaram de vagar. Mas eu ainda estou esperando um banho de sangue.
Maryse: Logan tá exagerando. Meus filhos são competitivos mas nemhum deles perdeu um membro pelo menos.
Robert: Isso se você não contar a vez em que o Harry perdeu os dentes jogando com o Fred.
Maryse: Aquilo foi um acidente. Pelo menos eu acho que foi.
Tom: O casamento parece ter feito muito bem ao Jeremy.
O Ackles comenta enquanto olha para o garoto que comemorava sua tacada e desde que chegou de sua lua de mel detinha um brilho especial no rosto. Ele é a esposa trocam sorrisos amarelos e rapidamente trocam um selinho enquanto caminham para o próximo arco.
Robert: Eu acho que tem razão. Bom, em alguns meses ele vai descobrir que nem tudo são flores.
12
| "𝗘𝗻𝘁ã𝗼 𝗻ã𝗼 𝘃𝗮𝗶 𝘀𝗲 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗿..." |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
O jogo seguiu seu rumo e enquanto meus irmãos acertavam praticamente todas as tacadas, Kate demonstrava um belo domínio do jogo para uma iniciante. Lydia por outro lado não tinha tanto jeito assim.
Bella: É!
Minha irmã saltava de alegria após acertar sua bola no arco de número dez. Max posiciona-se e é a próxima a tacar e também acerta.
Max: Isso!
Após aplaudir minha irmã, posicionei-me para dar a tacada. Curvei um pouco o corpo e segurei o taco com força entre as mãos. Mirei em meu alvo e então arremessei a bola de meu irmão para longe. Olhei para Travis que recontorcia o rosto em uma expressão indignada.
Alec: Bem feito, irmão!
As jogadas se seguiram e finalmente chegou em Harry que deu uma tacada esplêndida, apesar de nemhum de nós admitir em voz alta.
Fred: Muito bom, Harry.
Layla: Isso foi sorte!
Layla dispara contra Fred que havia passado a bola pelo arco por um triz.
Finalmente, restava apenas mais um arco. A essa altura já estávamos na parte lateral do jardim que dá acesso ao bosque. O arco em si está bem distante de nossas bolas, já que ele se encontrava bem na entrada do bosque.
Era a vez de Kate e sua bola estava bem próxima da minha.
Bella: Pode mandá-lo para longe.
Gregory: Isso não demonstraria muito espírito esportivo.
Kate: Soube que a falta de espírito esportivo é um pré requisito para esse jogo.
Luna: Aprende rápido, Kate. - Luna esboçou um sorriso quase orgulhoso e a Hofferson voltou sua atenção para mim.
Kate: O que me diz, Leblanc? Animado para perder?
Alec: Minha animação não vai mudar, independente da sua escolha.
Kate: É mesmo? Lidaria bem com a vergonha terrível da derrota?
Lydia: Seja gentil. - A loura que estava ao meu lado repreende a prima.
Alec: Tudo bem. - Disse à Lydia com um sorriso maroto nos lábios. - Pensando nas táticas dos meus irmãos, a sua prima sabe levar o jogo com muita graça. - Não pude evitar de sorrir de forma sarcástica para a morena.
Kate: Ah. - Ela arqueou as sobrancelhas e passou a ter um sorriso sarcástico nos lábios. - Então não vai se importar com isso.
A garota segurou firme em seu taco e com apenas uma tacada arremessou minha bola para o bosque, o que fez meus irmãos irritantes aplaudirem.
Luna: Muito bom!
Bella: Eu gosto dela.
Senti a raiva me consumir e o sangue ferver em minhas veias. Senti que Lydia me olhava e resolvi então forçar um sorriso.
Fred: Lydia. É a sua vez.
A loura aproxima-se de sua bola e a arremessa mas passa bem longe do arco e vai parar no meio da floresta.
Lydia: Pelo jeito eu perdi.
Robin: Ainda pode recuperar a sua bola e voltar pro jogo.
Lydia olhou para a prima que lhe lançou um sorriso de incentivo e depois olhou para a floresta.
Lydia: Eu acho que vou parar por aqui. Boa sorte a todos.
Ela então começou a caminhar para voltar até a casa. Olhei para Fred, Travis e Harry que sinalizaram com a cabeça para que eu a seguisse e assim o fiz.
Alec: Eu... - Lydia parou de andar e virou o corpo em minha direção. - Eu vou com você se quiser. - Um sorriso iluminou seu rosto.
Lydia: Não precisa. Não quero que estrague sua diversão por minha causa. Vou tomar um refresco com a minha tia.
Apenas concordei com a cabeça e observei a garota se distanciar. Voltei minha atenção ao jogo e percebi que tanto Fred quanto Travis haviam errado suas tacadas.
Jeremy: Harry. É a sua vez.
Observei meu irmão se posicionar de frente para sua bola e após curvar um pouco o corpo ele dá a tacada e joga contra bola de Kate no meio do bosque exatamente onde ela havia arremessado a minha família pouco tempo. Não pude conter um sorriso orgulhoso enquanto olhava para a expressão irritada da Hofferson.
Alec: Ahh. Bela tacada irmão.
Harry: Mas que pena. - Harry se virou com uma expressão sarcástica no rosto. - É melhor irem buscar as bolas. A não ser que queiram desistir agora mesmo? - Kate e eu nos entreolhamos inevitavelmente.
Kate: De jeito nenhum.
Alec: Depois de você.
Lancei-lhe um olhar condescendente e logo segui a garota que começou a andar em minha frente. Olhei de relance para trás e pude observar as expressões risonhas de meus irmãos.
O jogo seguiu seu rumo e enquanto meus irmãos acertavam praticamente todas as tacadas, Kate demonstrava um belo domínio do jogo para uma iniciante. Lydia por outro lado não tinha tanto jeito assim.
Bella: É!
Minha irmã saltava de alegria após acertar sua bola no arco de número dez. Max posiciona-se e é a próxima a tacar e também acerta.
Max: Isso!
Após aplaudir minha irmã, posicionei-me para dar a tacada. Curvei um pouco o corpo e segurei o taco com força entre as mãos. Mirei em meu alvo e então arremessei a bola de meu irmão para longe. Olhei para Travis que recontorcia o rosto em uma expressão indignada.
Alec: Bem feito, irmão!
As jogadas se seguiram e finalmente chegou em Harry que deu uma tacada esplêndida, apesar de nemhum de nós admitir em voz alta.
Fred: Muito bom, Harry.
Layla: Isso foi sorte!
Layla dispara contra Fred que havia passado a bola pelo arco por um triz.
Finalmente, restava apenas mais um arco. A essa altura já estávamos na parte lateral do jardim que dá acesso ao bosque. O arco em si está bem distante de nossas bolas, já que ele se encontrava bem na entrada do bosque.
Era a vez de Kate e sua bola estava bem próxima da minha.
Bella: Pode mandá-lo para longe.
Gregory: Isso não demonstraria muito espírito esportivo.
Kate: Soube que a falta de espírito esportivo é um pré requisito para esse jogo.
Luna: Aprende rápido, Kate. - Luna esboçou um sorriso quase orgulhoso e a Hofferson voltou sua atenção para mim.
Kate: O que me diz, Leblanc? Animado para perder?
Alec: Minha animação não vai mudar, independente da sua escolha.
Kate: É mesmo? Lidaria bem com a vergonha terrível da derrota?
Lydia: Seja gentil. - A loura que estava ao meu lado repreende a prima.
Alec: Tudo bem. - Disse à Lydia com um sorriso maroto nos lábios. - Pensando nas táticas dos meus irmãos, a sua prima sabe levar o jogo com muita graça. - Não pude evitar de sorrir de forma sarcástica para a morena.
Kate: Ah. - Ela arqueou as sobrancelhas e passou a ter um sorriso sarcástico nos lábios. - Então não vai se importar com isso.
A garota segurou firme em seu taco e com apenas uma tacada arremessou minha bola para o bosque, o que fez meus irmãos irritantes aplaudirem.
Luna: Muito bom!
Bella: Eu gosto dela.
Senti a raiva me consumir e o sangue ferver em minhas veias. Senti que Lydia me olhava e resolvi então forçar um sorriso.
Fred: Lydia. É a sua vez.
A loura aproxima-se de sua bola e a arremessa mas passa bem longe do arco e vai parar no meio da floresta.
Lydia: Pelo jeito eu perdi.
Robin: Ainda pode recuperar a sua bola e voltar pro jogo.
Lydia olhou para a prima que lhe lançou um sorriso de incentivo e depois olhou para a floresta.
Lydia: Eu acho que vou parar por aqui. Boa sorte a todos.
Ela então começou a caminhar para voltar até a casa. Olhei para Fred, Travis e Harry que sinalizaram com a cabeça para que eu a seguisse e assim o fiz.
Alec: Eu... - Lydia parou de andar e virou o corpo em minha direção. - Eu vou com você se quiser. - Um sorriso iluminou seu rosto.
Lydia: Não precisa. Não quero que estrague sua diversão por minha causa. Vou tomar um refresco com a minha tia.
Apenas concordei com a cabeça e observei a garota se distanciar. Voltei minha atenção ao jogo e percebi que tanto Fred quanto Travis haviam errado suas tacadas.
Jeremy: Harry. É a sua vez.
Observei meu irmão se posicionar de frente para sua bola e após curvar um pouco o corpo ele dá a tacada e joga contra bola de Kate no meio do bosque exatamente onde ela havia arremessado a minha família pouco tempo. Não pude conter um sorriso orgulhoso enquanto olhava para a expressão irritada da Hofferson.
Alec: Ahh. Bela tacada irmão.
Harry: Mas que pena. - Harry se virou com uma expressão sarcástica no rosto. - É melhor irem buscar as bolas. A não ser que queiram desistir agora mesmo? - Kate e eu nos entreolhamos inevitavelmente.
Kate: De jeito nenhum.
Alec: Depois de você.
Lancei-lhe um olhar condescendente e logo segui a garota que começou a andar em minha frente. Olhei de relance para trás e pude observar as expressões risonhas de meus irmãos.
13
| 𝗤𝘂𝗲𝗱𝗮 𝗻𝗮 𝗹𝗮𝗺𝗮 |

— 𝐊𝐀𝐓𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐇𝐎𝐅𝐅𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍 —
O Leblanc e eu adentramos no bosque e começamos a vasculhar por entre os galhos e as folhas pelas duas bolas.
Alec: Torça para a sua jogada não dar a vitória aos meus irmãos, ou vão nos zombar por isso até cansarem.
Kate: E você não zombaria, é claro. - O respondi de forma sarcástica.
Parei ao lado de uma árvore grande ao observar à distância as bolas e o homem logo parou ao meu lado. Estavam as duas atoladas na lama.
Alec: Ah! Mas que droga!
Kate: Podemos tirar com a mão. Ninguém ia saber.
Alec: Mas eu ia. - Ele passou a minha frente e eu senti um pequeno sorriso formar-se nos cantos da boca.
Kate: Então você tem honra afinal. Pelo menos, no esporte.
Alec: Isso e o fato de que eu desconfio que me denunciaria caso trapaceasse.
Kate: Assim como você faria o mesmo comigo.
Paramos de andar assim que estávamos de frente ao poço. Enquanto o garoto analisava a situação e procurava um outro meio de resgatar sua bola cor de rosa sem se afundar na lama, soltei um suspiro impaciente e levantei a barra de meu vestido longo.
Kate: Parece que não tem outro jeito mesmo.
Lancei-lhe um último olhar antes de começar a andar pela lama enquanto atolava meus pés cada vez mais funda na mesma. Ele apenas me observava boquiabarto e espantado.
Olhei para ele de relance com um sorriso condescendente e após curvar meu corpo ligeiramente arremessei a bola preta, que rolou pela grama agora coberta de lama, para fora no poço.
Kate: Sua vez, Leblanc. A menos que não queira sujar suas botas finas. - O encarei de forma condescendente.
Alec: Não se preocupe com as minhas botas. - Não pude evitar um sorriso sarcástico nos canto da boca.
Ele veio ao meu encontro e ambos ouvíamos os ruídos de seus pés atolando na lama. Estávamos à apenas uns dez centímetros de distância agora. Ele curvou o corpo e arremessou a bola que mais uma vez foi para junto da minha.
Um sorriso vitorioso e condescendente tomou conta de seu rosto e eu apenas arquei as sobrancelhas enquanto segurava o riso.
Em movimento não muito cavalheiro, ele deu as costas para mim e começou a andar com o apoio de seu taco para sair daquele lugar.
Eu tentei fazer o mesmo e repetidas vezes tentei soltar meu pé esquerdo que não saia e parecia colado à terra.
Kate: Me ajude.
Alec: É só puxar.
Kate: Eu tô tentando. Está preso.
Soltei um suspiro e dei uma leve revirada de olhar, enquanto entendei a mão para ele. O Leblanc soltou um grunhido e largou o taco na grama e se aproximou mais uma vez.
Ele segurou em meu braço e começou a me puxar com força. Senti uma dor localizada no braço enquanto o rapaz o puxava com força e deixei escapar um grunhido de dor.
Kate: Aí!
Alec: Quer a minha ajuda ou não? - Seu olhar estava sério.
Ele continou pressionando com força enquanto eu puxava meu pé que não saia por nada. Senti então um de seus braços ao redor de minha cintura enquanto ele puxava com força. Senti que meu pé se soltado, mas rapidamente senti meu corpo e o seu perderem o equílibrio e ambos caímos de bund* na lama. Ambos nos entreolhamos boquiabartos e eu não aguentei o riso. Alec me olhou fulminante e de forma repreensiva.
Alec: Não tem graça.
Kate: Eu não disse que tinha.
Abracei os joelhos enquanto o observei enquanto ele olhava para sua roupa coberta de lama. Continuei a rir e logo ele também não se aguentou. Começamos a gargalhar feito duas crianças sentados ali na lama. Alec tentou se levantar mas seu traseiro parece ter se fundido a lama.
Alec: Não dá... - Me levantei e estiquei a mão lamacenta para ajudá-lo a levantar. Nós nos entreolhamos ainda em meio a risadas. - Eu acho que a subestimei.
Kate: Essa parece ser a base da nossa relação, não? - Segurei em sua mão com força enquanto ambos nos ajudamos a sair dalí.
Alec: Agora que já passamos as formalidades... - A distância entre nós havia aumentado novamente e eu agora o olhava com atenção. - seja franca. O que tenho que fazer pra ganhar sua aprovação? - Seu olhar antes risonho agora adquiriu um tom mais sério.
Kate: Não deixo de aprová-lo por despeito. Só quero garantir para a Lydia e as minhas irmãs a maior felicidade possível. Achei que me entenderia, já que também tem irmãs para proteger.
Alec: É diferente. É meu dever... - Ele deu mais alguns passos para frente e diminui a distância entre nós.
Kate: Eu sou o mesmo com a Lydia em todos os sentidos. Ela nunca teve irmãos e os pais mal ligam pra ela. Minhas irmãs e eu sempre a vimos mais como uma irmã do que apenas uma prima.
Alec: Vamos deixar as amarguras do passado para trás. Me deixe provar que posso dar à Lydia toda felicidade e segurança que deseja. Pode... pode me fazer esse favor? - Pude ver no fundo de seus olhos azuis que estava sendo sério. Por isso, decidi lançar um olhar analítico e um meio sorriso que apenas o deixaram confuso quanto a minha decisão.
Kate: Bom, com trégua ou não, não me renderei a você em nemhum esporte. - Segurei o taco e com um arremessei sua bola para longe. Ela bateu no topo de uma árvore e ao cair trincou em um banco e rolou por trás de um imenso salgueiro. - Ha! Sua vez, Leblanc. - Seu olhar antes risonho e descontraído olhava fixamente para o local onde sua bola se encontrava. - Aconteceu alguma coisa? - Arquei as sobrancelhas em um sinal provocativo e logo escutei palmas e uma euforia não muito distante.
Max: Eu ganhei!
Não pude evitar um sorriso ao escutar os gritos de felicidade da caçula da família, ainda mais sabendo que ela passaria o resto do dia e da noite provocando os irmãos.
Kate: Ela será uma ótima companhia no jantar. - Alec continuava a fitar o lugar e parecia imerso a tudo o que eu dizer. Comecei então a me preocupar com sua inusitada reação. - Leblanc?
Alec: O jogo acabou.
Seu tom mordaz e cortante me fizeram questionar o porquê de sua repentina mudança de humor. Eu o observei se afastar e então decidi ir até o lugar onde a bola estava.
Para a minha surpresa, me deparei com duas lápides logo abaixo do imenso salgueiro. Em uma delas estava escrito " Oliver Leblanc. Filho e irmão amado. Nascido em janeiro de 1994 e desaparecido em dezembro de 2001. Esta lápide foi feita por sua família amorosa e esperançosa." Na segunda lápide dizia: "Delphin Leblanc. Nascido em maio de 1999 e morto em outubro de 2016. Nunca será esquecido por sua família amada."
Senti um aperto no peito e fui invadida por pena. Não imaginava que eles haviam perdido filhos e que Alec tinha outro irmão gêmeo além de Fred. Isso não era algo de total desconhecimento público, mas por se tratar de uma família tão influente, eles conseguiam neutralizar a situação.
O Leblanc e eu adentramos no bosque e começamos a vasculhar por entre os galhos e as folhas pelas duas bolas.
Alec: Torça para a sua jogada não dar a vitória aos meus irmãos, ou vão nos zombar por isso até cansarem.
Kate: E você não zombaria, é claro. - O respondi de forma sarcástica.
Parei ao lado de uma árvore grande ao observar à distância as bolas e o homem logo parou ao meu lado. Estavam as duas atoladas na lama.
Alec: Ah! Mas que droga!
Kate: Podemos tirar com a mão. Ninguém ia saber.
Alec: Mas eu ia. - Ele passou a minha frente e eu senti um pequeno sorriso formar-se nos cantos da boca.
Kate: Então você tem honra afinal. Pelo menos, no esporte.
Alec: Isso e o fato de que eu desconfio que me denunciaria caso trapaceasse.
Kate: Assim como você faria o mesmo comigo.
Paramos de andar assim que estávamos de frente ao poço. Enquanto o garoto analisava a situação e procurava um outro meio de resgatar sua bola cor de rosa sem se afundar na lama, soltei um suspiro impaciente e levantei a barra de meu vestido longo.
Kate: Parece que não tem outro jeito mesmo.
Lancei-lhe um último olhar antes de começar a andar pela lama enquanto atolava meus pés cada vez mais funda na mesma. Ele apenas me observava boquiabarto e espantado.
Olhei para ele de relance com um sorriso condescendente e após curvar meu corpo ligeiramente arremessei a bola preta, que rolou pela grama agora coberta de lama, para fora no poço.
Kate: Sua vez, Leblanc. A menos que não queira sujar suas botas finas. - O encarei de forma condescendente.
Alec: Não se preocupe com as minhas botas. - Não pude evitar um sorriso sarcástico nos canto da boca.
Ele veio ao meu encontro e ambos ouvíamos os ruídos de seus pés atolando na lama. Estávamos à apenas uns dez centímetros de distância agora. Ele curvou o corpo e arremessou a bola que mais uma vez foi para junto da minha.
Um sorriso vitorioso e condescendente tomou conta de seu rosto e eu apenas arquei as sobrancelhas enquanto segurava o riso.
Em movimento não muito cavalheiro, ele deu as costas para mim e começou a andar com o apoio de seu taco para sair daquele lugar.
Eu tentei fazer o mesmo e repetidas vezes tentei soltar meu pé esquerdo que não saia e parecia colado à terra.
Kate: Me ajude.
Alec: É só puxar.
Kate: Eu tô tentando. Está preso.
Soltei um suspiro e dei uma leve revirada de olhar, enquanto entendei a mão para ele. O Leblanc soltou um grunhido e largou o taco na grama e se aproximou mais uma vez.
Ele segurou em meu braço e começou a me puxar com força. Senti uma dor localizada no braço enquanto o rapaz o puxava com força e deixei escapar um grunhido de dor.
Kate: Aí!
Alec: Quer a minha ajuda ou não? - Seu olhar estava sério.
Ele continou pressionando com força enquanto eu puxava meu pé que não saia por nada. Senti então um de seus braços ao redor de minha cintura enquanto ele puxava com força. Senti que meu pé se soltado, mas rapidamente senti meu corpo e o seu perderem o equílibrio e ambos caímos de bund* na lama. Ambos nos entreolhamos boquiabartos e eu não aguentei o riso. Alec me olhou fulminante e de forma repreensiva.
Alec: Não tem graça.
Kate: Eu não disse que tinha.
Abracei os joelhos enquanto o observei enquanto ele olhava para sua roupa coberta de lama. Continuei a rir e logo ele também não se aguentou. Começamos a gargalhar feito duas crianças sentados ali na lama. Alec tentou se levantar mas seu traseiro parece ter se fundido a lama.
Alec: Não dá... - Me levantei e estiquei a mão lamacenta para ajudá-lo a levantar. Nós nos entreolhamos ainda em meio a risadas. - Eu acho que a subestimei.
Kate: Essa parece ser a base da nossa relação, não? - Segurei em sua mão com força enquanto ambos nos ajudamos a sair dalí.
Alec: Agora que já passamos as formalidades... - A distância entre nós havia aumentado novamente e eu agora o olhava com atenção. - seja franca. O que tenho que fazer pra ganhar sua aprovação? - Seu olhar antes risonho agora adquiriu um tom mais sério.
Kate: Não deixo de aprová-lo por despeito. Só quero garantir para a Lydia e as minhas irmãs a maior felicidade possível. Achei que me entenderia, já que também tem irmãs para proteger.
Alec: É diferente. É meu dever... - Ele deu mais alguns passos para frente e diminui a distância entre nós.
Kate: Eu sou o mesmo com a Lydia em todos os sentidos. Ela nunca teve irmãos e os pais mal ligam pra ela. Minhas irmãs e eu sempre a vimos mais como uma irmã do que apenas uma prima.
Alec: Vamos deixar as amarguras do passado para trás. Me deixe provar que posso dar à Lydia toda felicidade e segurança que deseja. Pode... pode me fazer esse favor? - Pude ver no fundo de seus olhos azuis que estava sendo sério. Por isso, decidi lançar um olhar analítico e um meio sorriso que apenas o deixaram confuso quanto a minha decisão.
Kate: Bom, com trégua ou não, não me renderei a você em nemhum esporte. - Segurei o taco e com um arremessei sua bola para longe. Ela bateu no topo de uma árvore e ao cair trincou em um banco e rolou por trás de um imenso salgueiro. - Ha! Sua vez, Leblanc. - Seu olhar antes risonho e descontraído olhava fixamente para o local onde sua bola se encontrava. - Aconteceu alguma coisa? - Arquei as sobrancelhas em um sinal provocativo e logo escutei palmas e uma euforia não muito distante.
Max: Eu ganhei!
Não pude evitar um sorriso ao escutar os gritos de felicidade da caçula da família, ainda mais sabendo que ela passaria o resto do dia e da noite provocando os irmãos.
Kate: Ela será uma ótima companhia no jantar. - Alec continuava a fitar o lugar e parecia imerso a tudo o que eu dizer. Comecei então a me preocupar com sua inusitada reação. - Leblanc?
Alec: O jogo acabou.
Seu tom mordaz e cortante me fizeram questionar o porquê de sua repentina mudança de humor. Eu o observei se afastar e então decidi ir até o lugar onde a bola estava.
Para a minha surpresa, me deparei com duas lápides logo abaixo do imenso salgueiro. Em uma delas estava escrito " Oliver Leblanc. Filho e irmão amado. Nascido em janeiro de 1994 e desaparecido em dezembro de 2001. Esta lápide foi feita por sua família amorosa e esperançosa." Na segunda lápide dizia: "Delphin Leblanc. Nascido em maio de 1999 e morto em outubro de 2016. Nunca será esquecido por sua família amada."
Senti um aperto no peito e fui invadida por pena. Não imaginava que eles haviam perdido filhos e que Alec tinha outro irmão gêmeo além de Fred. Isso não era algo de total desconhecimento público, mas por se tratar de uma família tão influente, eles conseguiam neutralizar a situação.
14
| 𝗢 𝗰𝗵á |

— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟑:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |
Após o fim do jogo, retornamos todos para dentro da mansão para nossos afazeres. Após um bom banho, Jeremy e eu nos reunimos com Travis em no quarto em que brincávamos quando éramos crianças. Haviam brinquedos, berços, ursos e cavalos de madeira para toda parte.
Travis estava sentado na pequena cadeira que nossa mãe sentava enquanto nos observava brincar alguns anos atrás. Me juntei à ele e após o preparo de um chá, acrescentei uma pitada de uma erva que Jeremy havia trazido da Grécia.
Harry: Se quer clarear as ideias, irmão, talvez eu possa ajudar. - Travis me olhava com um ar de descrença mas com atenção. - Os viajantes usam isso como uma forma de abrir a mente e superar as ansiedades corriqueiras.
Travis se apressou em pegar o pequeno saquinho das mãos de Jeremy e o cheirou. Rapidamente sua feição se contorceu em uma careta enojada.
Travis: Tem um cheiro bem ruim, não é?
Jeremy: Só precisa de uma dose pequena pra fazer efeito.
Entreguei a xícara em sua mão e após uma pequena relutância o mais velho bebericar seu chá e em seguida deu de ombros.
Travis: E de que isso adianta? Eu duvido que um chá vá me distrair da decisão que os magistrados da Academia de Artes estão tomando tomando neste momento.
Jeremy e eu nos entreolhamos de relance e depois voltamos nossa atenção para Travis que agora roia a unha do dedão ansioso.
Harry: Bom, talvez ele te ajude a lidar com os pensamentos que te atormentam. As dúvidas, as perguntas que não somem, por mais que você tente fugir delas.
De repente vaguei minha mente para longe, especialmente para Marina Kobinky. Me perguntava o porquê dela ter mentido quando claramente demonstrava ter confiança em mim. Afinal, estava grávida de outro homem e apesar de querer me enganar pra me fazer pensar que o filho era meu, eu entendo agora que ela apenas fez o que tinha que fazer.
Devo ter ficado um pouco imerso em meus pensamentos, já que Travis e Jeremy me olhavam com os cenhos franzidos.
Travis: Você está bem, irmão?
Harry: Você vai ver. Esse chá é um elixir.
Esboçei um pequeno sorriso de canto para ele e vi meu irmão endireitar-se na cadeira e passar a prestar mais atenção em mim.
Jeremy: Ele tem razão. Em uma ocasião em Paxos, eu me peguei meditando por horas sobre uma única folha de grama. - Não pude evitar uma risada com o relato do mais novo.
Travis pega o saco e rapidamente, Jeremy e eu nos entreolhamos um pouco receosos do que ele poderia fazer. Travis voltou seu olhar para o chá, o caso e para mim e Jeremy. Apenas entreabri a boca mas antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, Travis havia virado todo o conteúdo do pequeno saco para a xícara e tomou tudo com um único gole. Jeremy e eu nos entreolhamos passos enquanto nosso irmão virava o líquido da xícara.
Ao finalizar, o louro apenas contrai o rosto em uma careta e solta um grunhido ardente da garganta.
Harry: Olha, boa sorte. - Tentei conter o riso ao máximo.
Travis: Urgh! Isso é ruim.
Travis leva a mão a boca e fecha os olhos brevemente enquanto Jeremy e eu caímos na risada. Ele parecia querer segurar o vômito. Bom, em menos de uma hora com a quantidade de erva que havia ingerido, já estaria fazendo efeito.
| 𝟎𝟑:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |
Após o fim do jogo, retornamos todos para dentro da mansão para nossos afazeres. Após um bom banho, Jeremy e eu nos reunimos com Travis em no quarto em que brincávamos quando éramos crianças. Haviam brinquedos, berços, ursos e cavalos de madeira para toda parte.
Travis estava sentado na pequena cadeira que nossa mãe sentava enquanto nos observava brincar alguns anos atrás. Me juntei à ele e após o preparo de um chá, acrescentei uma pitada de uma erva que Jeremy havia trazido da Grécia.
Harry: Se quer clarear as ideias, irmão, talvez eu possa ajudar. - Travis me olhava com um ar de descrença mas com atenção. - Os viajantes usam isso como uma forma de abrir a mente e superar as ansiedades corriqueiras.
Travis se apressou em pegar o pequeno saquinho das mãos de Jeremy e o cheirou. Rapidamente sua feição se contorceu em uma careta enojada.
Travis: Tem um cheiro bem ruim, não é?
Jeremy: Só precisa de uma dose pequena pra fazer efeito.
Entreguei a xícara em sua mão e após uma pequena relutância o mais velho bebericar seu chá e em seguida deu de ombros.
Travis: E de que isso adianta? Eu duvido que um chá vá me distrair da decisão que os magistrados da Academia de Artes estão tomando tomando neste momento.
Jeremy e eu nos entreolhamos de relance e depois voltamos nossa atenção para Travis que agora roia a unha do dedão ansioso.
Harry: Bom, talvez ele te ajude a lidar com os pensamentos que te atormentam. As dúvidas, as perguntas que não somem, por mais que você tente fugir delas.
De repente vaguei minha mente para longe, especialmente para Marina Kobinky. Me perguntava o porquê dela ter mentido quando claramente demonstrava ter confiança em mim. Afinal, estava grávida de outro homem e apesar de querer me enganar pra me fazer pensar que o filho era meu, eu entendo agora que ela apenas fez o que tinha que fazer.
Devo ter ficado um pouco imerso em meus pensamentos, já que Travis e Jeremy me olhavam com os cenhos franzidos.
Travis: Você está bem, irmão?
Harry: Você vai ver. Esse chá é um elixir.
Esboçei um pequeno sorriso de canto para ele e vi meu irmão endireitar-se na cadeira e passar a prestar mais atenção em mim.
Jeremy: Ele tem razão. Em uma ocasião em Paxos, eu me peguei meditando por horas sobre uma única folha de grama. - Não pude evitar uma risada com o relato do mais novo.
Travis pega o saco e rapidamente, Jeremy e eu nos entreolhamos um pouco receosos do que ele poderia fazer. Travis voltou seu olhar para o chá, o caso e para mim e Jeremy. Apenas entreabri a boca mas antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, Travis havia virado todo o conteúdo do pequeno saco para a xícara e tomou tudo com um único gole. Jeremy e eu nos entreolhamos passos enquanto nosso irmão virava o líquido da xícara.
Ao finalizar, o louro apenas contrai o rosto em uma careta e solta um grunhido ardente da garganta.
Harry: Olha, boa sorte. - Tentei conter o riso ao máximo.
Travis: Urgh! Isso é ruim.
Travis leva a mão a boca e fecha os olhos brevemente enquanto Jeremy e eu caímos na risada. Ele parecia querer segurar o vômito. Bom, em menos de uma hora com a quantidade de erva que havia ingerido, já estaria fazendo efeito.
15
| "𝗘𝗹𝗲 𝗻ã𝗼 é 𝘁ã𝗼 𝗯𝗮𝗯𝗮𝗰𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗲..." |

— 𝐊𝐀𝐓𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐇𝐎𝐅𝐅𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍 —
Os Leblanc tinham o péssimo hábito de tomar chá toda tarde. Algo mais do que comum na Inglaterra. Eu detestava chá, por isso me sentei em um dos confortáveis sofás na varanda enquanto tomava minha xícara de café.
Me perdi em pensamentos quanto as duas lápides que encontrei e me perguntava se Alec sabia do que eu havia visto e como reagiria se soubesse.
Eu entendo perfeitamente eles querem esconder isso, afinal, a morte de um filho não é algo que você queira relembrar. Mas não podia evitar de me perguntar como tinha acontecido.
Saí de meu transe rapidamente ao ver Max se juntar à mim na varanda. Ela parecia surpresa por me ver aqui mas não pode evitar um sorriso simpático com os lábios. Retribui seu sorriso mas ela pelo visto notou minha expressão pensativa e distante.
Max: Não deixa o Pall Mall te desanimar. Acho que o antagonismo é a nossa parte preferida.
Soltei uma leve risada com seu comentário pois admirava a competitividade familiar. Eu e minhas irmãs partilhavamos esse mesmo espírito competitivo, mas ver um grupo de irmãos tão unidos brigar por um taco de madeira foi no mínimo cômico.
Max sentou-se em um sofá não muito distante e começou a ler seu livro. Passei a fitar a garota e então soube que se quisesse esclarecer as minhas dúvidas ela seria uma ótima opção.
Kate: Posso perguntar uma coisa, Max? - A garota de incríveis olhos verdes-azulados olha atentamente para mim.
Max: Se deixei o arco cinco centímetros mais distante? Sim, deixei. - Soltei um riso com seu comentário mas olhei séria para ela que logo fez o mesmo. - É claro.
Kate: Acho que chatei o seu irmão durante o nosso jogo. - Max esboça um pequeno sorriso triste e me olha compreensiva.
Max: Ah. Chegaram perto dos túmulos dos meus irmãos? - Concordei levemente com a cabeça e não pude evitar de olhar para ela com tristeza. - A chateação não é por sua causa. Ele não vai lá quando pode evitar. Sabe? Ele não é tão babaca como parece. - Apenas acenti com a cabeça. - E eu posso perguntar uma coisa?
A garota que antes se encontrava sentada a alguns centímetros de distância agora levanta-se e se aproxima de mim.
Kate: É claro.
Max: Foi escolha sua ficar solteira? Meus irmãos dizem que tenho o hábito de ser muito direta as vezes, me desculpe. - Esboçei um sorriso simpático. - Todos dizem que é maravilhoso se apaixonar, casar e ter filhos. Mas você parece bem do jeito que está. - Não pude evitar uma risada espontânea enquanto pensava nas palavras certas para responder sua pergunta.
Kate: Preciso dizer que não é fácil. O mundo não é receptivo com pessoas solteiras. Acho que todos devemos seguir os comandos de nossos corações, seja para onde ele nos levar. - Um pequeno sorriso se formou em seu rosto.
Os Leblanc tinham o péssimo hábito de tomar chá toda tarde. Algo mais do que comum na Inglaterra. Eu detestava chá, por isso me sentei em um dos confortáveis sofás na varanda enquanto tomava minha xícara de café.
Me perdi em pensamentos quanto as duas lápides que encontrei e me perguntava se Alec sabia do que eu havia visto e como reagiria se soubesse.
Eu entendo perfeitamente eles querem esconder isso, afinal, a morte de um filho não é algo que você queira relembrar. Mas não podia evitar de me perguntar como tinha acontecido.
Saí de meu transe rapidamente ao ver Max se juntar à mim na varanda. Ela parecia surpresa por me ver aqui mas não pode evitar um sorriso simpático com os lábios. Retribui seu sorriso mas ela pelo visto notou minha expressão pensativa e distante.
Max: Não deixa o Pall Mall te desanimar. Acho que o antagonismo é a nossa parte preferida.
Soltei uma leve risada com seu comentário pois admirava a competitividade familiar. Eu e minhas irmãs partilhavamos esse mesmo espírito competitivo, mas ver um grupo de irmãos tão unidos brigar por um taco de madeira foi no mínimo cômico.
Max sentou-se em um sofá não muito distante e começou a ler seu livro. Passei a fitar a garota e então soube que se quisesse esclarecer as minhas dúvidas ela seria uma ótima opção.
Kate: Posso perguntar uma coisa, Max? - A garota de incríveis olhos verdes-azulados olha atentamente para mim.
Max: Se deixei o arco cinco centímetros mais distante? Sim, deixei. - Soltei um riso com seu comentário mas olhei séria para ela que logo fez o mesmo. - É claro.
Kate: Acho que chatei o seu irmão durante o nosso jogo. - Max esboça um pequeno sorriso triste e me olha compreensiva.
Max: Ah. Chegaram perto dos túmulos dos meus irmãos? - Concordei levemente com a cabeça e não pude evitar de olhar para ela com tristeza. - A chateação não é por sua causa. Ele não vai lá quando pode evitar. Sabe? Ele não é tão babaca como parece. - Apenas acenti com a cabeça. - E eu posso perguntar uma coisa?
A garota que antes se encontrava sentada a alguns centímetros de distância agora levanta-se e se aproxima de mim.
Kate: É claro.
Max: Foi escolha sua ficar solteira? Meus irmãos dizem que tenho o hábito de ser muito direta as vezes, me desculpe. - Esboçei um sorriso simpático. - Todos dizem que é maravilhoso se apaixonar, casar e ter filhos. Mas você parece bem do jeito que está. - Não pude evitar uma risada espontânea enquanto pensava nas palavras certas para responder sua pergunta.
Kate: Preciso dizer que não é fácil. O mundo não é receptivo com pessoas solteiras. Acho que todos devemos seguir os comandos de nossos corações, seja para onde ele nos levar. - Um pequeno sorriso se formou em seu rosto.
16
| 𝗢 𝗷𝗮𝗻𝘁𝗮𝗿 |

— 𝐋𝐔𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
O jantar estava servindo e estávamos todos reunidos à mesa enquanto perambulavam as mais diversas conversas. Travis não parecia nada bem e olhava para o lustre de forma admirada, como se nunca o tivesse visto antes. A atenção de todos se volta para ele quando o mesmo começa a falar algo sem pé nem cabeça.
Travis: Esta sala está tão bem iluminada. Reparou nisso, Harry? - Olhei para minha mãe que olhava de forma plerpexa e com estranheza para o filho do meio. - O brilho das luzes. Parece... parece que nós estamos entre as estrelas.
Bella: Qual o problema dele?
Kate, Bella e Max que estavam de frente para Travis, Harry e Jeremy olhavam com a mesma expressão para meu irmão. No entanto, as gêmeas estavam até se divertindo com o colapso mental de nosso irmão.
Jeremy: Eu contei ao Travis como as estrelas eram brilhantes na Grécia. - Voltei minha atenção para Lydia que estava sentada de frente para mim, enquanto Alec estava na ponta da mesa.
Luna: Está gostando dos dias aqui, Lydia?
Lydia: Sim, muito. O movimento da cidade é emocionante mas eu prefiro a paz do campo.
Alec: Eu também. Mas é claro, não temos tanta paz com a minha família inteira aqui. - Lydia riu com o comentário de meu irmão.
Lydia: Eu sei como é. É claro, minha família não se compara em nada com os seus doze irmãos e irmãs mas, minhas primas e eu também demos muito trabalho para a minha tia quando éramos crianças.
Alec: Posso imaginar.
Alec olha descaradamente para Kate que conversava com Alison do outro lado da mesa. Ele estava tão imerso que nem notou meu olhar sínico em cima dele.
Lydia: Mas a Kate sempre levou meus interesses a sério. Já que eu não tenho irmãos e minha tia praticamente me criou. Ela é muito responsável por nossa família.
Luna: Isso me lembra muito o seu papel, Alec. - Alec desvia sua atenção da Hofferson para mim instantaneamente e parecia até assustado. - É muita responsabilidade para lidar, sem dúvida. - Alec esboçou um pequeno sorriso.
Seu olhar voltou de novo para a Hofferson mais velha que agora também o olhava. Os olhares se cruzaram e por um momento, os dois estavam imersos a tudo o que estava acontecendo. O transe dos dois só é cortado quando Travis acidentalmente derruba sua taça de vinho e arranca um grito de susto de Kate.
Robert: Travis, filho, você assustou a convidada.
Kate: Está tudo bem, Sr. Leblanc.
Logan chama a atenção de todos ao bater em sua taça e olhar fixamente para Alec.
Logan: Talvez seja a hora para um brinde.
Melissa: Ótima ideia. Para animar os convidados.
Maryse: Ou para brindar a outras coisas importantes. - Minha mãe olha descaradamente para o filho mais velho.
Todos voltamos nossa atenção para Alec que estava sentado na ponta e agora levanta-se de seu acento com uma taça na mão.
Alec: Um brinde. Sim. - Ele coçou a garganta antes de começar. - Minha sincera gratidão as Hofferson, Branwell, Coulthy, Carson, Peterson e aos Ackles por se juntarem à nós nesse fim de semana. E foi esplêndida ter todos vocês aqui pra testemunhar a minha segunda derrota anual no Pall Mall. - Todos soltamos risos. - Não se repetirá eu garanto. Mas mesmo assim, Maxie, meus parabéns. - Meu irmão curva seu corpo na direção de Lydia e ergue sua taça em direção à ela. - E minha gratidão especial à Lydia. Foi um privilégio e tanto poder conhece-la melhor nos últimos dias. Na verdade, tem algo que eu gostaria de pedir. - Observei o coração da Branwell bater mais rápido e meu irmão olhou de relance para a Hofferson que era a única da mesa que não estava olhando a cena. Na verdade ela até parecia abatida. Alec olhou de novo para a loura e naquele momento eu e meus irmãos notamos sua esitação. - Eu gostaria... - Alec esboçou um sorriso risonho. - Eu gostaria de pedir que por favor não conte a ninguém amanhã sobre a derrota de hoje. Eu sinto isso deixaria uma mancha em minha reputação. - O moreno volta sua atenção a todos presentes e ergue sua taça mais uma vez. - A futuros dias agradáveis. E ao meu irmão e sua esposa, Alison.
O casal troca um sorriso amarelo e um selinho. Observei um suspiro de alívio escapar de Kate e a decepção era visível no rosto de Lydia.
| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |
O jantar estava servindo e estávamos todos reunidos à mesa enquanto perambulavam as mais diversas conversas. Travis não parecia nada bem e olhava para o lustre de forma admirada, como se nunca o tivesse visto antes. A atenção de todos se volta para ele quando o mesmo começa a falar algo sem pé nem cabeça.
Travis: Esta sala está tão bem iluminada. Reparou nisso, Harry? - Olhei para minha mãe que olhava de forma plerpexa e com estranheza para o filho do meio. - O brilho das luzes. Parece... parece que nós estamos entre as estrelas.
Bella: Qual o problema dele?
Kate, Bella e Max que estavam de frente para Travis, Harry e Jeremy olhavam com a mesma expressão para meu irmão. No entanto, as gêmeas estavam até se divertindo com o colapso mental de nosso irmão.
Jeremy: Eu contei ao Travis como as estrelas eram brilhantes na Grécia. - Voltei minha atenção para Lydia que estava sentada de frente para mim, enquanto Alec estava na ponta da mesa.
Luna: Está gostando dos dias aqui, Lydia?
Lydia: Sim, muito. O movimento da cidade é emocionante mas eu prefiro a paz do campo.
Alec: Eu também. Mas é claro, não temos tanta paz com a minha família inteira aqui. - Lydia riu com o comentário de meu irmão.
Lydia: Eu sei como é. É claro, minha família não se compara em nada com os seus doze irmãos e irmãs mas, minhas primas e eu também demos muito trabalho para a minha tia quando éramos crianças.
Alec: Posso imaginar.
Alec olha descaradamente para Kate que conversava com Alison do outro lado da mesa. Ele estava tão imerso que nem notou meu olhar sínico em cima dele.
Lydia: Mas a Kate sempre levou meus interesses a sério. Já que eu não tenho irmãos e minha tia praticamente me criou. Ela é muito responsável por nossa família.
Luna: Isso me lembra muito o seu papel, Alec. - Alec desvia sua atenção da Hofferson para mim instantaneamente e parecia até assustado. - É muita responsabilidade para lidar, sem dúvida. - Alec esboçou um pequeno sorriso.
Seu olhar voltou de novo para a Hofferson mais velha que agora também o olhava. Os olhares se cruzaram e por um momento, os dois estavam imersos a tudo o que estava acontecendo. O transe dos dois só é cortado quando Travis acidentalmente derruba sua taça de vinho e arranca um grito de susto de Kate.
Robert: Travis, filho, você assustou a convidada.
Kate: Está tudo bem, Sr. Leblanc.
Logan chama a atenção de todos ao bater em sua taça e olhar fixamente para Alec.
Logan: Talvez seja a hora para um brinde.
Melissa: Ótima ideia. Para animar os convidados.
Maryse: Ou para brindar a outras coisas importantes. - Minha mãe olha descaradamente para o filho mais velho.
Todos voltamos nossa atenção para Alec que estava sentado na ponta e agora levanta-se de seu acento com uma taça na mão.
Alec: Um brinde. Sim. - Ele coçou a garganta antes de começar. - Minha sincera gratidão as Hofferson, Branwell, Coulthy, Carson, Peterson e aos Ackles por se juntarem à nós nesse fim de semana. E foi esplêndida ter todos vocês aqui pra testemunhar a minha segunda derrota anual no Pall Mall. - Todos soltamos risos. - Não se repetirá eu garanto. Mas mesmo assim, Maxie, meus parabéns. - Meu irmão curva seu corpo na direção de Lydia e ergue sua taça em direção à ela. - E minha gratidão especial à Lydia. Foi um privilégio e tanto poder conhece-la melhor nos últimos dias. Na verdade, tem algo que eu gostaria de pedir. - Observei o coração da Branwell bater mais rápido e meu irmão olhou de relance para a Hofferson que era a única da mesa que não estava olhando a cena. Na verdade ela até parecia abatida. Alec olhou de novo para a loura e naquele momento eu e meus irmãos notamos sua esitação. - Eu gostaria... - Alec esboçou um sorriso risonho. - Eu gostaria de pedir que por favor não conte a ninguém amanhã sobre a derrota de hoje. Eu sinto isso deixaria uma mancha em minha reputação. - O moreno volta sua atenção a todos presentes e ergue sua taça mais uma vez. - A futuros dias agradáveis. E ao meu irmão e sua esposa, Alison.
O casal troca um sorriso amarelo e um selinho. Observei um suspiro de alívio escapar de Kate e a decepção era visível no rosto de Lydia.
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| "𝗢 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗶𝗿𝗼 𝘀𝗲𝗿á 𝘁𝗲𝘀𝘁𝗲𝗺𝘂𝗻𝗵𝗮 𝗱𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝘁𝗮𝗹𝗲𝗻𝘁𝗼..." |

— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟏𝟎:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |
Depois do jantar, joguei três partidas de xadrez com Dylan na varanda, enquanto o restante desfrutava da piscina e da blusa fresca da noite. Travis havia desaparecido completamente e temendo por seu estado mental atordoado, resolvi procura-lo pela casa. O encontrei no nosso quarto infantil e percebi que ele estava pintando um quadro.
Harry: Ainda acordado? - Ao me aproximar senti o cheiro forte de tinta impregnado em sua pele. - Urgh! É melhor tomar um banho antes de ver a mamãe amanhã.
Travis estava com as pupilas bem dilatadas e seu corpo inteiro estava eufórico. Ele vem até mim e para a minha surpresa pega o meu rosto em suas mãos sujas de tinta e me dá um beijo na cabeça.
Travis: É mágico, irmão. - Travis envolve os braços ao redor de meu pescoço e me mostra sua pintura que estava incrível. - Você tinha razão. Eu deixei minhas dúvidas me assombrarem demais. A Academia de Artes não determina o que a arte, o mundo determina.
Harry: Você é um grande idiota. - Não contive um riso por seu entusiasmo.
Max: Travis? - Max adentra no quarto junto à Jeremy. - Chegou uma carta pra você. Uma carta da Academia de Artes.
Travis que ainda estava abraçado à mim, pega o envelope das mãos de Max e após abrir começa a lê-lo.
Travis: Eu fui aceito. - Max, Jerry e eu sorrimos orgulhosos para nosso irmão mais velho que agora estava consumido pela emoção. - A Academia de Artes me aceitou como aluno. Eu consegui! - Ele grita em cima de Maxine que apenas afasta um pouco a cabeça ainda em meio a um sorriso para não ficar surda.
Harry: Achei que ela não determinasse o que é arte.
Travis: Devem achar o meu trabalho promissor. - Travis corre até a janela e após abri-lá, coloca a cabeça para fora e grita para o céu. - O mundo inteiro será testemunha do meu talento!
Harry: Shh! Já é tarde da noite. - O repreendi e ele por fim caiu sentado no parapeito da janela.
Max: Ele vai ficar tão insuportável quanto você. - Jeremy Franzen as sobrancelhas.
Jeremy: Eu?
Max: Se eu tiver que ouvir outra de suas aventuras incríveispela Grécia... Me diga. Se gostou tanto de lá, por que voltou pra casa?
Travis: É uma honra aceitar a sua aceitação.
Jeremy: Acha que ainda vai durar muito?
Harry: Eu não tenho ideia.
| 𝟏𝟎:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |
Depois do jantar, joguei três partidas de xadrez com Dylan na varanda, enquanto o restante desfrutava da piscina e da blusa fresca da noite. Travis havia desaparecido completamente e temendo por seu estado mental atordoado, resolvi procura-lo pela casa. O encontrei no nosso quarto infantil e percebi que ele estava pintando um quadro.
Harry: Ainda acordado? - Ao me aproximar senti o cheiro forte de tinta impregnado em sua pele. - Urgh! É melhor tomar um banho antes de ver a mamãe amanhã.
Travis estava com as pupilas bem dilatadas e seu corpo inteiro estava eufórico. Ele vem até mim e para a minha surpresa pega o meu rosto em suas mãos sujas de tinta e me dá um beijo na cabeça.
Travis: É mágico, irmão. - Travis envolve os braços ao redor de meu pescoço e me mostra sua pintura que estava incrível. - Você tinha razão. Eu deixei minhas dúvidas me assombrarem demais. A Academia de Artes não determina o que a arte, o mundo determina.
Harry: Você é um grande idiota. - Não contive um riso por seu entusiasmo.
Max: Travis? - Max adentra no quarto junto à Jeremy. - Chegou uma carta pra você. Uma carta da Academia de Artes.
Travis que ainda estava abraçado à mim, pega o envelope das mãos de Max e após abrir começa a lê-lo.
Travis: Eu fui aceito. - Max, Jerry e eu sorrimos orgulhosos para nosso irmão mais velho que agora estava consumido pela emoção. - A Academia de Artes me aceitou como aluno. Eu consegui! - Ele grita em cima de Maxine que apenas afasta um pouco a cabeça ainda em meio a um sorriso para não ficar surda.
Harry: Achei que ela não determinasse o que é arte.
Travis: Devem achar o meu trabalho promissor. - Travis corre até a janela e após abri-lá, coloca a cabeça para fora e grita para o céu. - O mundo inteiro será testemunha do meu talento!
Harry: Shh! Já é tarde da noite. - O repreendi e ele por fim caiu sentado no parapeito da janela.
Max: Ele vai ficar tão insuportável quanto você. - Jeremy Franzen as sobrancelhas.
Jeremy: Eu?
Max: Se eu tiver que ouvir outra de suas aventuras incríveispela Grécia... Me diga. Se gostou tanto de lá, por que voltou pra casa?
Travis: É uma honra aceitar a sua aceitação.
Jeremy: Acha que ainda vai durar muito?
Harry: Eu não tenho ideia.
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| "𝗚𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘀𝗼𝗿𝗿𝗶 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗲𝘀𝘁á 𝗰𝗼𝗺 𝗲𝗹𝗲..." |

— 𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓𝐍𝐄𝐘 𝐇𝐎𝐅𝐅𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍 —
Já era um pouco tarde e mesmo assim não era capaz de sentir sono algum. Por algum motivo, só conseguia pensar em meu beijo com Travis.
Travis Leblanc... também conhecido como aquele que dominou os meus pensamentos.
A visão de seus cabelos louros caindo sobre os olhos invadiam minha mente. Seus olhos azuis como o mar atormentavam meus pensamentos. O cheiro de seu perfume másculo e sua loção pós barba me inebriavam por inteira. E ainda tinham aqueles lábios perfeitos e macios.
O que estava acontecendo comigo?
Por que não conseguia pensar em mais nada além deste homem?
Nunca havia sido beijada por alguém com tanto fervor quanto fui por Travis. As pessoas realmente tinham razão quando diziam que os Leblanc eram donos de uma beleza extraordinária e detentores de um charme inabalável.
Ruby parece ter percebido meu transe e então sentou-se ao meu lado em um dos confortáveis sofás postos na varanda.
Ruby: O que tem de errado com você?
Courtney: Como assim?
Ruby: Bom, ficou aérea o jantar inteiro e durante a semana toda você parece estar em Narnia. - Soltei um suspiro enquanto minha irmã continuava a me fitar de forma analítica. - É o Travis?
Olhei rapidamente para Ruby que agora detinha um pequeno sorriso maroto nos lábios. Como ela fazia isso?
Courtney: Como você... - A morena deu de ombros.
Ruby: Acha que eu sou cega? Eu reparo em você, sabia? Vejo a forma como olha pra ele e ele olha pra você. É fofo. - Não pude evitar uma risada abafada. - Então, o que tá acontecendo?
Courtney: Pra sua informação, nada tá acontecendo.
Ruby: E isso é por você ou por ele?
Courtney: O que quer dizer com isso?
Ruby: Courtney, lembra do Toby do acampamento de verão? O garoto que te enviava cartas com balas dentro? Ele poderia ter sido o seu primeiro namorado, se você não tivesse recusado. E nós duas sabemos que você gostava dele.
Courtney: O que isso significa?
Ruby: Significa que você afasta todo e qualquer cara por quem se apaixona. E sabemos que o motivo pra isso é o papai. - Ruby me olhava seria e ao mencionar o nosso pai tive de desviar minha atenção de seu rosto. - Eu sei que só tinha quatro anos quando ele morreu, mas se lembra perfeitamente da dor que a mamãe sentiu quando ele morreu. Só porque isso aconteceu com ela, não significa que você, eu e a Kate não possamos ser felizes e viver um amor tão puro quanto o deles. E você sabe lá no fundo que eu tenho razão.
Courtney: Acha isso mesmo? - Voltei a olhar minha irmã nos olhos e sua feição antes seria tornou-se mais terna.
Ruby: É claro. Eu sei que gosta do Leblanc e ele também gosta de você. Se não enxerga isso você é burra. Além disso, gosto da forma como sorri quando está com ele.
Então, com um último sorriso de canto, Ruby se levanta e senta-se novamente ao lado de Maria, me deixando sozinha com meus pensamentos.
Olhei para a porta de acesso à casa e depois olhei novamente para meus companheiros que estavam todos distraídos. Poderia procurar Travis para conversar sem que ninguém percebesse.
Já era um pouco tarde e mesmo assim não era capaz de sentir sono algum. Por algum motivo, só conseguia pensar em meu beijo com Travis.
Travis Leblanc... também conhecido como aquele que dominou os meus pensamentos.
A visão de seus cabelos louros caindo sobre os olhos invadiam minha mente. Seus olhos azuis como o mar atormentavam meus pensamentos. O cheiro de seu perfume másculo e sua loção pós barba me inebriavam por inteira. E ainda tinham aqueles lábios perfeitos e macios.
O que estava acontecendo comigo?
Por que não conseguia pensar em mais nada além deste homem?
Nunca havia sido beijada por alguém com tanto fervor quanto fui por Travis. As pessoas realmente tinham razão quando diziam que os Leblanc eram donos de uma beleza extraordinária e detentores de um charme inabalável.
Ruby parece ter percebido meu transe e então sentou-se ao meu lado em um dos confortáveis sofás postos na varanda.
Ruby: O que tem de errado com você?
Courtney: Como assim?
Ruby: Bom, ficou aérea o jantar inteiro e durante a semana toda você parece estar em Narnia. - Soltei um suspiro enquanto minha irmã continuava a me fitar de forma analítica. - É o Travis?
Olhei rapidamente para Ruby que agora detinha um pequeno sorriso maroto nos lábios. Como ela fazia isso?
Courtney: Como você... - A morena deu de ombros.
Ruby: Acha que eu sou cega? Eu reparo em você, sabia? Vejo a forma como olha pra ele e ele olha pra você. É fofo. - Não pude evitar uma risada abafada. - Então, o que tá acontecendo?
Courtney: Pra sua informação, nada tá acontecendo.
Ruby: E isso é por você ou por ele?
Courtney: O que quer dizer com isso?
Ruby: Courtney, lembra do Toby do acampamento de verão? O garoto que te enviava cartas com balas dentro? Ele poderia ter sido o seu primeiro namorado, se você não tivesse recusado. E nós duas sabemos que você gostava dele.
Courtney: O que isso significa?
Ruby: Significa que você afasta todo e qualquer cara por quem se apaixona. E sabemos que o motivo pra isso é o papai. - Ruby me olhava seria e ao mencionar o nosso pai tive de desviar minha atenção de seu rosto. - Eu sei que só tinha quatro anos quando ele morreu, mas se lembra perfeitamente da dor que a mamãe sentiu quando ele morreu. Só porque isso aconteceu com ela, não significa que você, eu e a Kate não possamos ser felizes e viver um amor tão puro quanto o deles. E você sabe lá no fundo que eu tenho razão.
Courtney: Acha isso mesmo? - Voltei a olhar minha irmã nos olhos e sua feição antes seria tornou-se mais terna.
Ruby: É claro. Eu sei que gosta do Leblanc e ele também gosta de você. Se não enxerga isso você é burra. Além disso, gosto da forma como sorri quando está com ele.
Então, com um último sorriso de canto, Ruby se levanta e senta-se novamente ao lado de Maria, me deixando sozinha com meus pensamentos.
Olhei para a porta de acesso à casa e depois olhei novamente para meus companheiros que estavam todos distraídos. Poderia procurar Travis para conversar sem que ninguém percebesse.
19
| "𝗢 𝗻ú𝗺𝗲𝗿𝗼 𝗾𝘂𝗮𝘁𝗿𝗼..." |

Aubrey Hall é com certeza uma fortaleza. Dobrei vários e vários corredores a procura de alguém que pudesse me ajudar a andar por esta casa. Já nem tinha mais certeza em qual andar me encontrava, só sei que encontrei um corredor imenso com doze portas. Uma das portas em questão estava entreaberta e eu podia ouvir de fundo uma música instrumental de quem parecia ser Tchaikovsky.
Ao me aproximar, me deparei com Travis sentado no chão com uma garrafa de vinho nas mãos. Seu cabelo estava desgrenhado e como sempre caía sobre os olhos. Sua camisa estava suja de tinta e o cheiro forte invadiam minhas narinas. Devo confessar que amo o cheiro de tinta.
Courtney: Travis? - Seus olhos azuis rapidamente desviam a atenção da garrafa de vinho e olham para mim.
Travis: Courtney. - Um sorriso amarelo ilumina seu rosto.
Courtney: Por que tá no chão?
Dei alguns passos em sua direção e me agachei ao seu lado. Suas pupilas estavam dilatadas e a julgar por seu comportamento agora e no jantar, era visível que ele estava drogado.
Travis: Ah... eu tava com calor. Aí me sentei aqui pra me refrescar. - Um sorriso incoerente se forma em seus lábios.
Courtney: Tá bem. Que tal levantar e dormir um pouco?
Travis: Dormir parece bom.
Courtney: Ótimo.
Segurei em suas mãos e o ajudei a levantar. Apoiei um pouco de seu peso em meus ombros e o guiei até aquele parecia ser seu quarto. O coloquei na cama e ele permaneceu sentado na borda com os pensamentos imersos.
Olhei ao redor e vi um quadro ao lado de sua cama. Era uma paisagem linda do pôr do sol na praia. Os detalhes estavam perfeitos e muito bem desenhados. Olhei ao redor do recinto e vi outros quadros que também pareciam ser de sua autoria. Quem diria que Travis Leblanc era um artista.
Travis: Você pode ficar aqui um pouco. - Olhei para ele e um bico fofo em seus lábios.
Courtney: É claro. - Me sentei na borda da cama ao seu lado. - Seus quadros são lindos. Você é muito bom.
Travis: Eu espero que sim. Já que fui aceito na Academia de Artes.
Courtney: Travis, que incrível! - Explodi de felicidade e euforia por ele mas rapidamente me contive ao ver sua expressão melancólica. - Por que não parece feliz com isso?
Travis: É só que... se eu não me sair bem, vou ter que viver a vida que esperam de mim. E não é isso que eu quero. Eu quero algo maior, Courtney. Eu quero ser muito mais do que apenas o número quatro.
Seus olhos brilhavam ao falar do futuro que almejava e eu só tive mais certeza de que os meus sentimentos estavam agora se tornando cada vez mais fortes. Ele não era quem eu pensava. Era sensível e cativante, tinha uma veia artística que eu desconhecia e que agora só me faziam querer conhece-lo ainda mais.
Foi só então que eu reparei no que ele havia dito. Como assim o número quatro?
Courtney: O que quer dizer com "número quatro"?
Um suspiro escapou de sua garganta e ele deitou as costas na cama e passou a fitar o teto.
Travis: Eu tenho outro irmão mais velho além do Alec e do Fred. O nome dele era Oliver. Ele desapareceu dessa mesma casa dezesseis anos atrás. Foi por isso que nos mudamos para Londres. E meu irmão mais novo Delphin foi assassinado na nossa própria casa ano passado em 29 de outubro. - não pude evitar de fita-lo com pena e tristeza ao ouvir sua história. - Tem muita coisa sobre mim que você não sabe, Hofferson. A começar pelo fato de eu ser um péssimo irmão.
Courtney: É claro que não. Eu vejo a forma como cuida deles. O que aconteceu com o Oliver e o Delphin foi uma tragédia mas não foi sua culpa.
Com a agilidade de um gato, ele levanta as costas mais uma vez e agora seu rosto estava a apenas alguns centímetros de distância.
Travis: Você se torna cada vez mais cativante, Courtney Hofferson. - Um sorriso atraente se forma no canto de sua boca.
Courtney: Eu digo o mesmo de você, Travis Leblanc. E eu sei que você não vai se lembrar de nada disso amanhã.
Travis: Você que pensa. - Balancei minha cabeça levemente em meio a um sorriso bobo.
Courtney: Bom, agora que você já está seguro em seu quarto, eu posso ir. - Levantei-me mas senti sua mão segurar a minha.
Travis: Espera. - Olhei no fundo de seus olhos azuis e pude ver algo que nunca havia visto antes em um homem. Desamparo. - Pode ficar aqui até eu dormir?
Courtney: Claro. - Esboçei um sorriso gentil.
Fechei a porta do quarto e apaguei as luzes do quarto. Travis já estava com a cabeça no travesseiro e parecia estar adormecendo aos poucos. Me deitei ao seu lado e fiquei analisando seu rosto por uns bons minutos enquanto ele caia no sono.
Quando já ia me levantar e ir para o meu quarto, senti seu braço forte abraçar o meu corpo. Sua respiração estava em minha nuca e ele dormia lindamente.
Senti conforto em meio ao seu abraço caloroso. Uma noite aqui não faria mal à ninguém.
Não demorei e logo adormeci também.
Ao me aproximar, me deparei com Travis sentado no chão com uma garrafa de vinho nas mãos. Seu cabelo estava desgrenhado e como sempre caía sobre os olhos. Sua camisa estava suja de tinta e o cheiro forte invadiam minhas narinas. Devo confessar que amo o cheiro de tinta.
Courtney: Travis? - Seus olhos azuis rapidamente desviam a atenção da garrafa de vinho e olham para mim.
Travis: Courtney. - Um sorriso amarelo ilumina seu rosto.
Courtney: Por que tá no chão?
Dei alguns passos em sua direção e me agachei ao seu lado. Suas pupilas estavam dilatadas e a julgar por seu comportamento agora e no jantar, era visível que ele estava drogado.
Travis: Ah... eu tava com calor. Aí me sentei aqui pra me refrescar. - Um sorriso incoerente se forma em seus lábios.
Courtney: Tá bem. Que tal levantar e dormir um pouco?
Travis: Dormir parece bom.
Courtney: Ótimo.
Segurei em suas mãos e o ajudei a levantar. Apoiei um pouco de seu peso em meus ombros e o guiei até aquele parecia ser seu quarto. O coloquei na cama e ele permaneceu sentado na borda com os pensamentos imersos.
Olhei ao redor e vi um quadro ao lado de sua cama. Era uma paisagem linda do pôr do sol na praia. Os detalhes estavam perfeitos e muito bem desenhados. Olhei ao redor do recinto e vi outros quadros que também pareciam ser de sua autoria. Quem diria que Travis Leblanc era um artista.
Travis: Você pode ficar aqui um pouco. - Olhei para ele e um bico fofo em seus lábios.
Courtney: É claro. - Me sentei na borda da cama ao seu lado. - Seus quadros são lindos. Você é muito bom.
Travis: Eu espero que sim. Já que fui aceito na Academia de Artes.
Courtney: Travis, que incrível! - Explodi de felicidade e euforia por ele mas rapidamente me contive ao ver sua expressão melancólica. - Por que não parece feliz com isso?
Travis: É só que... se eu não me sair bem, vou ter que viver a vida que esperam de mim. E não é isso que eu quero. Eu quero algo maior, Courtney. Eu quero ser muito mais do que apenas o número quatro.
Seus olhos brilhavam ao falar do futuro que almejava e eu só tive mais certeza de que os meus sentimentos estavam agora se tornando cada vez mais fortes. Ele não era quem eu pensava. Era sensível e cativante, tinha uma veia artística que eu desconhecia e que agora só me faziam querer conhece-lo ainda mais.
Foi só então que eu reparei no que ele havia dito. Como assim o número quatro?
Courtney: O que quer dizer com "número quatro"?
Um suspiro escapou de sua garganta e ele deitou as costas na cama e passou a fitar o teto.
Travis: Eu tenho outro irmão mais velho além do Alec e do Fred. O nome dele era Oliver. Ele desapareceu dessa mesma casa dezesseis anos atrás. Foi por isso que nos mudamos para Londres. E meu irmão mais novo Delphin foi assassinado na nossa própria casa ano passado em 29 de outubro. - não pude evitar de fita-lo com pena e tristeza ao ouvir sua história. - Tem muita coisa sobre mim que você não sabe, Hofferson. A começar pelo fato de eu ser um péssimo irmão.
Courtney: É claro que não. Eu vejo a forma como cuida deles. O que aconteceu com o Oliver e o Delphin foi uma tragédia mas não foi sua culpa.
Com a agilidade de um gato, ele levanta as costas mais uma vez e agora seu rosto estava a apenas alguns centímetros de distância.
Travis: Você se torna cada vez mais cativante, Courtney Hofferson. - Um sorriso atraente se forma no canto de sua boca.
Courtney: Eu digo o mesmo de você, Travis Leblanc. E eu sei que você não vai se lembrar de nada disso amanhã.
Travis: Você que pensa. - Balancei minha cabeça levemente em meio a um sorriso bobo.
Courtney: Bom, agora que você já está seguro em seu quarto, eu posso ir. - Levantei-me mas senti sua mão segurar a minha.
Travis: Espera. - Olhei no fundo de seus olhos azuis e pude ver algo que nunca havia visto antes em um homem. Desamparo. - Pode ficar aqui até eu dormir?
Courtney: Claro. - Esboçei um sorriso gentil.
Fechei a porta do quarto e apaguei as luzes do quarto. Travis já estava com a cabeça no travesseiro e parecia estar adormecendo aos poucos. Me deitei ao seu lado e fiquei analisando seu rosto por uns bons minutos enquanto ele caia no sono.
Quando já ia me levantar e ir para o meu quarto, senti seu braço forte abraçar o meu corpo. Sua respiração estava em minha nuca e ele dormia lindamente.
Senti conforto em meio ao seu abraço caloroso. Uma noite aqui não faria mal à ninguém.
Não demorei e logo adormeci também.
20
| "É 𝘀ó 𝘂𝗺𝗮 𝗮𝗯𝗲𝗹𝗵𝗮..." |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Não vi mais Lydia após o jantar e tudo o que fiz foi ir até o escritório de meu pai e beber um copo de whisky.
As conversas no corredor tornaram-se mais altas e as gargalhadas latejavam minha cabeça, tudo o que eu queria era silêncio para poder ficar sozinho em meus pensamentos. Resolvi então me dirigir até o jardim lateral, onde eu sei que não haverá ninguém.
A noite estava linda. A lua estava cheia e o céu estrelado. O clima estava agradável e refrescante. As folhas das árvores caíam sinuosamente dos galhos e as flores apesar da estação de outono, estavam magníficas.
Inspirei e respirei profundamente o ar fresco da noite. Enquanto minhas narinas eram invadidas pelo cheiro da areia molhada não muito distante. A praia ficava a poucos metros de distância e podia-se ouvir o som do mar em seu curso natural.
Senti meus ombros caírem e todo o peso de meu corpo ficar leve como uma pena. Esta era a paz que eu buscava.
Ouvi o som de um cavalo se aproximar e ao me virar para o lado, avistei Kate montada em um de nossos cavalos enquanto galopava até o estábulo que também não estava longe.
Após deixar o animal em segurança, a morena caminhou em minha direção e passou a observar as flores ligeiramente. Quem diria que a infame primogênita Hofferson tinha afeição por flores.
Kate: Leblanc.
Alec: Hofferson. - Enquanto ela se aproximava cada vez mais, minhas narinas eram inundadas pelo doce aroma de seu perfume de rosas. - A sua prima está...
Kate: Ela está no quarto. Não tá se sentindo muito bem, pelo que eu soube.
Alec: Não queria decepcioná-la quando não fiz o pedido. - Passamos a caminhar com passos lentos um ao lado do outro.
Kate: Eu quero agradecer por...
Alec: Isso não vai durar, eu garanto. Ainda pretendo me casar com ela. Esta noite não era o momento ideal. Meu irmão não estava bem. Com todos alí presentes, me encarando... meus sentimentos não me deixaram falar.
Paramos de andar e a garota pôs-se à minha frente enquanto seus olhos negros penetrantes me encaravam fixamente nos olhos.
Kate: E seus sentimentos são fortes o bastante agora? - Seu tom sarcástico e mordaz me faziam sentir mal comigo mesmo por dentro.
Alec: Hofferson... - Tentei apelar para o meu ponto de vista mas fui mais uma vez cortado em minha fala.
Kate: Não. O que está fazendo é brincar com os sentimentos de uma moça que está em um momento frágil.
Alec: A Lydia é bem capaz de tomar as próprias decisões e decidir quando está vulneravél ou não. Se percebesse...
Kate: E agora conhece a minha prima melhor do que eu?
Alec: Sei que o que ela quer é ser feliz.
Kate: E é isso que eu quero pra ela. Posso garantir, Leblanc, que felicidade não é o seu forte. Exasperar, talvez. Irritar, com certeza. O único sentimento que você é capaz de provocar é o desgosto.
Alec: E eu digo o mesmo de você!
Passei a elevar o meu tom de voz assim como ela e percebi que seu olhar havia abaixado para meu pescoço onde uma abelha me rondava.
Kate: Fique parado!
Alec: É só uma abelha! - Balancei minha mão no ar para espantar o inseto e a Hofferson segurava em meus braços para tentar me deter.
Kate: Não! Não faça isso!
Alec: É só uma abelha!
Senti uma ferroada e observei o animal voar para longe, Kate por outro lado me olhava com os olhos bem arregalados.
Kate: Você está bem?
Alec: O quê? - Franzi o cenho da testa.
Kate: Está respirando?
Alec: Foi só uma picada. É claro que eu tô bem.
Kate: Tem certeza? - Observei o temor em seus olhos amedrontados.
Alec: Hofferson. - Tentei acalma-la mas sua respiração tornava-se cada vez mais ofegante e ela parecia estar tendo um ataque de pânico.
Kate: Não. Não...
Alec: Hofferson?
Kate: Não...
Alec: Eu estou bem. - Peguei gentilmente em sua mão a coloquei em meu peito para que a mesma pudesse sentir as palpitações de meu coração. Coloquei minha mão em seu peito da mesma forma e senti seu coração extremamente acelerado. Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância e sua respiração ofegante e entre cortada se misturava a minha. - Eu estou bem. - Falei em um tom manso e olhava fixamente para seus olhos que pareciam se acalmar lentamente. - Foi apenas uma abelha. - Ela tenta inspirar e soltar o ar ainda com uma certa dificuldade. - Foi apenas uma abelha.
Olho fixamente em seus olhos escuros e consigo sentir ainda com a palma de minha mão em sua pele seu coração desacelerar. Engulo em seco ao abaixar meus olhos para seus lábios e me sentir inebriado com o seu perfume.
Ondas pulsantes se espalham por todo o meu corpo e eu sinto a ponta de meus dedos formigarem.
O que estava acontecendo? Será mesmo que eu queria beija-la? E por que ela também olhava para meus lábios? Será que ela também queria me beijar.
Ao ouvir um grito seguido de um "eu ganhei", Kate e eu nos separamos de nosso contato instantaneamente. Trocamos olhares confusos e assustados e em seguida ela sai correndo para uma direção e eu corro para outra. Parei de correr apenas quando cheguei a praia e tentei recuperar o fôlego.
A pergunta que eu me fazia agora não era mais a respeito do motivo de seu ataque de pânico e, sim o motivo de por um momento eu ter me sentido de uma forma que eu nunca senti antes. Meu estômago estava se revirando e as palpitações de meu coração estavam irregulares.
Será mesmo que eu estava me sentindo atraído por Kate Hofferson?
Não vi mais Lydia após o jantar e tudo o que fiz foi ir até o escritório de meu pai e beber um copo de whisky.
As conversas no corredor tornaram-se mais altas e as gargalhadas latejavam minha cabeça, tudo o que eu queria era silêncio para poder ficar sozinho em meus pensamentos. Resolvi então me dirigir até o jardim lateral, onde eu sei que não haverá ninguém.
A noite estava linda. A lua estava cheia e o céu estrelado. O clima estava agradável e refrescante. As folhas das árvores caíam sinuosamente dos galhos e as flores apesar da estação de outono, estavam magníficas.
Inspirei e respirei profundamente o ar fresco da noite. Enquanto minhas narinas eram invadidas pelo cheiro da areia molhada não muito distante. A praia ficava a poucos metros de distância e podia-se ouvir o som do mar em seu curso natural.
Senti meus ombros caírem e todo o peso de meu corpo ficar leve como uma pena. Esta era a paz que eu buscava.
Ouvi o som de um cavalo se aproximar e ao me virar para o lado, avistei Kate montada em um de nossos cavalos enquanto galopava até o estábulo que também não estava longe.
Após deixar o animal em segurança, a morena caminhou em minha direção e passou a observar as flores ligeiramente. Quem diria que a infame primogênita Hofferson tinha afeição por flores.
Kate: Leblanc.
Alec: Hofferson. - Enquanto ela se aproximava cada vez mais, minhas narinas eram inundadas pelo doce aroma de seu perfume de rosas. - A sua prima está...
Kate: Ela está no quarto. Não tá se sentindo muito bem, pelo que eu soube.
Alec: Não queria decepcioná-la quando não fiz o pedido. - Passamos a caminhar com passos lentos um ao lado do outro.
Kate: Eu quero agradecer por...
Alec: Isso não vai durar, eu garanto. Ainda pretendo me casar com ela. Esta noite não era o momento ideal. Meu irmão não estava bem. Com todos alí presentes, me encarando... meus sentimentos não me deixaram falar.
Paramos de andar e a garota pôs-se à minha frente enquanto seus olhos negros penetrantes me encaravam fixamente nos olhos.
Kate: E seus sentimentos são fortes o bastante agora? - Seu tom sarcástico e mordaz me faziam sentir mal comigo mesmo por dentro.
Alec: Hofferson... - Tentei apelar para o meu ponto de vista mas fui mais uma vez cortado em minha fala.
Kate: Não. O que está fazendo é brincar com os sentimentos de uma moça que está em um momento frágil.
Alec: A Lydia é bem capaz de tomar as próprias decisões e decidir quando está vulneravél ou não. Se percebesse...
Kate: E agora conhece a minha prima melhor do que eu?
Alec: Sei que o que ela quer é ser feliz.
Kate: E é isso que eu quero pra ela. Posso garantir, Leblanc, que felicidade não é o seu forte. Exasperar, talvez. Irritar, com certeza. O único sentimento que você é capaz de provocar é o desgosto.
Alec: E eu digo o mesmo de você!
Passei a elevar o meu tom de voz assim como ela e percebi que seu olhar havia abaixado para meu pescoço onde uma abelha me rondava.
Kate: Fique parado!
Alec: É só uma abelha! - Balancei minha mão no ar para espantar o inseto e a Hofferson segurava em meus braços para tentar me deter.
Kate: Não! Não faça isso!
Alec: É só uma abelha!
Senti uma ferroada e observei o animal voar para longe, Kate por outro lado me olhava com os olhos bem arregalados.
Kate: Você está bem?
Alec: O quê? - Franzi o cenho da testa.
Kate: Está respirando?
Alec: Foi só uma picada. É claro que eu tô bem.
Kate: Tem certeza? - Observei o temor em seus olhos amedrontados.
Alec: Hofferson. - Tentei acalma-la mas sua respiração tornava-se cada vez mais ofegante e ela parecia estar tendo um ataque de pânico.
Kate: Não. Não...
Alec: Hofferson?
Kate: Não...
Alec: Eu estou bem. - Peguei gentilmente em sua mão a coloquei em meu peito para que a mesma pudesse sentir as palpitações de meu coração. Coloquei minha mão em seu peito da mesma forma e senti seu coração extremamente acelerado. Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância e sua respiração ofegante e entre cortada se misturava a minha. - Eu estou bem. - Falei em um tom manso e olhava fixamente para seus olhos que pareciam se acalmar lentamente. - Foi apenas uma abelha. - Ela tenta inspirar e soltar o ar ainda com uma certa dificuldade. - Foi apenas uma abelha.
Olho fixamente em seus olhos escuros e consigo sentir ainda com a palma de minha mão em sua pele seu coração desacelerar. Engulo em seco ao abaixar meus olhos para seus lábios e me sentir inebriado com o seu perfume.
Ondas pulsantes se espalham por todo o meu corpo e eu sinto a ponta de meus dedos formigarem.
O que estava acontecendo? Será mesmo que eu queria beija-la? E por que ela também olhava para meus lábios? Será que ela também queria me beijar.
Ao ouvir um grito seguido de um "eu ganhei", Kate e eu nos separamos de nosso contato instantaneamente. Trocamos olhares confusos e assustados e em seguida ela sai correndo para uma direção e eu corro para outra. Parei de correr apenas quando cheguei a praia e tentei recuperar o fôlego.
A pergunta que eu me fazia agora não era mais a respeito do motivo de seu ataque de pânico e, sim o motivo de por um momento eu ter me sentido de uma forma que eu nunca senti antes. Meu estômago estava se revirando e as palpitações de meu coração estavam irregulares.
Será mesmo que eu estava me sentindo atraído por Kate Hofferson?
21
| "𝗡𝗮𝗱𝗮 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗿 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗻ó𝘀..." |

— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
| 𝟎𝟎:𝟎𝟎 𝐚𝐦 |
Enquanto os adultos e o restante dos convidados foram dormir, Jeremy, Bella, Max e eu resolvemos vestir roupas de banho, pegar nossas pranchas e fazer algo que não fazíamos a um bom tempo, surfar. A água por mais impressionante que pareça estava ótima.
Não passamos dos recifes pois estava de noite e não teríamos uma boa visibilidade já que tinha um pouco de neblina na costa. Mesmo assim, nos divertimos como um bando de crianças.
Jeremy entrou em um tubo gigante e Max pegou a onda de trás fazendo um aéreo e em seguida uma rasgada. Bella foi a próxima e fez um curso back e depois entrou no tubo assim como Jeremy.
Assim que avistei outra onda se formando, remei até a mesma e assim que estava na posição firmei as mãos na prancha e ganhei impulso para levantar. Podia sentir os respingos da água em meu rosto e a única coisa que escutava era o som forte do mar. Fiz manobras circulares na onda antes de dar um giro de 360° e em seguida fazer um floater.
Ao finalizar minhas manobras, observei o trio sentado em suas pranchas enquanto descansavam e esperavam pelas próximas ondas. Me juntei à eles com um sorriso maroto no rosto.
Jeremy: Eu disse que era divertido. Temos que fazer isso mais vezes.
Bella: Sabe que agora vai ser um pouco difícil de fazermos as coisas que fazíamos, não é?
Jeremy: Por quê?
Bella: Porque você tá casado e vai ser pai dentro de oito ou sete meses.
Jeremy: Achamos mesmo que tudo vai mudar agora só porque eu me casei? - Jeremy olha para cada um de nós que apenas concordamos com a cabeça. - Tá bem. Escutem. Só porque Alison e eu nos casamos e vamos ter um bebê não significa que tudo vai mudar entre nós. Somos gêmeos, ninguém pode tirar isso de nemhum de nós. Sim, algumas coisas vão mudar mas nada nunca vai mudar entre nós, isso eu garanto. Olha só o papai e o Logan. Eles ainda fazem coisas juntos.
Max: Talvez você tenha razão. - Max lança um sorriso de canto para Jeremy que esboça um sorriso caloroso.
Robin: Você não tá com medo?
Olhei receoso para meu irmão pois vinha me fazendo essa pergunta desde que ele anunciou a gravidez e o noivado.
Jeremy: De quê?
Robin: Da paternidade. Quer dizer, e se quando o bebê nascer o assassino do Delphin ainda estiver a solta? - O rosto de meu irmão entristeceu e ele abaixou brevemente o olhar.
Jeremy: É claro que eu pensei nisso. Seria tolice minha não admitir que eu estou com medo. Não só disso como também de não ser um bom pai.
Bella: Isso eu discordo. Você vai ser um excelente pai e a Alison uma excelente mãe. Vamos estar aqui pra ajudar.
Jeremy: Obrigado. E eu queria falar com vocês três sobre uma coisa. Na verdade eu queria pedir.
Robin: O quê?
Jeremy: Alison e eu conversamos e ela aceitou em eu escolher os padrinhos se for um menino, e se for uma menina ela é quem escolhe. Então, Bella, eu queria que você e o Greg fossem os padrinhos na apresentação do bebê. E vocês dois aceitam ser os padrinhos de batismo?
Minhas irmãs e eu nos entreolhamos surpresos. Ser o padrinho é uma responsabilidade e tanto, eu realmente não esperava que eles iriam decidir isso tão rápido. Minhas irmãs permaneceram em silêncio ainda absorvendo a bomba, enquanto eu lancei um largo sorriso amarelo para o louro.
Robin: É claro que eu aceito, irmão. Será uma honra.
Bella: Eu também aceito.
Max: Já aviso que eu não vou trocar frauda de ninguém.
Jeremy: Eu acho que dá pra aceitar.
Ambos rimos espontaneamente e rapidamente nos viramos ao ver uma nova onda se formar. Os três começaram a remar e se aproximaram da onda, enquanto eu avistei uma sombra distante vagando pela praia e logo reconheci ser Alec.
Ele não parecia muito bem e talvez um ombro amigo fosse o que ele precisasse.
| 𝟎𝟎:𝟎𝟎 𝐚𝐦 |
Enquanto os adultos e o restante dos convidados foram dormir, Jeremy, Bella, Max e eu resolvemos vestir roupas de banho, pegar nossas pranchas e fazer algo que não fazíamos a um bom tempo, surfar. A água por mais impressionante que pareça estava ótima.
Não passamos dos recifes pois estava de noite e não teríamos uma boa visibilidade já que tinha um pouco de neblina na costa. Mesmo assim, nos divertimos como um bando de crianças.
Jeremy entrou em um tubo gigante e Max pegou a onda de trás fazendo um aéreo e em seguida uma rasgada. Bella foi a próxima e fez um curso back e depois entrou no tubo assim como Jeremy.
Assim que avistei outra onda se formando, remei até a mesma e assim que estava na posição firmei as mãos na prancha e ganhei impulso para levantar. Podia sentir os respingos da água em meu rosto e a única coisa que escutava era o som forte do mar. Fiz manobras circulares na onda antes de dar um giro de 360° e em seguida fazer um floater.
Ao finalizar minhas manobras, observei o trio sentado em suas pranchas enquanto descansavam e esperavam pelas próximas ondas. Me juntei à eles com um sorriso maroto no rosto.
Jeremy: Eu disse que era divertido. Temos que fazer isso mais vezes.
Bella: Sabe que agora vai ser um pouco difícil de fazermos as coisas que fazíamos, não é?
Jeremy: Por quê?
Bella: Porque você tá casado e vai ser pai dentro de oito ou sete meses.
Jeremy: Achamos mesmo que tudo vai mudar agora só porque eu me casei? - Jeremy olha para cada um de nós que apenas concordamos com a cabeça. - Tá bem. Escutem. Só porque Alison e eu nos casamos e vamos ter um bebê não significa que tudo vai mudar entre nós. Somos gêmeos, ninguém pode tirar isso de nemhum de nós. Sim, algumas coisas vão mudar mas nada nunca vai mudar entre nós, isso eu garanto. Olha só o papai e o Logan. Eles ainda fazem coisas juntos.
Max: Talvez você tenha razão. - Max lança um sorriso de canto para Jeremy que esboça um sorriso caloroso.
Robin: Você não tá com medo?
Olhei receoso para meu irmão pois vinha me fazendo essa pergunta desde que ele anunciou a gravidez e o noivado.
Jeremy: De quê?
Robin: Da paternidade. Quer dizer, e se quando o bebê nascer o assassino do Delphin ainda estiver a solta? - O rosto de meu irmão entristeceu e ele abaixou brevemente o olhar.
Jeremy: É claro que eu pensei nisso. Seria tolice minha não admitir que eu estou com medo. Não só disso como também de não ser um bom pai.
Bella: Isso eu discordo. Você vai ser um excelente pai e a Alison uma excelente mãe. Vamos estar aqui pra ajudar.
Jeremy: Obrigado. E eu queria falar com vocês três sobre uma coisa. Na verdade eu queria pedir.
Robin: O quê?
Jeremy: Alison e eu conversamos e ela aceitou em eu escolher os padrinhos se for um menino, e se for uma menina ela é quem escolhe. Então, Bella, eu queria que você e o Greg fossem os padrinhos na apresentação do bebê. E vocês dois aceitam ser os padrinhos de batismo?
Minhas irmãs e eu nos entreolhamos surpresos. Ser o padrinho é uma responsabilidade e tanto, eu realmente não esperava que eles iriam decidir isso tão rápido. Minhas irmãs permaneceram em silêncio ainda absorvendo a bomba, enquanto eu lancei um largo sorriso amarelo para o louro.
Robin: É claro que eu aceito, irmão. Será uma honra.
Bella: Eu também aceito.
Max: Já aviso que eu não vou trocar frauda de ninguém.
Jeremy: Eu acho que dá pra aceitar.
Ambos rimos espontaneamente e rapidamente nos viramos ao ver uma nova onda se formar. Os três começaram a remar e se aproximaram da onda, enquanto eu avistei uma sombra distante vagando pela praia e logo reconheci ser Alec.
Ele não parecia muito bem e talvez um ombro amigo fosse o que ele precisasse.
22
| 𝗢 𝗹𝘂𝘁𝗮𝗱𝗼𝗿 𝗺𝗶𝘀𝘁𝗲𝗿𝗶𝗼𝘀𝗼 |

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Não sei exatamente quanto já havia se passado em que eu me encontrava naquela praia, só sei que meus pensamentos foram tomados pelo momento que tive com a Hofferson.
Era torturante. Não sabia o que sentir, o que fazer ou o que pensar. Eu iria me casar com a Lydia, isso já não era mais segredo para ninguém. Então por que estava neste exato momento pensando em como fiquei a somente um beijo de distância da própria prima dela?
Fui retirado de meu transe apenas quando ouvi ruídos seguidos por passos vindos da floresta. Eram suaves demais para ser de um animal, coisa que também não tinha deste lado da região. Poderia ser um dos cachorros, mas se fosse, já teriam vindo correndo até mim para me lamber.
Quando pensei que seria apenas o vento, uma sombra saiu por de trás das pedras. A silhueta era alta e de porte forte, parecia até ser um homem. Ele ainda permanecia atrás da grande pedra e eu agora estava mais alerta. Vasculhei discretamente em meus bolsos mas percebi que não possuía nenhuma arma. Sei que devia estar preparado para tudo mas com todos os eventos da noite me esqueci deste pequeno detalhe.
Não sei ao certo quem era e se ele já havia me visto, tudo o que fui capaz de fazer foi desviar minha atenção para o mar onde meus irmãos se encontravam. Precisava ter certeza de que estavam em segurança.
Quando pensei que tudo não se passava de uma ilusão da minha cabeça e que eu havia tomado whisky demais, a sombra se revela. Era um garoto de mais ou menos uns vinte e poucos anos, tinha cabelos pretos e traços asiáticos. Trajava uma roupa preta e preso a bainha de seu cinto, estava uma katana. Ele me olhou nos olhos e vi que eles não demonstravam emoção.
Timmy: Alexander Leblanc? Slade solicita sua presença.
Alexander: Quem é Slade? - Tentei parecer frio e distante, mas minha curiosidade estava me possuindo. - Quem é você?
Timmy: Timothy Trigon. Filho de Slade Trigon. Também conhecido como aquele que irá aniquila-lo.
Então, com um salto, o garoto lançou-se sobre mim que consegui desviar de seu ataque e contra-atacar com um soco em seu estômago. Ele se recuperou bem e com um movimento que eu julguei ser se Kong Fu, deferiu um chute giratório em minha perna esquerda. Senti a ardência se espalhar na região mas não poderia dar espaço a dor e tive de desviar mais uma vez de seus golpes. Me afastei de seu corpo por trás e ganhei impulso para dar um chute tornado em seu rosto. Funcionou perfeitamente e rapidamente me ocupei de me livrar de sua katana e joga-la no mar. Agora estávamos iguais, apesar de eu ter a vantagem em tamanho e força.
Seus olhos estavam sedentos de raiva e ele tentava a todo custo me golpear no rosto, mas seus movimentos eram previsíveis e não havia muita tática neles. Consegui derruba-lo na areia com um nocaute no rosto e prendi suas mãos para que ele não fosse capaz de se levantar.
Alec: Pra quem você trabalha? - Esbravejei e tudo o que o garoto fez foi rir. - Quem te mandou?
Timmy: Pergunte ao seu pai.
Apenas franzi o cenho confuso e notei uma terceira sombra na areia. Não tive nem tempo de me virar e olhar no rosto de meu agressor, já que ele me golpeou na cabeça com uma pedra e tudo ficou escuro rapidamente.
Não sei exatamente quanto já havia se passado em que eu me encontrava naquela praia, só sei que meus pensamentos foram tomados pelo momento que tive com a Hofferson.
Era torturante. Não sabia o que sentir, o que fazer ou o que pensar. Eu iria me casar com a Lydia, isso já não era mais segredo para ninguém. Então por que estava neste exato momento pensando em como fiquei a somente um beijo de distância da própria prima dela?
Fui retirado de meu transe apenas quando ouvi ruídos seguidos por passos vindos da floresta. Eram suaves demais para ser de um animal, coisa que também não tinha deste lado da região. Poderia ser um dos cachorros, mas se fosse, já teriam vindo correndo até mim para me lamber.
Quando pensei que seria apenas o vento, uma sombra saiu por de trás das pedras. A silhueta era alta e de porte forte, parecia até ser um homem. Ele ainda permanecia atrás da grande pedra e eu agora estava mais alerta. Vasculhei discretamente em meus bolsos mas percebi que não possuía nenhuma arma. Sei que devia estar preparado para tudo mas com todos os eventos da noite me esqueci deste pequeno detalhe.
Não sei ao certo quem era e se ele já havia me visto, tudo o que fui capaz de fazer foi desviar minha atenção para o mar onde meus irmãos se encontravam. Precisava ter certeza de que estavam em segurança.
Quando pensei que tudo não se passava de uma ilusão da minha cabeça e que eu havia tomado whisky demais, a sombra se revela. Era um garoto de mais ou menos uns vinte e poucos anos, tinha cabelos pretos e traços asiáticos. Trajava uma roupa preta e preso a bainha de seu cinto, estava uma katana. Ele me olhou nos olhos e vi que eles não demonstravam emoção.
Timmy: Alexander Leblanc? Slade solicita sua presença.
Alexander: Quem é Slade? - Tentei parecer frio e distante, mas minha curiosidade estava me possuindo. - Quem é você?
Timmy: Timothy Trigon. Filho de Slade Trigon. Também conhecido como aquele que irá aniquila-lo.
Então, com um salto, o garoto lançou-se sobre mim que consegui desviar de seu ataque e contra-atacar com um soco em seu estômago. Ele se recuperou bem e com um movimento que eu julguei ser se Kong Fu, deferiu um chute giratório em minha perna esquerda. Senti a ardência se espalhar na região mas não poderia dar espaço a dor e tive de desviar mais uma vez de seus golpes. Me afastei de seu corpo por trás e ganhei impulso para dar um chute tornado em seu rosto. Funcionou perfeitamente e rapidamente me ocupei de me livrar de sua katana e joga-la no mar. Agora estávamos iguais, apesar de eu ter a vantagem em tamanho e força.
Seus olhos estavam sedentos de raiva e ele tentava a todo custo me golpear no rosto, mas seus movimentos eram previsíveis e não havia muita tática neles. Consegui derruba-lo na areia com um nocaute no rosto e prendi suas mãos para que ele não fosse capaz de se levantar.
Alec: Pra quem você trabalha? - Esbravejei e tudo o que o garoto fez foi rir. - Quem te mandou?
Timmy: Pergunte ao seu pai.
Apenas franzi o cenho confuso e notei uma terceira sombra na areia. Não tive nem tempo de me virar e olhar no rosto de meu agressor, já que ele me golpeou na cabeça com uma pedra e tudo ficou escuro rapidamente.
23
| 𝗢 𝗮𝗿𝗾𝘂𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗻𝗲𝗴𝗿𝗼 |

— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —
Enquanto Jeremy, Bella e Max ainda permaneceram surfando, resolvi remar até a praia para ver se Alec estava bem. Ao me aproximar, notei um corpo deitado de bruços próximo aos rochedos. Logo reconheci se tratar de meu irmão.
Apenas larguei a prancha na areia e corri até ele para ver se estava bem. Havia um pequeno corte em sua cabeça mas ele respirava, só estava desacordado.
Robin: Alec? Alec? Consegue me ouvir?
Chamei por seu nome e chacoalhei seu corpo algumas vezes mas ele não reagia. Comecei a sentir o temor pesar em meu corpo e não sabia o que fazer. Olhei ao redor a procura de algo que pudesse estancar seu sangramento e foi aí que avistei uma sombra atrás de uma grande rocha.
Robin: Quem tá aí? - Não obtive resposta. - Mostra a cara, covarde! - Finalmente a sombra se revelou como um homem encapuzado e um arco nas costas. Ele escondia o rosto atrás do capitão que cobria seus olhos e eu não era capaz de reconhece-lo. - Quem é você?
O homem não respondeu novamente. Ele detinha uma postura imponente e buscava manter a cabeça virada ligeiramente para o lado, como se não quisesse que eu o reconhecesse.
Não sabia quem ele era, só o que sei é que alguém bateu na cabeça do meu irmão e ele poderia muito bem ser esse alguém. Mesmo assim, havia algo nele que me fazia ter a desconfiança e um sentimento de que não me faria mal.
Quando já estava certo de que não teria uma resposta, ele estão começou a falar.
D/C: Ele vai ficar bem. Apenas recebeu uma pancada na cabeça.
Robin: Quem é você?
D/C: Pode me chamar de Arqueiro Negro. E isso é tudo o que saberá.
Observei ele colocar a mão no bolso e por instinto saquei uma faca escondida no forro de meu short. Ele ergueu uma das mãos no ar em sinal de redenção e então retirou do bolso um pequeno lenço. Eu o peguei no ar após ele arremessa-lo em minha direção e então percebi que era para estancar o sangramento de Alec.
Robin: Obrigado.
A figura encapuzada mais uma vez não disse nada. Abaixei na direção de Alec e limpei sua cabeça percebi então que ele estava acordando. Olhei ao redor e vi que a figura havia sumido como num passe de mágica. Não dei mais importância à isso e resolvi cuidar apenas de meu irmão ferido.
Ouvi o som de uma notificação e uma vibração que pareciam vir de meu celular que estava no bolso do casaco à apenas alguns metros de distância.
Me distanciei de Alec por alguns segundos para pegar o celular e ver do que se tratava. Quando o liguei, percebi que era uma mensagem de um número desconhecido.
_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗡 _
D/C: Até a meia-noite, um gêmeo deverá morrer.
_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗙𝗙 _
Senti um arrepio percorrer minha espinha e olhei ao redor a procura de algo ao alguém.
Isso era uma ameaça ou uma brincadeira de mal gosto? Eu não fazia ideia, mas precisava descobrir.
Enquanto Jeremy, Bella e Max ainda permaneceram surfando, resolvi remar até a praia para ver se Alec estava bem. Ao me aproximar, notei um corpo deitado de bruços próximo aos rochedos. Logo reconheci se tratar de meu irmão.
Apenas larguei a prancha na areia e corri até ele para ver se estava bem. Havia um pequeno corte em sua cabeça mas ele respirava, só estava desacordado.
Robin: Alec? Alec? Consegue me ouvir?
Chamei por seu nome e chacoalhei seu corpo algumas vezes mas ele não reagia. Comecei a sentir o temor pesar em meu corpo e não sabia o que fazer. Olhei ao redor a procura de algo que pudesse estancar seu sangramento e foi aí que avistei uma sombra atrás de uma grande rocha.
Robin: Quem tá aí? - Não obtive resposta. - Mostra a cara, covarde! - Finalmente a sombra se revelou como um homem encapuzado e um arco nas costas. Ele escondia o rosto atrás do capitão que cobria seus olhos e eu não era capaz de reconhece-lo. - Quem é você?
O homem não respondeu novamente. Ele detinha uma postura imponente e buscava manter a cabeça virada ligeiramente para o lado, como se não quisesse que eu o reconhecesse.
Não sabia quem ele era, só o que sei é que alguém bateu na cabeça do meu irmão e ele poderia muito bem ser esse alguém. Mesmo assim, havia algo nele que me fazia ter a desconfiança e um sentimento de que não me faria mal.
Quando já estava certo de que não teria uma resposta, ele estão começou a falar.
D/C: Ele vai ficar bem. Apenas recebeu uma pancada na cabeça.
Robin: Quem é você?
D/C: Pode me chamar de Arqueiro Negro. E isso é tudo o que saberá.
Observei ele colocar a mão no bolso e por instinto saquei uma faca escondida no forro de meu short. Ele ergueu uma das mãos no ar em sinal de redenção e então retirou do bolso um pequeno lenço. Eu o peguei no ar após ele arremessa-lo em minha direção e então percebi que era para estancar o sangramento de Alec.
Robin: Obrigado.
A figura encapuzada mais uma vez não disse nada. Abaixei na direção de Alec e limpei sua cabeça percebi então que ele estava acordando. Olhei ao redor e vi que a figura havia sumido como num passe de mágica. Não dei mais importância à isso e resolvi cuidar apenas de meu irmão ferido.
Ouvi o som de uma notificação e uma vibração que pareciam vir de meu celular que estava no bolso do casaco à apenas alguns metros de distância.
Me distanciei de Alec por alguns segundos para pegar o celular e ver do que se tratava. Quando o liguei, percebi que era uma mensagem de um número desconhecido.
_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗡 _
D/C: Até a meia-noite, um gêmeo deverá morrer.
_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗙𝗙 _
Senti um arrepio percorrer minha espinha e olhei ao redor a procura de algo ao alguém.
Isso era uma ameaça ou uma brincadeira de mal gosto? Eu não fazia ideia, mas precisava descobrir.
24
"𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗲𝘀𝘁ã𝗼 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗻𝗱𝗲𝗻𝗱𝗼..." |

— 𝙌𝙪𝙚𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙚𝙢𝙥𝙤 —
Levei Alec para dentro de casa com a ajuda de meus irmãos que ficaram curiosos em saber o que havia acontecido. Nos reunimos todos com exceção de Travis no escritório de nosso pai para conversarmos sobre o que aconteceu nesta noite.
Alec reclamava de uma dor na cabeça e agora usava uma bolsa de gelo para amenizar sua dor. Apesar dos burburinhos de meus irmãos, minha mente estava imersa naquela figura misteriosa e na infame mensagem que havia recebido. Não tinha certeza se deveria levá-la a sério ou até mesmo falar sobre ela para meus irmãos. Fui retirado de meus pensamentos por Harry que já pronunciava meu nome a um tempo.
Harry: Robin? - Olhei fixamente para ele ainda meio aéreo. - Tudo bem, irmão?
Robin: Sim. - Harry apenas assentiu com a cabeça mas continuou a me olhar desconfiado.
Fred: Tá bem. Então além do garoto que lutou com você, tinha mais um que te golpeou na cabeça?
Luna: Não se esqueça do arqueiro mistérioso que o Robin viu.
Fred: Bem lembrado. Será possível que esse arqueiro seja a mesma pessoa que te golpeou na cabeça? - Fred perguntou à Alec que tentava se recordar dos fatos.
Alec: Não, eu acho que não. Foi muito rápido mas eu tenho a impressão de que na verdade era uma garota.
Gregory: Ah, claro. Como se já não bastasse uma dupla de psicopatas agora estamos lidando com um trio.
Layla: Você disse que ele te deu um nome, não é? Consegue lembrar que nome era esse?
Alec: Timothy Trigon. Ele disse que servia ao pai Slade.
Layla: E quem é esse agora?
Bella: Será que eu sou a única aqui que pensa na possibilidade desse tal de Slade ser o mesmo cara que matou o Delphin?
Jeremy: É uma possibilidade.
Harry: Mesmo assim, precisamos obter mais informações sobre ele antes de tirarmos qualquer conclusão precipitada.
O silêncio reinou no ambiente por no máximo cinco segundos, até ouvirmos o som do telefone tocar na mesa de nosso pai. Fred aproximou-se e atendeu a ligação.
Fred: Alô?
Todos permanecemos em silêncio e com a atenção voltada para qualquer reação de Fred. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos e franziu o cenho antes de abaixar ligeiramente o telefone e olhar para Alec.
Alec: Quem é?
Fred: Ele disse pra colocar no viva-voz.
Alec: Então coloca.
Fred atendeu ao pedido de Alec e logo nos alí presentes também foram capazes de ouvir a voz do outro lado da linha.
Slade: Olá, Leblancs. Sei que estão curiosos e se perguntando quem sou eu e o que quero de vocês. Podem me chamar de Slade.
Bella: Por que atacou o Alec?
Slade: Vejam isso como um recado do que está por vir.
Luna: É uma ameaça?
Slade: De forma alguma, Lumina. É um aviso. Um presente de benevolência por estarmos nos conhecendo.
Gregory: Sabe nossos nomes?
Slade: Eu sei tudo sobre vocês, Gregory. Sei o nome de cada um, o que fazem, o que gostam e até quando espirram.
Alec: Foi você que matou o Delphin.
Slade: Não. Não tenho nada haver com a morte de seu irmão mas posso assegurar que seus pais tem tanto sangue nas mãos quanto ele.
Alec: O que quer dizer com isso?
Slade: Terão que descobrir isso sozinhos. Mas provando o que lhes digo, posso dar uma pista de onde devem começar. Para entenderem o que os aguarda, devem retornar ao lugar onde tudo começou. Durmam bem, crianças, porque a partir de hoje, o nosso jogo começa.
E a linha então foi encerrada. Todos nos encontramos em um beco sem saída e agora estávamos mais confusos do que antes.
Enquanto os mais velhos discutiam a respeito da misteriosa ligação e o que deveriamos fazer com ela, notei Max caminhar atrás de mim até um quadro de meu pai e os irmãos na parede.
Robin: Max? O que foi?
Eu e meus irmãos nos entreolhamos um pouco confusos pelo repentino fascínio de nossa irmã pela obra de arte.
Max: O quadro está errado.
Layla: Como assim tá errado?
Max: Jacob não era canhoto. - Ela aponta para a figura de nosso tio que segurava uma taça de prata com a mão esquerda. - Eu sei que já vi esse quadro um bilhão de vezes e ele tá sempre com a taça na mão direita. - Harry se aproxima da mais nova e passa a fitar o retrato de forma analítica.
Harry: Tem razão. Esse quadro é falso.
Fred: Por que o papai colocaria um quadro falso na parede?
Harry: Para esconder algo.
O louro segura nas dobradiças do quadro e o retira da parede com cuidado. Uma grande onda de surpresa e curiosidade toma conta da sala ao vermos um cofre escondido atrás do quadro.
Luna: Por que papai teria um cofre secreto?
Gregory: Você sabia disso? - Gregory direciona sua pergunta ao mais velho que estava tão confuso quando o resto de nós.
Alec: Não. Eu não fazia ideia.
Jeremy: Agora que encontramos temos que abrir, não acham?
Robin: E alguém aqui sabe a senha? - Apontei o óbvio para meus irmãos que mais pareciam estar querendo explodir a tranca metálica do cofre.
Bella: E quem disse que precisamos de senha?
Um sorriso malicioso tomou conta do rosto da minha irmã e se não a conhecesse até mesmo eu ficaria com medo.
Bella se aproximou do cofre e retirou um grampo do cabelo e o entregou à caçula. Harry retirou a tampa que cobria os fios elétricos por trás da senha e Max rodou o grampo com cuidado nos fios algumas vezes, cortou então um fio amarelo e a tranca abriu.
Alec: Quantas vezes já fizeram isso? - Max e Harry trocam sorrisos culposos.
Harry: Acredite, não vai querer saber.
Instintivamente e curiosamente, fui o primeiro a me aproximar do cofre para ver o conteúdo. Admito que me decepcionei ao ver apenas alguns diários e jornais velhos.
Fred: É apenas um monte de velharia.
Bella: Mas essa velharia pode ter algum valor. Papai não teria tanto trabalho assim pra nada.
Olhei para o fundo do cofre e vi algo brilhante, parecia uma caixa.
Robin: Aí! Tem mais alguma coisa aqui.
Retirei a pequena caixa com cuidado e mostrei a meus irmãos que já estavam fungando em meu ouvido. Era uma peça fina de prata com uma fechadura de diamantes. Parecia até ser algo que nossa avó Leblanc possuía.
Harry: Tem a chave?
Robin: Eu acho que não. Não tem mais nada lá dentro.
Max: Me dá aqui.
Entreguei a caixa para a mais nova que com o mesmo grampo conseguiu abrir a fechadura com facilidade. Ao abrir a caixa, nos deparamos com uma foto e quatro colares. A foto era a mesma que Samantha havia me mostrado outro dia e os medalhões eram os mesmos das fotos. Era um cordão de ouro com um pingente de lupa e um ponto de interrogação no meio. Ao abrir o medalhão, meus ouvidos foram invadidos por uma música suave que parecia vir de uma caixinha de música.
Fred: Esses são... - Fred segurava a foto nas mãos olhava pasmo para a mesma.
Layla: Nossos pais, as minhas tias, Richard, Jack, Tom Ackles, Eleanor Coulthy e os Bass.
Gregory: E tem mais uma garota.
Bella: Quem é ela? - Inevitavelmente todos olhamos para Alec.
Alec: Por que sempre acham que eu tenho todas as respostas?
Jeremy: Olha só. Tem algo escrito atrás.
Jeremy virou a foto e olhamos a escritura que dizia "31 de dezembro de 1990, C. S. A. juntos pra sempre".
Layla: C. S. A? O que isso quer dizer?
Max: E mais importante, o que eles estão escondendo?
Fomos todos tomados pelo sentimento do desconhecido. Não tínhamos ideia do que fazer ou o que havíamos acabado de desenterrar. Mas podíamos ter certeza de uma coisa, a partir desta noite, nossas vidas iriam mudar pra sempre.
Levei Alec para dentro de casa com a ajuda de meus irmãos que ficaram curiosos em saber o que havia acontecido. Nos reunimos todos com exceção de Travis no escritório de nosso pai para conversarmos sobre o que aconteceu nesta noite.
Alec reclamava de uma dor na cabeça e agora usava uma bolsa de gelo para amenizar sua dor. Apesar dos burburinhos de meus irmãos, minha mente estava imersa naquela figura misteriosa e na infame mensagem que havia recebido. Não tinha certeza se deveria levá-la a sério ou até mesmo falar sobre ela para meus irmãos. Fui retirado de meus pensamentos por Harry que já pronunciava meu nome a um tempo.
Harry: Robin? - Olhei fixamente para ele ainda meio aéreo. - Tudo bem, irmão?
Robin: Sim. - Harry apenas assentiu com a cabeça mas continuou a me olhar desconfiado.
Fred: Tá bem. Então além do garoto que lutou com você, tinha mais um que te golpeou na cabeça?
Luna: Não se esqueça do arqueiro mistérioso que o Robin viu.
Fred: Bem lembrado. Será possível que esse arqueiro seja a mesma pessoa que te golpeou na cabeça? - Fred perguntou à Alec que tentava se recordar dos fatos.
Alec: Não, eu acho que não. Foi muito rápido mas eu tenho a impressão de que na verdade era uma garota.
Gregory: Ah, claro. Como se já não bastasse uma dupla de psicopatas agora estamos lidando com um trio.
Layla: Você disse que ele te deu um nome, não é? Consegue lembrar que nome era esse?
Alec: Timothy Trigon. Ele disse que servia ao pai Slade.
Layla: E quem é esse agora?
Bella: Será que eu sou a única aqui que pensa na possibilidade desse tal de Slade ser o mesmo cara que matou o Delphin?
Jeremy: É uma possibilidade.
Harry: Mesmo assim, precisamos obter mais informações sobre ele antes de tirarmos qualquer conclusão precipitada.
O silêncio reinou no ambiente por no máximo cinco segundos, até ouvirmos o som do telefone tocar na mesa de nosso pai. Fred aproximou-se e atendeu a ligação.
Fred: Alô?
Todos permanecemos em silêncio e com a atenção voltada para qualquer reação de Fred. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos e franziu o cenho antes de abaixar ligeiramente o telefone e olhar para Alec.
Alec: Quem é?
Fred: Ele disse pra colocar no viva-voz.
Alec: Então coloca.
Fred atendeu ao pedido de Alec e logo nos alí presentes também foram capazes de ouvir a voz do outro lado da linha.
Slade: Olá, Leblancs. Sei que estão curiosos e se perguntando quem sou eu e o que quero de vocês. Podem me chamar de Slade.
Bella: Por que atacou o Alec?
Slade: Vejam isso como um recado do que está por vir.
Luna: É uma ameaça?
Slade: De forma alguma, Lumina. É um aviso. Um presente de benevolência por estarmos nos conhecendo.
Gregory: Sabe nossos nomes?
Slade: Eu sei tudo sobre vocês, Gregory. Sei o nome de cada um, o que fazem, o que gostam e até quando espirram.
Alec: Foi você que matou o Delphin.
Slade: Não. Não tenho nada haver com a morte de seu irmão mas posso assegurar que seus pais tem tanto sangue nas mãos quanto ele.
Alec: O que quer dizer com isso?
Slade: Terão que descobrir isso sozinhos. Mas provando o que lhes digo, posso dar uma pista de onde devem começar. Para entenderem o que os aguarda, devem retornar ao lugar onde tudo começou. Durmam bem, crianças, porque a partir de hoje, o nosso jogo começa.
E a linha então foi encerrada. Todos nos encontramos em um beco sem saída e agora estávamos mais confusos do que antes.
Enquanto os mais velhos discutiam a respeito da misteriosa ligação e o que deveriamos fazer com ela, notei Max caminhar atrás de mim até um quadro de meu pai e os irmãos na parede.
Robin: Max? O que foi?
Eu e meus irmãos nos entreolhamos um pouco confusos pelo repentino fascínio de nossa irmã pela obra de arte.
Max: O quadro está errado.
Layla: Como assim tá errado?
Max: Jacob não era canhoto. - Ela aponta para a figura de nosso tio que segurava uma taça de prata com a mão esquerda. - Eu sei que já vi esse quadro um bilhão de vezes e ele tá sempre com a taça na mão direita. - Harry se aproxima da mais nova e passa a fitar o retrato de forma analítica.
Harry: Tem razão. Esse quadro é falso.
Fred: Por que o papai colocaria um quadro falso na parede?
Harry: Para esconder algo.
O louro segura nas dobradiças do quadro e o retira da parede com cuidado. Uma grande onda de surpresa e curiosidade toma conta da sala ao vermos um cofre escondido atrás do quadro.
Luna: Por que papai teria um cofre secreto?
Gregory: Você sabia disso? - Gregory direciona sua pergunta ao mais velho que estava tão confuso quando o resto de nós.
Alec: Não. Eu não fazia ideia.
Jeremy: Agora que encontramos temos que abrir, não acham?
Robin: E alguém aqui sabe a senha? - Apontei o óbvio para meus irmãos que mais pareciam estar querendo explodir a tranca metálica do cofre.
Bella: E quem disse que precisamos de senha?
Um sorriso malicioso tomou conta do rosto da minha irmã e se não a conhecesse até mesmo eu ficaria com medo.
Bella se aproximou do cofre e retirou um grampo do cabelo e o entregou à caçula. Harry retirou a tampa que cobria os fios elétricos por trás da senha e Max rodou o grampo com cuidado nos fios algumas vezes, cortou então um fio amarelo e a tranca abriu.
Alec: Quantas vezes já fizeram isso? - Max e Harry trocam sorrisos culposos.
Harry: Acredite, não vai querer saber.
Instintivamente e curiosamente, fui o primeiro a me aproximar do cofre para ver o conteúdo. Admito que me decepcionei ao ver apenas alguns diários e jornais velhos.
Fred: É apenas um monte de velharia.
Bella: Mas essa velharia pode ter algum valor. Papai não teria tanto trabalho assim pra nada.
Olhei para o fundo do cofre e vi algo brilhante, parecia uma caixa.
Robin: Aí! Tem mais alguma coisa aqui.
Retirei a pequena caixa com cuidado e mostrei a meus irmãos que já estavam fungando em meu ouvido. Era uma peça fina de prata com uma fechadura de diamantes. Parecia até ser algo que nossa avó Leblanc possuía.
Harry: Tem a chave?
Robin: Eu acho que não. Não tem mais nada lá dentro.
Max: Me dá aqui.
Entreguei a caixa para a mais nova que com o mesmo grampo conseguiu abrir a fechadura com facilidade. Ao abrir a caixa, nos deparamos com uma foto e quatro colares. A foto era a mesma que Samantha havia me mostrado outro dia e os medalhões eram os mesmos das fotos. Era um cordão de ouro com um pingente de lupa e um ponto de interrogação no meio. Ao abrir o medalhão, meus ouvidos foram invadidos por uma música suave que parecia vir de uma caixinha de música.
Fred: Esses são... - Fred segurava a foto nas mãos olhava pasmo para a mesma.
Layla: Nossos pais, as minhas tias, Richard, Jack, Tom Ackles, Eleanor Coulthy e os Bass.
Gregory: E tem mais uma garota.
Bella: Quem é ela? - Inevitavelmente todos olhamos para Alec.
Alec: Por que sempre acham que eu tenho todas as respostas?
Jeremy: Olha só. Tem algo escrito atrás.
Jeremy virou a foto e olhamos a escritura que dizia "31 de dezembro de 1990, C. S. A. juntos pra sempre".
Layla: C. S. A? O que isso quer dizer?
Max: E mais importante, o que eles estão escondendo?
Fomos todos tomados pelo sentimento do desconhecido. Não tínhamos ideia do que fazer ou o que havíamos acabado de desenterrar. Mas podíamos ter certeza de uma coisa, a partir desta noite, nossas vidas iriam mudar pra sempre.