
O pecado que te reivindicou é...
Não somos estranhos para você. Você nos vestiu como uma segunda pele, orgulhosamente, secretamente, desesperadamente. Em vida, você nos deu forma. Na morte, nós lhe damos forma. Você não se lembra de como morreu, não completamente. Isso não é acidente. Memória é misericórdia, e você não a mereceu. Agora, responda. Lembre-se dos ecos de suas escolhas. Nós conheceremos sua verdade. Nós o marcaremos. Um de nós caminhou com você mais do que os outros. Um de nós sussurrou mais alto, queimou mais intensamente, sangrou mais profundamente. E no Inferno, você usará nosso nome gravado em sua carne. Não escolha nada. Revele tudo.
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1
Ofereceram-lhe uma chance para realizar o seu sonho, mas isso exigiu trair um amigo próximo. O que você fez?
Não hesitei. Eu lutei por isso. Ninguém mais teria feito por mim.
Aceitei. Já estava cansado de ver os outros sempre conseguirem mais do que eu.
Fiz o necessário. A vida exige decisões difíceis.
Tentei resistir... mas o desejo foi mais forte. Era tudo o que eu queria.
Me recompensei depois... eu merecia.
Aproveitei a oportunidade e garanti que nunca mais sentiria falta de nada
Recusei. Era muito esforço para algo que talvez nem valesse tanto.
2
Em um banquete feito em sua homenagem, você:
Observei as expressões. Todos sabiam quem eu era agora.
Fingi estar à vontade, mas me corroía por dentro ao ver quem foi convidado.
Comi, bebi e ri como se fosse o último dia. E se fosse? Não me arrependeria.
Aproveitei a ocasião para me aproximar de quem sempre admirei... de perto.
Provei tudo, mais de uma vez. Era raro ter tanta fartura à disposição.
Agradeci discretamente, mas garanti que levassem as sobras para minha casa.
Sentei em um canto e deixei que as pessoas aproveitassem. O reconhecimento já era suficiente.
3
Você vê alguém lutando para carregar uma carga pesada na estrada. O que você faz?
Ofereci ajuda, mas só porque imaginei como os outros me veriam.
Observei de longe, com uma pontada de prazer ao ver alguém finalmente falhar.
Ignorei. O rosto daquela pessoa me lembrou alguém que me machucou.
Ajudei com um sorriso... e deixei que minha mão repousasse um pouco mais do que devia
Ajudei com pressa. Queria resolver logo para voltar ao meu caminho.
Segui em frente. Não era problema meu e já tenho meus próprios pesos.
Parei para oferecer água, pão e conversa. Era um momento raro de conexão.
4
Como você lidava com a perda ou o fracasso em vida?
Buscava conquistar algo maior ainda, para mostrar que eu podia.
Fantasiava com outra vida. Uma em que eu tinha o que os outros tinham.
Dizia a mim mesmo que era culpa dos outros. Sempre consegui encontrar um culpado.
Procurava novos corpos, novas sensações. Algo sempre preenchia o vazio.
Me entregava aos sentidos, comida, bebida, prazer, até esquecer.
Recolhia os pedaços, fazia planos... e guardava cada centavo a mais para não falhar de novo.
Me afundava em devaneios. Dormir era mais fácil que encarar.
5
Quando a sua vida chegou ao fim... o que ainda pesava dentro de você?
A sensação de que eu poderia ter sido mais... se me deixassem.
O desgosto por ter visto tantos subirem enquanto eu caía.
A raiva de não ter deixado uma marca mais profunda.
A vontade de sentir mais uma vez... de sentir a pele, o calor, o desejo.
A fome de tudo que nunca tive o suficiente. Um apetite que não passava.
A angústia de saber que tudo o que juntei... ficou para trás.
O alívio de enfim poder descansar, longe das exigências do mundo.